Friendships

Mulai dari awal
                                    

— Nós podemos  ter um coelho samurai, Hina-chan? — Yato perguntou após ela terminar o livro.

— Não acho que exista um de verdade, Yato-kun. — Ela riu do bico que o menino formou. — Mas deve existir coelhos ninjas por aí, então, quem sabe?

Os olhos do menino a olharam maravilhado, e ele sorriu, dando um beijo em sua bochecha, e saiu correndo para contar à avó que queria um coelho ninja. Hinata riu do menino, e estranhou Shinki estar calado mais do que o normal.

Olhou para seu braço direito — que o gêmeo tinha se encostado na metade da história — e viu que ele estava dormindo com as mãozinhas abraçadas à ela. Hinata sorriu, o pegou no colo, sendo abraçada no mesmo instante, e se arrepiou, sentindo o coração aquecer.

— Vai ficar tudo bem, Shinki-kun. — Sussurrou.

Não era só pela timidez que Hinata se identificava com os gêmeos, eles eram sobreviventes, perderam pessoas importantes na Guerra assim como ela, e estavam tentando seguir com a vida.

E agora Hinata não tinha mais dúvidas, sua nova família iria sim, ser construída ali.

°°°

Gaara estava cansado, mas com a ajuda dos irmãos, conseguiram resolver tudo a tempo para poderem voltar para casa no horário normal de sempre. Temari e Kankuro já tinham saído, ele tinha acabado de organizar alguns papéis antes de ir, quando alguém bateu, pedindo permissão para entrar.

— Entre. — O ruivo revirou os olhos, pelo chakra, ele já sabia de quem se tratava.

— Kazekage-sama, com licença. — Sentou-se à frente de Gaara. — Decidi vim sozinho para não causar tanto estresse como antes.

— Eu já estava quase indo embora, Saito-san. É sobre o casamento de novo? — Gaara suspirou, massageando as têmporas. — Pensei que...

— Kazekage-sama. — o cortou. — Os boatos que correm pela vila são de que você está namorando uma Hyuuga, é verdade?

— Sim, é verdade. Mas qual seu interesse nesse assunto? — Perguntou desconfiado.

— O nosso interesse era somente que você tivesse uma esposa logo, mas pelo visto isso não vai demorar.

— Se era só isso...

— E você achou uma ainda melhor do que as que nós trouxemos para você. — o cortou de novo. — Não sabia que iria arranjar uma Hyuuga qualquer para se livrar assim de um casamento arranjado. — Deu um sorriso sarcástico.

Gaara se levantou rápido, o maxilar trincado, a aura de fúria que exalava do ruivo era palpável, e isso fez o sorriso sair da cara do velho rapidamente.

— Hinata não é uma qualquer. — disse entre dentes. — Eu espero que você não fale mais dela dessa maneira, entendeu?

— Hinata, a primogênita de Hiashi Hyuuga? Interessante. — Respondeu, sem se importar com a raiva que Gaara o olhava. — Não vejo a hora de vê-la lutando, ela realmente é uma ótima opção para ser a Primeira Dama de Sunagakure.

O movimento foi tão rápido, que o velho só entendeu o que estava acontecendo quando sentiu suas costas baterem na porta, lhe tirando um grito de susto, que foi abafado pela mão de Gaara, que apertava sua garganta fortemente.

— Ela não é nenhum troféu da vila, Saito. — disse alto, o apertando ainda mais. — Esse é o meu último aviso: Deixe minha vida pessoal em paz, e se eu ouvir mais algum dos conselheiros falarem dela do mesmo jeito que você, eu não respondo por mim. Fui claro o bastante?

Saito tentou confirmar com a cabeça, e por causa do aperto não conseguiu, mas sussurrou um "Sim, Kazekage-sama". Gaara o soltou, fazendo ele cair no chão, e devido ao tempo sem oxigênio, ficou tossindo.

— Eu realmente espero que me deixem em paz, Saito. Ou vou formar outro grupo de conselheiros. — ameaçou.

