➮ O meu sol • Outer Banks

𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓉𝓇𝒾𝓃𝓉𝒶

- Sei que não temos muito tempo. - Pope me olha. - Mas está tudo bem? Não parece que as coisas foram boas ontem.

- Eu estava disposto a tudo, você sabe. - ele desvia o olhar e suspira. - Mas ela não. Ela não quer nada. - coloco minha mão em seu ombro e ele me olha.

- Tudo vai dar certo. Estamos vivendo uma loucura. Ela vai mudar de ideia. - ele sorri e concorda. - E se não mudar, você tem a mim. - ele começa a rir. - De qualquer forma, quem perde é ela.

- Você é a minha melhor amiga, minha irmã do peito. E eu te amo.

- Eu te amo também, Pope. - nós nos abraçamos. - Se cuida, nos vemos daqui 15 minutos.

Ele apenas concorda e liga a moto novamente.

Tudo precisa ser feito o mais rápido possível. Entro pelos fundos da minha casa o mais silenciosamente possível e vou até a garagem. O barco ainda estava conectado em um dos carro, o que me ajudou o bastante, ainda mais que esse é um carro reserva.

Começo a procurar pelas chaves nas caixas que estão espalhadas. O barulho da porta da garagem se abrindo me assusta.

- Você está horrível. - meu pai fala.

- Pai, eu não tenho muito tempo agora. - me levanto.

- Você está sendo procurada pela polícia, tem noção disso? - essa foi a primeira vez que vi a decepção estampada em seu rosto.

- O John B não fez nada.

- Ele disse isso? - concordo.

- Eu preciso ajudar o meu amigo. Não vou deixá-los cometer injustiça. - meu pai fica em silêncio me olhando. Me viro e começo a mexer nas caixas novamente, logo o barulho de chaves chacoalhando me fazem virar novamente.

- Eu imaginei que esse seria o único jeito dele fugir.

- Pai, por favor. - ele levanta a mão e eu paro de falar.

- Por isso peguei antes da sua mãe. Eu confio em você. Tem certeza que isso é o certo? Vai conseguir lidar com as consequências depois? - apenas concordo. - Se cuida, por favor. Você é a minha menininha.

Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto, vou até o meu pai e lhe abraço.

- Obrigada por confiar em mim, não vou te decepcionar. - ele coloca sua mãos no meu rosto.

- JJ vai estar com você?

- Todos nós estamos. - ele concorda.

- Volte para casa logo. - ele me entrega as chaves e eu concordo.

Entro no carro e olho uma última vez para o meu pai que apenas concorda. Ligo o carro e vou em direção a estrada para encontrar Pope no caminho. O mesmo vem andando com a cabeça baixa. Assim que vê meu carro ele entra rapidamente.

- Está tudo bem? - começo a dirigir novamente.

- Não foi nada legal. - ele me olha. - Encontrou seu pai também? - apenas concordo. - Espero que o meu me perdoe um dia.

- Quando toda a verdade vir à tona, ele vai. - Pope apenas concorda.

Nos aproximando das doca, vemos duas motos estacionadas em frente ao galpão, olho para Pope que me olha assustado também. Descemos rapidamente do carro e ouvimos Kiara gritando. Pego um pé-de-cabra que estava perto da porta e Pope me olha assustado.

Ele o pega da minha mão e na minha frente, pelas vozes são Rafe e Barry. Pope começa a bater com o pé-de-cabra nas costas de Rafe dando tempo de JJ assumir o controle na luta com Barry. Os gritos de Kiara começam a ficar mais altos chamando a minha atenção, Pope iria acabar matando Rafe.

Com muita insistência de nós três, Pope o soltou. Puxo JJ pelo braço para sairmos o mais rápido possível.

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Tudo estava pronto, os dois barcos na água, apenas esperando a Sarah e o John B chegar, e os dois já deveriam ter chegado a muito tempo. A sirene da polícia enche meus ouvidos me fazendo levantar, o carro para e o John B sai de dentro da viatura nos deixando surpresos.

- Eu não to acreditando. - Pope fala e me olha sorrindo.

- Shoupe me emprestou a viatura. - todos nós rimos. JJ joga as chaves do barco para ele.

- Cadê a Sarah?- ele nos olha.

- Ela não está com você?

- Não. A gente se separou e ela disse que iria me encontrar aqui. Eu não vou embora sem ela.

- John B, eu sei que se sente mal por ir embora, mas não temos mais tempo. Quando chegar lá, apenas se esconde por algumas semanas. Assim que der, vamos te encontrar. Está me ouvindo? - ele me olha, concorda e sobe no barco.

- Olha. - ele se vira para nós. - Eu sinto muito por quase destruir a gente com esse lance de caça ao tesouro.

- Qual é, John B. - JJ nos olha. - A gente ia acabar fazendo isso sozinho mesmo. Pelo menos a gente fez junto. - ele me abraça e eu puxo Pope para o abraço, deixando Kiara do outro lado de JJ. - No estilo Pogue.

- No estilo Pogue. - John B concorda.

- Vai logo! - Kiara fala.

- A gente se vê no México em dois meses. - Pope fala.

John B concorda e dá partida no barco do meu pai que iria para o lado contrário dele, logo entra no barco do JJ e vai para o seu lado.

- Se despede da Sarah por mim? - ele me olha.

- Vou levá-la para o México - ele ri e concorda.

Nós nos separamos do abraço enquanto vemos John B partir. O barulho de sirene começa a ficar cada vez mais próximo. Puxo JJ pela mão e me afasto de Kiara e Pope lhe dando espaço.

- Vai ficar tudo bem. - olho para o seu rosto.

- Eu espero que sim.

- Estou com você, ok? - ele concorda e sorri enquanto me abraça.

- Obrigada por ser a melhor namorada do mundo.

Começamos um beijo suave e lento, até as viaturas chegarem. Vários policiais descem do carro apontando as armas para nós. Pope começa a caminhar até eles.

- Pope, levanta as mãos! - Kiara grita.

- Onde ele está? - Shoupe vem até nós. - JJ, estou vendo que faz jus a família. - reviro meus olhos com seu comentário. - E vocês dois? - ele olha para mim e Pope. - Isso não é brincadeira! Façam a coisa certa agora. Para onde ele foi?

- Ele foi para aquele lado. - aponto ao lado contrário de John B. - Pode pedir para os seu homens verificarem, ele está no barco do meu pai. - Shoupe me olha e fala no rádio.