O CORREDOR DO MEDO

Capítulo 2: Rodrigo

Passar o final de semana na escola não era exatamente o plano de 3 adolescentes cheias de hormônios e loucas por novas aventuras.
- O Jonas é um saco, essa escola é uma droga... - reclamava Bárbara com um esfregão na mão. - Isso não se faz, ele nunca foi um adolescente?
- Foi, mas está tão velho que não se lembra. - respondeu Natália, também com um esfregão, ajudando na limpeza do colégio. - Viu a Samantha?
- Não. Ela é desagradável.
- Como estão seus pais?
- Eva e Michel estão bem, melhor impossível, afinal mandaram a filha única para um colégio interno para cursar o ensino médio, nunca me perguntaram se eu gosto, ou o que eu quero. Eu passo a semana toda aqui tem quase 3 anos e eles nem se importam. - respondeu Bárbara.
- Quanto drama. Não é tão ruim assim. Passamos os finais de semana em casa, temos férias em julho e dezembro. É só não aprontar para não ficar nos finais de semana.

Bárbara De Prado Carvalho, estava prestes a fazer 17 anos. Uma sujeita legal, porém se encrencava demais. Passou por, pelo menos, 4 escolas diferentes. Filha única de Eva Carvalho e Michel de Prado, nunca desejaram mais filhos.
Natália Oliveira Souza, Já estava com 17 anos.. A caçula de 3 irmãos. Foi criada pela mãe e o padrasto, seu pai nunca assumiu a paternidade, o que deixou sua mãe magoada durante alguns anos. Tirava boas notas, embora gostasse de zoar junto com Bárbara.
Samantha Gimenez Rodrigues, típica garota nerd, não porque queria ser nerd, mas seus pais eram muito rígidos nessas questões, ambos queria que Samantha tivesse uma boa educação, uma boa formação escolar e no futuro, uma boa faculdade. Escondido, Samantha fumava suas ervas suspeitas e fazia coisas que seus pais não sentiriam orgulho, por exemplo: começar uma amizade com Bárbara e Natália.
Aquele dia de sábado estava demorando para passar, demorando até demais.
- Ainda acho o Rodrigo um gostoso. - comentou Bárbara.
As meninas estavam almoçando, o tédio dominava.
- Tédio. - disse Natália fazendo careta.
- Vocês são o capeta. - comentou Samantha.
Anoiteceu... As 3 encrenqueiras estavam no quarto. Quando Samantha tira algo de sua mochila.
- Isso é maconha? Eu disse que ela fumava uma erva suspeita. Olha o tanto de maconha que ela tem. - disse Natália.
- Vocês querem?
- ufa, alguém acabou com o tédio, obrigada, Senhor. - disse Bárbara pegando um para si. - Samantha, eu te amo, você é oficialmente minha amiga, por favor faça parte do nosso grupo.

Samantha achou graça.
Por volta das 21:00, Rodrigo estava no colégio, revisava a matéria na sala dos professores.
- Rodrigo?
Natália estava na porta.
- Oi. Bandida de carro.
Natália riu.
- Desculpa pelo ocorrido. Minha mãe ameaçou me dar uma surra de cinto. - dizia Natália.
- Estão fumando maconha, né?
- Não...
- Não vou contar para ninguém. Já estão ferradas demais.
Rodrigo a encarou e sorriu. Levantou-se e fechou a porta.
- Veio aqui só para pedir desculpas, Natália?
- Sim, mas se quiser levar para o lado sexual, eu não me importo.
Se beijaram. E foi assim que aluna e professor levaram a relação além da sala de aula.
Rodrigo tirou a roupa, Natália também. Transaram.
Por volta das 22:30 a luz acabou. Um ser com calça de moletom preto, jaqueta preta com touca e uma máscara de palhaço aparece no corredor do colégio.
- O que será que houve? - perguntou Rodrigo.
- Bárbara deve estar aprontando algo. - respondeu Natália.
Subiram. Natália entrou no quarto sem nem olhar para trás, fechou a porta e deitou, dormiu em questão de minutos.
Na manhã seguinte, Bárbara, Natália e Samantha foram acordadas pela polícia: alguém matou Rodrigo no corredor do colégio.