Parte-1

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"No quarto as paredes em silêncio me
observam
Jogado pelos cantos como os livros
que já li
Será que eu devo levantar e dirigir sem
rumo
Será que o sono chega se eu fingir que
não estou aqui"
(Capital Inicial - Insônia)

"No quarto as paredes em silêncio me observam Jogado pelos cantos como os livros que já li Será que eu devo levantar e dirigir sem rumo Será que o sono chega se eu fingir que não estou aqui" (Capital Inicial - Insônia)

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                                                      [Parte-1]

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                                                      [Parte-1]

Era madrugada quando aconteceu, após horas de insônia, sem nenhum requisito de sono,
fechei os olhos a espera de que o cansaço mental vencesse novamente aquela batalha. Uma
batalha que nem mesmo o cansaço físico conseguia à dádiva de tal resultado quanto a
exaustão mental proporcionava. De olhos fechados, com o corpo virado de frente para a
parede e de costa para a porta, acreditei que o sono havia chegado, mas infelizmente não era ele que se aproximava.

Naquela madrugada fui surpreendida por sussurros indecifráveis e barulhos que vinham da direção do meu guarda-roupa, que para o meu azar ou sorte, não estava no meu campo de visão. Instantaneamente paralisei como se estivesse brincando de "pega-pega congelo", entretanto minha mente bisbilhoteira mexia as engrenagens imaginando o que estaria acontecendo do outro lado do quarto. Com a respiração ofegante e com o coração batendo há mil, notei que os ruídos e os murmúrios havia se cessado. Suspirei aliviada e aos poucos o coração foi voltando a bater calmamente como alguns minutos antes. Após alguns minutos, rir de mim mesma, por ter caido nas imaginações que minha mente havia me pregado, mas assim como o alívio veio, ele se foi.

Se foi, assim que senti um calafrio.

Quando percebi que o causador dos barulhos se movia em minha direção.

Naquele momento eu não sabia o que fazer, não sabia se gritava, se rezava, se chorava ou apenas fechava os olhos. Contudo, assim como tinha medo, eu também era impulsiva, um defeito que se revelava quando percebia que o medo estava a espreita, a espera de uma abertura para dar o bote como uma cobra. Reprimindo qualquer sensação de medo, me virei, ficando de frente para a porta. De primeiro instante só vi o quarto coberto pela escuridão da madrugada, meus olhos se
direcionaram para a porta e logo em seguida para o guarda-roupa. Nada, não havia nada de estranho. Todavia ainda sentia que não estava sozinha no quarto e que estava sendo observada. Ainda com os olhos focados no escuro, esperando visualizar qualquer movimento estranho, fui pega desprevenida com um chacoalhar na perna. Ao sentir algo balançando minha perna, olhei para a mesma e vi.

Vi uma mão ou um formato dela talvez. Pelo quarto estar escuro, não estava muito nítido, mas
graças ao único telhado de vidro do quarto que estava direcionado ao pé da cama da mesma, a luz da lua refletida no vidro batia, dando um pouco de iluminação ao local. Os sussurros voltaram, com um timbre mais elevado, porém ainda indecifráveis. Mesmo não
entendo o que os sussurros diziam, tinha impressão que os murmúrios eram de repreensões e que o formato da mão não era desconhecida. Com curiosidade, fui subindo o olhar lentamente. Parei o olhar ao localizar o rosto do causador do barulho.

Ou eu deveria dizer a causadora?

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Olá! Espero que estejam gostando do conto.🌸

A estrofe da música que está logo no começo do capítulo é a mesma que está no vídeo acima.

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A Cordada Na Madrugada (Concluído)Where stories live. Discover now