CHAPTER EIGHT

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C L A R I S S A  B R Y A N

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C L A R I S S A  B R Y A N

— Você quer passar a noite? — Ele perguntou, encarando o teto do quarto.

Ainda estava deitada ao seu lado, em meio ao caos que causamos em sua cama. Sentia com a ponta dos dedos o peito do meu chefe subir e descer em um ritmo tranquilo, os pelos que ali habitavam causando uma sensação boa. Eu só estava me permitindo mais alguns minutos ao seu lado, antes de ter que encarar a realidade.

— Não, tenho que voltar — falei num tom mais baixo e levantei o olhar para ele.

Encontrei seu semblante sério fixado em mim, o mesmo valor de antes subindo pelas minhas pernas. Respirei fundo, precisava me controlar. Nunca fui assim antes, tão ligada a um homem ao ponto de somente um piscar de olhos me deixar… assim — pronta.

— Por quê? — questionou, sua mão tocando o topo da minha cabeça, prendendo os fios.

— Porque Vini… — comecei, me apoiando nos meus cotovelos enquanto explicava a situação. — Meu filho está com a vizinha e eu não posso pedir para que ela passe a noite com ele.

— Por que não? — Pareceu impaciente. Eu ri, o homem demônio que conheço jamais aceitaria um não facilmente.

— Ela é uma senhora, Davyd — expliquei. Ele enrugou a testa, suas linhas expressivas subiu pela lateral do seu rosto, e eu arrastei o dedo por ali. — Sua idade já é um pouco avançada e, também, ela mora sozinha com o marido.

— Entendo — disse rouco, me encarando.

Rastejei na cama, meu rosto na altura do dele, e beijei-o lentamente. Olhar para ele era como respirar após prender o ar por muito tempo e o modo como demonstrava interesse, querer, me fez desejar subir em seu corpo, consumi-lo. Ele espalmou a palma da mão na parte de trás da minha cabeça, puxando-me para aprofundar o beijo, tornando nossa conexão feroz. Olhando para mim após se afastar, sorriu, e eu subi uma mão pelo seu rosto. Foi simples o seu piscar, mas algo estava brilhando em meio a sombra que me observava de volta.

Davyd me afastou ao sentar e se arrastou para fora da cama. Ele não me encarou ao caminhar pelo quarto, como que procurando por algo. E achou. Era a cueca que vestia antes. Colocou-a com pressa, e quando virou para mim, encolhi na cama e puxei o lençol para me cobrir.

— Venha, vou mostrar onde fica o banheiro — e estendeu a mão.

Mantive o lençol enrolado ao meu redor ao sair da cama, mesmo quando fui em sua direção. O olhar de Davyd era predatório, ele uma ironia viva, e o canto dos lábios curvaram-se em um sorriso mal.

Meu Chefe |#IR1Onde histórias criam vida. Descubra agora