Sem esperar por respostas, Gaara saiu do escritório para ir para casa. Precisava se acalmar, precisava saber que tudo ficaria bem. E ele só saberia disso ao ver ela.

°°°

Depois de falar para a avó que queriam ficar mais um pouco com a Hyuuga, Yuki e Hinata estavam vendo os gêmeos brincarem no jardim. Eles trouxeram os brinquedos que levavam todos os dias para a escola, mostrando para as mais velhas e contando histórias divertidas.

— Olhe, Hinata-chan, eu tenho um coelho de madeira! — Shinki mostrou à ela. — Ele vai ser um samurai igual a historinha que você contou pra gente. — Ele pôs o boneco no chão, montando uma luta com um cavalo feito de pedra. — S-se bem que eu dormi e... não sei se ele é forte para derrotar o poderoso Uma-sama! Ah, você não consegue seu coelho ca...olho.

— Lie, Nii-san, o meu rinoceronte vai acabar com todos vocês! — Yato entrou no meio dos bonecos do irmão, e começaram mais uma batalha e conto de histórias entre os dois.

Hinata e Yuki tricotavam e riam dos meninos. A Hyuuga tinha saído para uma loja de costura logo depois de ter colocado Shinki para dormir no seu quarto antigo. 

Comprou alguns novelos de seda e as agulhas, pois estava planejando fazer um cachecol para o namorado e para os meninos. Seria um vinho para Gaara, preto para Yato, e verde escuro para Shinki. Ela tentou convencer a senhora a deixar fazer um para ela também, mas Yuki quis ajudá-la e começou a fazer um para si mesma.

— Eu adorei passar esse dia com você, Hinata-san, e aposto que os meus meninos também.

— Ora Yuki-chan, eu já a considero uma amiga, e também a minha sogra. — Piscou para ela e as duas riram. — Então me chame apenas de Hinata.

A senhora assentiu, deu um abraço na Hyuuga e chamou os netos para irem embora. Eles relutaram um pouco, mas acabaram aceitando. Hinata estava terminando de arrumar os objetos de tricô em uma cesta quando ouviu os meninos gritarem:

— Temaaa, Kaaankuro, Gaaraa! — Disseram juntos.

Hinata sorriu e voltou para a casa. Encontrou Shinki nos braços de Gaara e Yato com Kankuro. O ruivo sorria para o garoto que contava sobre o seu dia, mesmo com as bochechas coradas por estar no colo do Kazekage, e agora Hinata entendia por que Gaara reclamava da falta de atenção deles, eles simplesmente tinham vergonha dele.

A Hyuuga olhava atenta para o namorado, estava feliz por vê-lo chegando mais cedo, aquilo dizia que estava tudo bem nos arredores da vila. Mas estranhou a postura tensa que ele carregava, que só mudou quando Hinata entrou em seu campo de visão.

— Okaerinasai. — A morena deu um selinho, arrancando um "eca" de Shinki, fazendo os dois rirem.

— Tadaima, Hime.

O ruivo colocou o garoto no chão, e se despediram. Temari e Kankuro levaram eles para casa por já estar ficando escuro, pois era perigoso para eles irem sozinhos.

— Aconteceu...

— Nada que eu não pudesse resolver. — a cortou com um abraço apertado. — Só preciso jantar e descansar um pouco.

Hinata suspirou, sentia que ele escondia algo, mas esperaria pelo seu tempo. Seguiram para a cozinha e comeram em silêncio, a morena limpou tudo e saiu puxando o namorado para a biblioteca. Ela pegou seu livro preferido, tirou sua capa de Kazekage e o puxou para o sofá. Gaara sentou perto dela, mas Hinata o fez deitar em suas pernas, arrancando um suspiro cansado ao receber os carinhos no cabelo.

— Só descanse Gaara, me deixe cuidar de você.

Hinata deixou um beijo em sua testa, abriu o livro com uma mão e com a outra continuava com o cafuné no namorado. Logo Gaara relaxou, e concentrado na voz calma dela, adormeceu.

Learning to Love - GaaHina - EM REVISÃO Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang