{Two} Guerra!

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Lá estávamos nós, eu e Choi Yeonjun numa pequena sala com roteiros nas mãos.

Tentávamos decidir quais dos dois pediria a mão do outro, era uma cena de pedido de casamento, a cena começava com eu e ele trocando carícias, até que um de nós diz "Amor, tenho uma coisa pra te perguntar, é muito sério." E assim todo o romance do roteiro flui.

Só tem um perigo de deixar eu pedir sua mão – Diz Yeonjun com aquele sorrisinho travesso que já era algo que me irritava nele.

O que? Não consegue? – Disse afrontando o outro.

Que? Não, o problema é eu pedir, você se apaixonar e aceitar de verdade! – Ele diz rindo, não sei dizer que reação eu tive depois de ouvir ele, pois por algum motivo, comecei imaginar esse possibilidade idiota.

Está louco Choi? Eu nunca me apaixonaria por você...eu acho – Disse as duas últimas palavras pra mim mesmo num tom baixo.

Então está combinado! Eu pedirei sua mão em casamento. – Disse ele sorrindo orgulhoso, besta.

E assim se foram duas horas dele me ensinando como parecer emocionado pra podermos executar a cena, eu fiz e refiz a reação umas 30 vezes, segundo Yeonjun em todas eu não parecia apaixonado de verdade, só não mandei ele se foder porque ele estava tão fofo me ajudando.

Pera, eu disse fofo? Não é fofo de fofo sabe...é fofo de atencioso, ele não é fofo!

Tá bom. – Disse Yeonjun cortando minha emoção falsa.

Tá bom? Eu fui bem? – Disse animado, já estava cansado de repetir meu monólogo.

Não, ainda não, você ainda não é um bom ator, precisamos treinar isso. – Disse ele numtom de delicadeza, parecia que não queria me chatear, não que eu fosse ficar, não queria ser um ator bom, só precisava de nota.

Então me ajuda, não tenho a mínima noção sobre isso! – Disse pela primeira vez sem estar irritado com o mesmo.

Ajudo, mas amanhã gatinho, preciso ir pra casa bebê. – Diz o de cabelos vermelhos.

Oh...é verdade né? Eu também preciso ir. – Disse indo pegar minha mochila que bom, não estava lá!. – Droga.

Droga? O que houve gatinho? – Disse Yeonjun se aproximando em quanto colocava a própria mochila em suas costas.

Deixei minha mochila na biblioteca, passei lá rapidinho pra devolver um livro e acho que esqueci. – Disse preocupado.

Vamos lá buscar então! – Disse Yeonjun me puxando pra fora da sala.

Mas tá fechada Yeonjun, não tem como. – Nesse momento ele me arrastava pelas escadas pra irmos até o andar da biblioteca.

Tá fechada, não trancada bebê, só me acompanha. – Já estávamos quase chegando.

Subimos em silêncio, com ele ainda segurando meu braço.
Depois de alguns minutos estávamos no corredor da dita cuja, a prisão da minha amada mochila azul cheia de broches.

Yeonjun ao resgate! – Disse ele parecendo apreensivo e brincalhão ao mesmo tempo.

Não entendi, e quando fui me virar pra mostrar minha cara confusa pra ele, Yeonjun novamente puxou minha mão me levando pra dentro da biblioteca.

Começamos a procurar pelos corredores, já que as luzes estavam apagadas, não conseguíamos vê-la no balcão do lugar.
Acredito que foram exatos cinco minutos procurando, até que Yeonjun, assim como eu, estava no último corredor de estantes, onde tinha um armário e alguns cartazes na parede.

Yeonjun estava na ponta esquerda, em quanto eu estava na direita, ambos olhavam pro chão, sem notar a presença um do outro, até que ouvimos a porta ser aberta e as luzes são acessas.

Yeonjun me olha assustado, com os olhos arregalados me faz o sinal de silêncio na frente da própria boca.

Assim ele lentamente me puxa pra dentro do armário que tinha uma das portas semi-abertas, ele nos põe lá dentro e fecha lentamente, do lado de fora só se ouvia o som de passos de provável alguém usando salto alto.

Soobinnie, desgruda um pouco de mim, tá me amassando. – Yeonjun diz num cochicho sorrindo.

Eu sem perceber estava abraçando o mesmo, com nossos rostos bem próximos.
Assim que notei, tratei de tirar meus braços sentindo meu rosto já esquentar, provavelmente eu já estava vermelho.
Assim que ia tirar meu rosto de perto do de Yeonjun, ele olhou pra mim, os olhos dele eram estranhamente hipnotzantes, não sei quanto tempo ficamos lá, mas eu estava em transe, os olhos dele tinha algo de felino.

Começamos a ficar ofegantes, percebi isso após sentir a respiração do mesmo contra minha pele, agora Yeonjun assim como eu, dividia os olhares entre os olhos e a boca um do outro, não sei o que estava acontecendo comigo, meu coração só faltava sair pela boca.

Yeonjun pôs a mão em minha bochecha, mas tirou de lá após sentir meu corpo se afastar do dele, eu tinha ouvido a porta fechar, significa que estávamos sozinhos de novo.

An? O que foi gatinho? – Disse o de cabelos vermelhos.

Acho que ela saiu, a porta acabou de fechar, vem! – E dessa vez o contrário aconteceu, eu peguei na mão de Yeonjun e o puxei.

Aparentemente a pessoa que entrou lá, deixou minha mochila em cima do balcão, peguei e mesma e segui com Yeonjun até as escadas.

Descemos num silêncio desconfortável, certeza que eu estava parecendo um tomate.

Chegamos ao andar da saída, não tinha ninguém por perto, como já era de tarde, os alunos da manhã tinham ido embora e os da tarde estavam em aula.

Nos olhamos por alguns segundos, até o mais velho quebrar o silêncio.

Não vai agradecer seu herói, gatinho? – Diz ele fazendo uma pose como se mostrasse os músculos, eu ri.

Não pedi pra que me salvasse, ó grande héroi. – Retruco para o mesmo.

Você não, mas sua mochila sim gatinho, de nada. – Ele diz se curvando, não consigo não rir do grande palhaço que é Choi Yeonjun.

É...tchau Yeon! Preciso de verdade ir pra casa. – Digo estendendo a mão pra um aperto de despedida.

Yeonjun então pega minha mão, e me abraça rapidamente.
Ele coloca o rosto perto do meu ouvido.

Quero terminar o que começamos na biblioteca bebê, seus olhos são lindos. – Ele cochicha me fazendo sentir meu corpo esquentar mais uma vez.

Depois de sua fala, ele desfaz o abraço, sorri brevemente e sai pela grande porta.

Desgraçado! Como ele consegue?
Eu tenho certeza que ele faz de propósito, deve saber que eu na verdade sou uma manteiga derretida.

Mas agora é questão de honra, quer me provocar Choi Yeonjun? Então será assim...que nossa guerra comece!

Theater love (Yeonbin)Where stories live. Discover now