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Eu acariciava uma flor vermelha enquanto olhava para as ruas chuvosas de Paris, pelo retrovisor do carro

Observei a flor em minha mão, misteriosamente aquilo apareceu na porta de meu quarto e não consigo andar sem ela desde que a achei, ela é bonita e me trás tranquilidade

De dentro de minha bolsa, eu peguei minha agenda de desenhos e comecei a desenhar algo que nem eu própria sabia

Meus dedos apenas me guiavam e dessa vez não era eu que controlava o desenho e sim meu coração

Suspirei quando vejo ela agora em meu caderno

já fazia um tempo que ela não me respondia, já mandei várias mensagens e ela sempre me ignora, quando tentei ir até a casa dela, sua irmã me disse que ela não queria visitas, se desculpou e fechou a porta, quando fui até o Samy café recebi a notícia de que ela tinha dado uma pausa porque estava machucada por ter caído de sua bicicleta, já faz um tempo que eu ando preocupada com ela, mas ela nem sequer responde minhas mensagens

Será que ela está bem? Será que fiz algo que a magoou?

Deixo uma lágrima molhar o papel que por conhecidencia acaba caindo ao lado da bochecha da marinette no desenho, como se ela estivesse também chorando

A ardência em minhas mãos piora a cada dia e eu sempre estou me sentindo triste desde que marinette começou a me ignorar, é como se eu precisasse dela comigo, como se ela fosse o único motivo da minha felicidade

Até alguns meses atrás Samy café era um refúgio pra mim, nunca fui uma pessoa muito feliz, mesmo tendo pais ricos eu nunca soube oque era felicidade de verdade, não tenho a atenção dos meus pais, e nem posso ter muitos amigos, eles nem sequer sabiam sobre a Marinette, Samy café era o único lugar onde eu podia saber oque era felicidade, e assim que a de olhos azuis brilhantes chegou em minha vida, encontrei de vez a minha felicidade e ela me deu mais motivos para não desistir

Agora.... Ela não quer mais me ver, e eu não sei oque fazer

Deixo minhas lágrimas molharem todo o meu rosto, estava sozinha, triste, com uma ardência desconfortável e dolorosa na mão direita, e sem o sol da minha vida comigo

Paro de chorar assim que vejo algo caído perto de minha casa, peço para Hidetaka parar o carro e corro em direção a aquilo, não me importando com os gritos de Hidetaka falando para eu pegar um guarda chuva ou com a própria chuva molhando meu uniforme

Assim que chego perto o suficiente, percebo que é uma sapatilha

Uma sapatilha rosa pastel

Peguei ela com delicadeza observando cada detalhe do calçado

Parece muito familiar.....

Senhorita Kagami!!—ouço Hidetaka correr em minha direção com um guarda chuva

— a senhorita vai pegar um resfriado, oque houve?

— essa sapatilha....estava caída aqui perto

— é apenas uma sapatilha senhora

— não! Não é, ela é familiar, eu acho que já a vi antes

— bom, a senhora nunca gostou de rosa então acredito que não seja sua

Nada respondi, continuei encarando a sapatilha em minhas mãos

Até que a ardência veio de novo

Soltei a sapatilha e dei um grito logo em seguida, oque faz Hidetaka se assustar e derrubar o guarda chuva no chão para se agachar até mim que tinha os joelhos no chão enquanto apertava fortemente minha mão

a desastrada do café- Kagaminette {short fic}Where stories live. Discover now