Verde

676 77 90
                                    

— Ah, eu tenho sim

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— Ah, eu tenho sim. — A senhora de cabelos castanhos, presos em um rabo de cavalo disse, estava ao telefone, ela observou o filho sentando na mesa pela manhã, Jean comia calmamente. A mais velha sorriu fraco para o alfa, tornando a sua ligação. — Vou mandar meu neném entregar para você. — O acastanhado olhou confuso para a Beta, que desligou o aparelho em seguida.

— Ah, são sete da manhã, eu não quero sair de casa mãe. — Resmungou, dando uma mordida no pão com geleia em seguida.

—Você vai sim, são nossos novos vizinhos, ela até tem um filho da sua idade, iria ser legal se você saísse de casa para socializar um pouco. — A Kirstein falou, vendo o filho cruzar os braços, após beber um gole de café. — Termine de comer e vá até a casa dela.

— Que seja. — Disse se levantando, totalmente irritado com a situação, não gostava nadinha de socializar com os vizinhos, eles sempre eram chatos e irrelevantes. — E não me chama de neném, eu tenho dezoito anos, por Deus. — Falou por último.

— Mas você não vai terminar de comer? — Perguntou-lhe a mulher.

— Pedir a fome.

— Então me espere pegar alguns alfinetes, o filho dela precisa, para fazer um mural. — Ela subiu, e o Alfa bebeu um pouco de água enquanto continuava a sua espera.

Não que fosse do tipo de pessoa chata, na realidade, era até bastante sociável, tinha muitos colegas quando ia a escola, e também, saia bastante com Sasha e Connie, e confessava, era muito divertido, contudo, agora que estava na faculdade, as coisas exigiam mais cuidados e esforços, não havia muito espaço para baladas ou comemorações, não queria ser motivo de vergonha a sua mãe, ela esforçou-se muito para criar o filho sozinha.

— Aqui bebê. — A mais velha chamou o filho assim que adentrou o pequeno cômodo da cozinha.

— Mãe! — Repreendeu rapidamente.

— Você disse que não podia chamar de neném.

— Muito menos de bebê. — Cruzou os braços. — Eu sou um homem!

A mulher beijou  a bochecha do filho e lhe entregou a pequena caixa vermelha, com os alfinetes, fazendo Jean resmungar e pegar a mesma. O jovem suspirou antes de sair da cozinha, passando as mãos sobre a camisa preta e os shorts de mesma cor, apenas para se certificar que estava tudo ok com suas roupas. Se retirando as presas de casa.

Ele observou o gramado bem verdinho e cortado dos vizinhos, eles também tinham uma casa bonita, era branca com algumas tonalidades cinzas. Os olhos castanhos focaram na campainha, tocando seu dedo na mesma em seguida.

Não tardou para que a porta de fosse aberta, a senhora, tinha cheiro de rosas, era uma ômega, que o Kirstein jogou parecer jovem demais para ter um filho da sua idade, o convidou para entrar, ela tinha cabelos curtos e escuros, e travaja um vestido verde, acompanhado por um avental branco.

— Ah! Então você é o neném da Senhora Kirstein. — A mais velha ditou, fazendo Jean rir envergonhado, poxa, sua mãe realmente não tinha jeito.

— Sou eu mesmo. — Respondeu, olhando para a caixa em suas mãos. — Ah, vim lhe entregar essa caixa, queria poder ficar mais tempo mas estou um pouco ocupado. — Mentiu descaradamente, e a mulher acreditou nas palavras, concordando com a cabeça.

— Você poderia entregar ao meu filho? É só subir as escadas, é o primeiro quarto. — O acastanhado concordou com a cabeça.

Seguindo o caminho que lhe foi dito, o Alfa uniu a mão em um punho, tocando fracamente e três vezes seguidas sob a porta. Ele ouviu alguns barulhos de coisas caindo, e então ela finalmente foi aberta.

As pupilas  em meio aos olhos castanhos e claros dilataram, e os olhares de ambos os jovens estavam focados um no outro. O corpo do acastanhado se sentia mais leve, e ele perdeu a persistência em passar o dia de cara fechada quando o sorriso genuíno foi direcionado a si, os fios pretos e macios, a pele enfeitada naturalmente pelas sardas era tão linda que o Kirstein sentiu necessidade de tocar a mesma, contudo se conteve, sorrindo para o garoto.

— Oi! Posso ajudar? — A voz, Jean poderia dormir ouvindo ela, era calma e confortável de escutar, como uma melodia.

— Ah! sim. — O acastanhado piscou seguidas vezes, voltando para realidade e dando ao garoto a caixa. — Minha mãe mandou eu trazer isso a você.

O alfa inspirou o ar, sentindo o cheiro doce o invadir, e ele rapidamente lembrou das flores de Álisso que eram cultivadas em alguns campos na cidade, o aroma se assemelhava ao do mel, no entanto era bem mais forte e cativante, por conta dos instintos de alfa o acastanhado teve que se segurar para não se aproximar mais do que deveria, apenas para sentir mais do cheiro.

— Muito obrigado. — O Bodt disse, os olhos castanhos escuros focaram nos claros do outro. — Eu sou o Marco. — Direcionou sua outra mão até perto do jovem, sendo recebida por um aperto.

— Eu sou o Jean. — Ele sorriu mais uma vez, se lembrando do barulho que havia feito antes da porta ser aberta. — O que você estava fazendo?

— Pintando um quadro. Você quer ver? — Perguntou animado, e Jean não cogitaria a ideia negar, nunca havia conhecido um ômega tão gentil e receptivo.

— Quero sim. — Disse, adentrando o cômodo mediano. Ele olhou ao redor, havia latas tintas por toda parte e as paredes brancas estavam pintadas com alguns desenhos verdes em tons pastéis. — Seu quarto é muito lindo.

— Muito obrigado! — Demostrou entusiamo com o elogio, colocando a caixinha de alfinetes sob a cama do meio do quarto, se sentando ao lado dela. — Eu não sabia que tinha vizinhos da minha idade, quando andei pela vizinhança não notei nenhum jovem.

— Sim, aqui é conhecido por só ter velhos. Por isso é tão silêncioso.

— Foi um dos motivos de minha mãe ter vindo até aqui. — O moreno ditou.

— Vocês não gostam de barulho?

— Minha mãe detesta, eu não ligo muito, a menos que seja alto demais.

Tinha certeza que a mãe do garoto não iria gosta de conhecer seus amigos Connie e Sasha.

— Ah, isso é bom. Meus amigos vão sair amanhã. Quer vir com a gente? Você poderia conhecer melhor a cidade.

O Bodt se surpreendeu, contudo ficou feliz pela proposta.

— Que gentil da sua parte. — Ele sorriu, tão meigo que Jean poderia o abraçar ali mesmo. — Eu adoraria.

— Está bem Marco, eu te pego amanhã as sete. — O acastanhado andava pelo quarto enquanto dizia.

— Combinado então, Jean.

O Kirstein se levantou, se aproximando da porta do quarto, ele olhou para o garoto e não se conteve em guardar o que pensava.

— Seu cheiro, é muito bom.

Ditou, um silêncio absurdo se fez presente ali, o Kirstein se amaldiçoou, pensando em ter falado demais, embora fosse comum para alfas direcionarem a ômegas elogios do tipo, Marco poderia ser um garoto mais tímido em relação a isso, sentiu-se um completo tolo, e o melhor que poderia fazer era se retirar dali, dado o clima que ficou. Mas o acastanhado perceberia que o sentimento desconfortável que o Bodt demostrou, não se dava ao fator elogio e sim a outro, percebendo isso quando já iria se retirar, contudo, antes que saísse do quarto, a voz baixa e calma foi ouvida por si.

— Jean...Eu sou um Beta.



Nota:

Eita kkkk eu nunca escrevi omegaverso, então não se se tá bom essoal. Claro que não vou deixar de adicionar coisas minhas na fanfic, acabando por mudar um pouco o universo ABO por aqui.

Desculpem os erros de escrita, e até mais, beijinhos.

Culpa dos Alfinetes - JeanmarcoWhere stories live. Discover now