Ainda observando a porta da cabine, eu percebi que preciso encontrar Dumbledore antes da seleção. Após nao sentir mais o trem se movimentar, abri a porta da cabine e observei o sonserino passar por mim novamente. Ele me encarava sem expressão, como se fosse superior a mim, mas nós estavamos tão proximos, que quase chocamos nossos corpos.

O segui para fora do trem, observando o Castelo brilhante. Desde que contemplei a imagem do Castelo pela primeira vez, sempre fui fascinada por ele. 

Após alguns minutos de caminhada adentro uma das  carruagens que ali esperam pelos alunos e retiro meu livro de poções. Poucos minutos depois observo dois garotos sonserinos adentrarem a carruagem que escolhi e sentarem-se a minha frente. Eu ja podia reconhecer o semblante de um, o monitor chefe, já o outro eu presumi ser um Malfoy pela cor de seus fios platinados. Ambos me observaram enquanto eu fitava-os com arrogancia por terem adentrado a minha carruagem.

-- Olá, eu sou Abraxas Malfoy. E a senhorita, quem é? - Indagou ao estender sua mão, inclinando seu corpo em minha direção.

-- Bem... - Visualizei o louro de cima a baixo ao contempla-lo sorrir maliciosamente para o outro. -- Eu sou Catleya Bennet. - Coloquei minha mão sobre a sua, pensando que ele somente a apertaria.

-- Senhorita Bennet, é um prazer conhece-la... - Murmurou selando seus labios suavemente contra o dorso de minha mão enquanto observava meu semblante com malícia, então puxei com violência minha mão da sua, enquanto o outro sorriu de canto. 

-- Olá senhorita Bennet, é um prazer conhece-la. Eu sou Tom Riddle. - Se apresentou levantando sua mão, enquanto fitava meu rosto com uma expressão neutra.

-- Eu gostaria de poder dizer o mesmo, contudo não posso. Eu vou caminhar, preciso de ar limpo. - Resmunguei fechando meu livro enquanto ele permanecia confuso ainda com a mão levantada.

Recolhi minha bagagem observando Malfoy cruzar as sobrancelhas e me fitar com dúvida, então Riddle fechou sua mão, suspirando e por fim observando-me com desdém, enquanto eu deixava a carruagem.

Eu tenho o direito de não cumprimentar e permanecer na mesma carruagem com o bruxo que futuramente destruiria minha vida e ainda selaria seus labios contra os meus, deixando a impressão de que sentia algo por mim, mesmo depois de tudo o que fez.

Após alguns minutos calmos e quietos caminhando, cheguei a hogwarts, colocando minha mala sobre uma das outras, então libertando Lily, que ronronou ao ouvir minhas palavras permitindo-a caminhar por hogwarts. Eu ja conheço as regras de hogwarts, o que foi interpretado de outra maneira pelos outros estudantes que repararam em minha capa de primeiro-anista e na intimidade com o recinto. 

Eu caminhei convicta pelos corredores, dando passos arrogantes e confiantes em direção a sala do diretor. Assim que visualizei a enorme porta de madeira, bati a ela.

-- Entre, por favor... - Murmurou uma voz máscula e cansada, então adentre a sala, observando um homem já muito velho sentado sobre sua cadeira.

-- Olá, senhor diretor. - Ele assentiu. -- Me chamo Catleya Bennet. Bem, tenho alguns assuntos a serem discutidos com o professor Dumbledore, mas são  totalmente sigilosos, nem o senhor pode obter conhecimento. - Ele fitou o meu ser com confusão. 

Após alguns minutos, Dumbledore apareceu, então me conduziu até sua sala. Durante o caminho, percebi que os dois sonserinos que se apresentaram na carruagem me observavam com desdém. Eu retribui o olhar com arrogância, enquanto Malfoy levantou suas sobrancelhas, como se estivesse a me desafiar.

-- O que a senhorita deseja? - Questionou depois de sentar-se atras de sua mesa, sobre sua cadeira.

-- Professor, eu sei que o senhor é o único que pode me entender, por isso preciso conversar com o senhor. Serei direta, não sou deste tempo, vim para cá com o auxílio de um vira tempo, com o intuito de derrotar alguém alguém futuramente vai se tornar um bruxo muito perigoso, até para o senhor. Ele vai destruir tudo o que preza. - Expliquei observando-o me fitar com confusão. -- Eu realmente não estaria aqui se não fosse de tamanha importância. Este foi o único jeito que encontrei para acabar com tudo. Contudo, meu vira tempo quebrou, e preciso de sua ajuda para voltar para casa. - Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos. 

-- Senhorita Bennet, a senhorita sabe quais são os riscos de viajar no tempo? - Questionou entrelaçando seus dedos.

-- Não ouviu o que eu disse? Não estaria aqui se não fosse de extrema importancia e perigo. - Expliquei com arrogância. -- Tem alguém neste tempo que o deixa receoso? Um sonserino, cabelos negros... Extenso potencial mágico... - Pensei sobre sua reação me escutando falar sobre isso.

-- O que exatamente veio aqui para fazer? - Eu suspirei ja se um paciencia. 

-- Mata-lo, ora! - Me sentei sobre a cadeira a frente da mesa. -- O que mais eu faria? - Questionei observando-o assentir totalmente calmo. -- Assassina-lo agora evitaria muitas mais mortes... - Ele assentiu novamente.

-- Matar um assassino não reduz a taxa de assassinos, senhorita Bennet. - Suas palavras soaram calmas e rigidas.

-- Esta bem, está bem. - Continuei ignorando o aviso dele. -- Preciso que me coloque no sexto ano e na casa sonserina e que me presenteie com um novo vira tempo. - Ele sorriu balançando a cabeça negativamente.

-- Sua teimosia me parece sonserina mesmo. Contudo... o que a faz pensar que eu poderia ajuda-la? Tenho minha oferta, senhorita Bennet... - Murmurou observando-a neutro. 

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Guerras no tempo - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora