𝟕 𝐖𝐀𝐘𝐒 𝐓𝐎 𝐖𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔 𝐎𝐕𝐄𝐑 | 𝗞𝗮𝗴𝗲𝘆𝗮𝗺𝗮 𝗧𝗼𝗯𝗶𝗼

Capitão

                     

– Então você quer ajuda para conquistar a _____? – Daichi o questiona e Tobio assente. 

    Os dois estavam no intervalo, Kageyama havia puxado o seu capitão para um canto mais afastado só para conversar sobre isso. Daichi era mais velho, logo mais experiente, deveria saber mais coisas sobre garotas do que Hinata, certo? 

– Desculpa, Kageyama, mas eu não sei muito o que fazer em relação a garotas. – Errado. O mais velho sorri sem graça e a boca do citado vai até o chão. 

– M-mas...mas você é velho! – Aponta para Daichi, que desmancha o seu sorriso na hora, dando lugar a uma carranca daquelas. 

– Eu não sou velho! Só tenho 18 anos, seu idiota! – Berra com suas veias saltadas, Kageyama se encolhe. – Voltando ao assunto, acho que você pode tentar ser atencioso, ouvi dizer que garotas gostam de caras atenciosos. 

– Como eu faço pra ser assim? – Indaga, Sawamura suspira.

– Preste atenção nos mínimos detalhes, seja legal e a anime quando for preciso. – O moreno tomba a sua cabeça para trás, com um enorme ponto de interrogação estampado na cara. – Seja como um capitão de uma equipe de vôlei. – Daichi fala na linguagem de Kageyama, que por incrível que pareça, entendeu mais facilmente do que antes. 

– Como um capitão de vôlei... – Repete para si mesmo, digerindo as sábias palavras de seu veterano. – Não deve ser tão difícil. Obrigado, Daichi-san! – Se curva. 

– De nada, eu acho. – Coça a própria nuca, incerto de que Tobio havia realmente o compreendido do jeito que ele queria. 

     Com o conselho de Daichi, assim foi feito. Kageyama iria ser um garoto atencioso a partir de agora...mas do jeito dele. 

[ ... ] 

      Na gincana da escola, você estava competindo na área da corrida. O prêmio não era grande coisa, era mais para divertir os alunos e sair um pouco da rotina. 
      E lá estava Kageyama, na plateia, sem tirar seus olhos de você. Quando a deram a largada, ele grita: 

– VAI, _____-SAN! VOCÊ CONSEGUE!! – Sua fala, por mais encorajadora que seja, acaba por te atrapalhar, deixando-a para trás das outras competidoras. 

– Obrigada, Kageyama-kun! – Você diz baixo, dando um sorriso sem graça para o mesmo, voltando a correr. 

     Ao final da corrida, você havia pegado o quarto lugar, o que não era uma coisa ruim. Nesse exato momento, se encontrava sentada, recuperando suas energias, até uma toalha molhada ser jogada em seu rosto, a pegando de surpresa e tampando sua visão. 

– Tudo bem, _____-san! Você consegue recuperar essa! Na próxima, você pode dar o seu melhor e vencer todas elas! – Ao tirar a toalha de seu rosto, você tem a imagem de Kageyama a sua frente, com uma garrafa em suas mãos. 

– Mas não vai ter ou... – É interrompida pelo próprio, erguendo a garrafinha próxima de seu rosto. 

– Beba isso! _____, fight!! – Berra estranhamente enérgico, saindo de perto de você, murmurando a mesma frase que acabara de dizer.

– Obrigada...Kageyama-kun... – Você tinha ficado meio confusa com a atitude do garoto, mas resolve ignorar e voltar a sua atenção para a água. 

[ ... ] 

      Dias depois, você estava fazendo uma de suas provas especializadas de seu intercâmbio, junto com alguns outros estrangeiros que vieram consigo. Estava tudo um completo silêncio, apenas o som das borrachas e rabiscos dos lápis eram ouvidos em toda sala. Todos estavam concentrados...até que...

– _____-SAN!! BOA SORTE!! GANBATTE!!!! – Os berros de Kageyama atraem a atenção de todos para a janela. Olhando para baixo, você acaba corando de vergonha, por ser o próprio e por ser na frente de praticamente todo mundo. 

– O-obrigada, Kageyama-kun. – Você responde tímida com os olhares bravos dos alunos e do professor sobre si. 

[ ... ] 

      Na aula de artes, o exercício era a pintura realista do cesto de frutas, que se encontrava no centro. Você se encontrava concentrada no que estava fazendo, seus traços eram muito bem feitos e a pintura era bastante detalhista, não queria errar nadica de nada na obra de arte, segurava o pincel de forma leve, realizando movimentos lentos. 

– DÊ O MELHOR DE SI, _____-SAN! FIGHT!!! – A voz do moreno causa um susto em todos ali presentes. Como consequência, a citada acaba por se chacoalhar por inteira, borrando um traço que estava sendo perfeitamente manobrado.

– Mas o que é isso? Kageyama-san, você não faz aulas de artes, não deveria estar aqui. – O professor adverte. 

– Obrigada, Kageyama-kun. – Você aperta o pincel em suas mãos, olhando para o garoto irritada, já o mesmo apenas faz um joinha com a mão e sai da sala como se nada tivesse acontecido. 

[ ... ]

      Você estava andando até o seu clube, sua líder havia convocado todos para atividades importantes e não poderia perdê-las por nada. Tudo estava na paz...até que...

– _____-san!! – Ele berra. – Soube das suas atividades do clube. Fi... – Antes que pudesse começar o seu discurso, você o interrompe. 

– Olha, Kageyama, eu agradeço muito que esteja sendo tão prestativo comigo. De um certo modo, é até fofo, mas você está parecendo o meu pai! 

– O seu...pai? – Pergunta a si mesmo, em tom baixo.

– Obrigada por se preocupar comigo, mas não precisa berrar pelos cantos. Mandar energias positivas de longe também ajuda! – Aconselha o garoto, pondo sua mão em seus ombros. – Tenho que ir até agora, até mais tarde, Kageyama! – Se despede do mais alto, aliviada por tudo aquilo ter finalmente acabado.

    E lá estava Kageyama, no meio do corredor com uma enorme cara de taxo. A sua fala rodeava a cabeça do de olhos azulados. Quem via de longe, achava que o garoto se tornara uma estátua. "Ela me vê como um pai?", ele se perguntava. 
      Em passos lentos e com a sua expressão indecifrável, Kageyama caminha até a quadra, chamando a atenção de todos os seus amigos e companheiros de equipe. Ele não fala nada, se senta no banco e fica encarando o chão por minutos. 

– Que cara de morto é essa? Parece que virou defunto! – Hinata exclama, aproximando seu rosto ao de Kageyama. 

– Você está bem, Kageyama? – Yamaguchi questiona preocupado com o jovem. 

– Deve ter levado um fora. – Tsukishima murmura, encarando o moreno de cima para baixo. 

– E aí, Kageyama!? Conseguiu? – Daichi se aproxima do grupinho, esperançoso com a resposta. 

– Ela disse que eu pareço o pai dela. – Solta e todos murmuram um "Uh". 

– Mas porque? O quê você fez? 

– Eu segui o seu conselho e tentei ser como você é pra gente. E ela disse que eu pareço um pai! – Daichi se junta a Kageyama no banco, com uma cara de taxo e encarando o chão. 

– Gente, vocês...o que houve com eles!? – Sugawara se interrompe ao ver a cena. 

– Relaxa, são só a dupla dos papais em reunião! – Tsukishima gargalha, recebendo tapas de Hinata e Yamaguchi.

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Ooooi, gente bonita!

Trouxe mais um capzinho pra vocês, tô tentando cumprir meu trato de ontem, viu KKKJKKKKKKKK

Se cuidem, bebam água e até o próximo!     (ʃƪ ˘ ³˘)