Chapter 42 - Dúvidas

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- Você sabe que não é por isso. – Tom disse, provocando Theo.

- Tá, tá, eu vou comer porque tô com fome. – Ele saiu dali, deixando eu e Tom dando pequenas risadas.

Eu parei de rir e Tom também. Nós estávamos sozinhos na entrada do Salão, então nos entreolhamos e ficamos assim por uns segundos. Ele estava vestindo um terno preto com uma gravata da mesma cor que o meu vestido, como se ele soubesse que essa seria a cor que eu usaria hoje. Por um breve segundo, pude ver que seus olhos brilharam de admiração. Seus lábios se curvaram em um sorriso satisfeito. Sua mão se ergueu na minha direção, em um convite silencioso para dançar comigo.

Eu entrelacei minha mão na sua e o segui para a pista de dança. Sua mão livre segurou minha cintura com firmeza, me puxando para mais perto de seu corpo. A música passou longe de nós, estávamos dançando em nossa própria harmonia. Era como se criássemos nossas próprias notas musicais e nossos próprios passos. Tom me guiou lentamente pelo salão, nossos olhos nunca se desencontrando. Alguns casais dançavam por perto de nós, um deles era Theo e May, que estavam brigando por um ter pisado no pé do outro. Eu dei risada, mas senti Tom apertar minha mão e me fazer olhá-lo nos olhos novamente.

Não era necessário palavras para descrever nosso momento, tanto eu quanto Tom entendíamos o que estava acontecendo ali. Eu suspirei levemente, aproximando meu rosto de seu peitoral e apoiando minha cabeça ali. Tom respirou fundo e beijou o topo da minha cabeça, seus braços rodeando ainda mais minha cintura e me colando contra seu corpo. Pude ver May no fundo revirando os olhos para a cena e Theo fazendo sinais obscenos com as mãos, o que fez eu arregalar os olhos levemente e May dar um tapa na nuca dele. Eu sorri, sentindo meu coração aquecido e esquecendo um pouco dos problemas diários. A luz do salão se tornou azul fraca, iluminando o pouco de casais que tinha na pista de dança. Senti a mão de Tom segurar minha mão e me afastar dele, me girando e me puxando para perto novamente, voltando na posição inicial.

- Ok, já chega. É minha vez agora. – Senti Theo agarrar minha cintura e me puxar para longe de Tom, que ficou irritado. – Nem vem, cara feia pra mim é fome. Vai ficar bicudo lá com aquela chata, agora eu que vou dançar com essa preciosidade. – Theo me puxou para longe de Tom e deu um sorriso maroto. – Preciso conversar com você, anjinha. – Eu o olhei confusa. Theo já não estava mais com aquela face divertida, ele estava sério. – Tenho a impressão de que May não é quem ela diz ser. – Eu cerrei meus olhos para ele.

- E o que leva você a acreditar isso? – Theo me pegou no colo e me girou no ar, seguindo os passos da dança.

- Está vendo aquele anel no dedo dela? – Eu franzi a testa, mas olhei e concordei quando vi um anel dourado no dedo mediano de May. – Toda vez que ela acha que está sozinha, ela tira ele e coloca na palma da mão. E então, ela começa a falar com ele. Pelo que eu deduzi, aquilo é tipo um cabo que liga ela à alguém. Esse alguém pode ser Grindelwald.

- Acha mesmo que May está ligada à Grindelwald, Theo? – Eu debochei, me afastando dele. – Por Merlin, May jurou que mataria ele quando contei que ele mandou capangas para me sequestrar.

- Ela poderia estar encenando. – Eu cruzei meus braços. – Olha, eu sei que parece muito improvável e impossível, mas eu também achava isso até ver com meus próprios olhos que ela está, sim, falando com Grindelwald.

- E o que ela falava, exatamente? – Theo travou por um segundo.

- Sobre como queria te matar. – Ele disse baixo. Eu dei risada, balançando minha cabeça em negação.

- Essa intriguinha de vocês precisa acabar, Theo. Eu estava quase acreditando nessas suas acusações sobre May. – Eu me virei para sair, mas senti a mão de Theo agarrar meu braço.

Possessive || Tom RiddleWhere stories live. Discover now