Segunda chance

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Tom Riddle ou Lorde Voldemort

Catleya Bennet é um tesouro, entretanto preciso de um mapa para encontra-la. É diferente do resto de meus comensais. Afrontosa, arrogante, corajosa e mesquinha.
Já me desafiou diversas vezes. Sinto que posso me sair bem sucedido ao lhe treinar para as trevas.
Porém sua arrogância vai acabar matando-a. Como ousa me chamar de mestiço? 

É tão bonita, mas tem uma língua extremamente afiada.
Temos regras. Quem ousar mencionar o meu sangue terá um breve encontro com a morte. Ainda assim, hesito em mata-la. Não quero que isso ocorra, mas regras são regras. Isso é uma pena, desperdiçar alguem tão encantador como ela...

-- Não... Não! Por favor, não faça isso... - Súplica o homem que ficou sobre seus joelhos em minha frente.

-- Por que eu não deveria fazer isso, senhor Bennet? - Indaguei observando-o observar-me com tristeza.

-- Porque encontrei isto em seu quarto. - Revela o vira tempo escondido sob seu bolso. 

A morena a minha frente abre a boca para protestar, porém coloco meu indicador sobre seus labios, indicando para que ela fique em silêncio.

-- E como isso pode salvar a vida de sua filha? - Questionei já sabendo o motivo.

-- Não deseja acabar com tudo isso? Harry Potter? Minha filha é a pessoa certa para auxilia-lo. Não se arrepende de ter cometido erros? - Perguntou com esperança. -- Catleya pode mudar tudo... - Murmura o homem ofegante sobre seus joelhos.

Ele está certo. Me arrependo de algumas coisas, Catleya pode ser a minha segunda chance. Sei que minhas horcruxes estão com o menino Potter. Também sei que algum dia ele vai destrui-las, e um pedaço de alma oculto em um objeto que vai ser destruído se perderá para sempre, ou seja, eu jamais poderei recupera-lo. Não posso correr este risco. Já não tenho três horcruxes, me sinto vulnerável. Perdi três pedaços da alma para sempre, não há como voltar atrás.

-- Muito bem, eu e Catleya devemos conversar sobre isso quando estiver sobrea. - A mesma nos observava sem expressão.

-- Obrigado, Milord... Obrigado. - Encaro a morena com duvida, então confisquei o objeto da mão do homem e sai.

Catleya Bennet

Assim que Voldemort se retirou junto de Bellatrix, me agacho ao lado de papai.

-- Minha filha, o que você fez? - Questionou com tristeza em seu rosto.

-- Desculpe, estou sob o efeito da poção veritaserum, papai... - Expliquei segurando as mãos dele.

-- Uma poção proibida? Nem temos aqui em casa... Você sabia que não podíamos usa-la... - Voltou seus olhos para o chão.

-- Pai... nós só queríamos nos divertir... Então eu fiz a poção... - Resmunguei fitando o homem com melancolia.

-- Você assinou sua sentença de morte. - Observei uma lágrima silenciosa cair de seus olhos.

Eu realmente não estava preocupada com isso. Ja tenho um plano preparado para voltar ao passado e acabar com tudo, e certamente vou fazer isso. Mas, não do jeito que ele imagina que farei. Vou voltar ao seu ano de nascença e acabar com tudo isso. Mata-lo. Assim, eu seria a salvadora do mundo bruxo. Harry Potter o eleito?  Harry Potter é passado. Agora sou eu quem salvará todos da desgraça.

-- Catleya! - Exclama Astória, caminhando de uma maneira apressada até mim, abraçando meu corpo.

-- Acho que o efeito do álcool ja passou, não é? -Perguntei, observando-a assentir em meio a lágrimas.

-- Não quero perde-la... - Resmungou selando seus labios contra a minha bochecha.

-- Eu sei...eu sei... Astória, não chore, está bem? Eu vou concertar isso... - segurei o rosto da loura, limpando algumas de suas lágrimas.

-- Catleya, nós a avisamos. Olha aonde está agora. - Diz Nott, se aproximando ao lado de Malfoy. 

-- Preciso ficar sozinha. Vão para dentro e aproveitem o resto da festa. Ficarei bem... - Greengass assentiu ainda em lágrimas, se afastando.

Todos me acariciaram com um abraço, então deixaram o jardim em passos lentos e melancólicos. Assim que já não era mais possível a visualização de suas silhuetas, eu me deitei sobre a grama, observando a bela paisagem noturna. Quando estou desanimada, eu costumo observar o céu noturno estrelado. O brilho intenso aquece meu coração.

Eu poderia simplesmente apagar a memória de meus amigos e adentrar minha passagem secreta, a borboleta. Contudo, eu quero mata-lo, e farei isso mesmo que custe a minha vida. Depois de tanto esforço, espero receber ao menos uma figurinha no sapo de chocolate.

Após alguns segundos, escuto trovões e raios brilharem no céu, dando início a uma chuva deliciosa. Sinto pingos de chuva se chocarem contra o meu rosto, e apesar de estar com a sentença de morte assinada, meus lábios abrem um delicioso sorriso. A chuva serviu como um banho vitalizador para mim. Lavou meus pensamentos negativos e a energia ruim, que me foi transmitida.

Sentindo um pico de energia atingir meu corpo, me coloco de pé dando início a uma dança na chuva. Enquanto rodopio, meu cabelo encharcado voa pelos ares, meu vestido também encharcado se cola ao meu corpo, e minhas risadas são abafadas pelos veementes trovões entre as nuvens. Quando me sinto tonta o suficiente para parar, meus olhos se voltam para uma janela da mansão, observando sob ela, Lorde Voldemort, que me fitava com um seblante severo. O sorriso que abrigava meus lábios imediatamente se desfez, enquanto saio de seu campo de visão, adentrando a mansão.


-- Estava na chuva? - Pergunta minha mãe, enquanto me dirijo até meu quarto encharcada.

-- Não, eu estava no no sol da noite, por isso estou completamente encharcada. - Resmunguei alcançando a maçaneta de minha porta. 

-- Respeite sua mãe... - Murmura Voldemort, aparecendo. Me viro para a porta de meu quarto. -- Agradeça por ter sido poupada. - Me volto novamente para o mesmo e respiro fundo. Já recebi minha segunda chance, e agora tenho que valoriza-la, pois também quero uma figurinha minha no sapo de chocolate.

-- Obrigada. Eu serei eternamente grata por isso. - Cruzo as mãos atrás de minhas costas.

-- Saia. - Seu olhar ficou fixo em mim, observando-me com seriedade.

Me virei para a porta e toquei na maçaneta. -- Você não, criança, sua mãe. - Virei-me para ele novamente. A mesma me observou pela última vez e saiu. -- Vai ficar doente. - Se aproximou com as mãos ocultas atrás das costas.

-- Vou... - Sinto o vento frio que passou pela janela no fim do corredor me atingir.

-- O que tinha no frasco que eu peguei, se você está sob o efeito da poção veritaserum, e Lucius jogou o resto do que você fará fora? - Seu olhar deixou a intensidade.

-- Você pegou um frasco encantado para parecer a poção, mas só tinha água dentro. - Respondi desviando o olhar.

-- Apesar de suas perversidades comigo, não quero mata-la. - Segurou meu rosto com sua mão direita. -- É uma mulher encantadora, mas com uma língua extremamente afiada e arrogante. - Inclinou meu queixo para si.

-- Eu preciso me trocar, estou encharcada. - Não desviei de seus olhos.

-- Quando estiver seca e totalmente sobrea, vamos ter uma conversa. Você, querida Catleya, será a minha vitoria. - Encontrei maçaneta da porta, abri a mesma e passei rapidamente por ela, sem desviar os olhos do homem a minha frente, por fim a fechei.

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Guerras no tempo - Tom RiddleWhere stories live. Discover now