CHAPTER TWO

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C L A R I S S A  B R Y A N

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C L A R I S S A  B R Y A N


Bom;
Dizer que estava com medo era o mínimo.

Sentia minhas mãos suar e tremer como nunca, os meus pensamentos gritando, implorando para me afastar daquela porta, dizendo aos berros que era melhor correr e sumir dali o mais rápido possível.

Encarando a madeira branca da porta que dividia a sala do meu chefe da minha, firmei meus pés no chão, sentindo meus joelhos trêmulos. Tinha uma vaga noção do motivo pelo qual fui solicitada, que mesmo que eu quisesse ir embora, essa não seria mais uma opção. Davyd Romero havia descoberto e provavelmente não estava contente com o que fiz.

Toquei a maçaneta, sentindo que o metal redondo e reluzente estava mais gelado que o normal, e puxei o ar em boa quantidade, soltando-o ao fechar os olhos e abrir a porta, abrindo-os ao dar um passo para entrar no seu escritório. Tudo que eu era foi atraído por ele, meu corpo vibrando com a sua imagem prepotente.

E eu soube que, se tivesse algum controle sobre o meu ser e minhas ações, teria perdido todos eles ao me deparar com aquele homem sentado com a sua tão conhecida carranca obscura, do outro lado da extensa mesa de vidro e madeira escura. A sua expressão era indecifrável, com os lábios lindos e carnudos formando uma linha apertada e olhos se movendo discretamente, buscando alguma coisa na tela do notebook, concentrado.

Soltei um suspiro, pigarreando para que ele enfim notasse minha presença. Davyd virou para me encarar, seus olhos negros procurando pelos meus, me mantendo imóvel no chão. Ele era tudo, principalmente a perdição de uma mulher, e naquele momento eu me senti presa, como se tivesse caído em uma armadilha.

— Srta. Bryan. Sente-se — ele disse, com uma estranha suavidade na voz dura.

Forcei minhas pernas a se movimentar, pelo menos até que eu conseguisse me sentar na cadeira de metal que ele tinha indicado com o olhar — cadeira a qual eu odiava desde minha primeira entrevista de emprego aqui na Los Romeros.

O senhor Davyd me encarava com os olhos maus, prendendo os lábios carnudos em uma expressão assustadora, e sexy. Caramba, eu não pude deixar de notar. Tudo nesse homem era assim: perigoso, mas atraente; assustador, mas convidativo.

Minha mente estava novamente nublada, quando ele cortou o silêncio, fazendo o ar dos meus pulmões sair queimando pelas vias aéreas. Davyd começou:

— Hoje, quando cheguei a Los Romeros, fui de imediato convocado para uma reunião com os meus irmãos. Me passaram uma carta, e nela estava uma dívida escandalosamente grande em seu nome, o que me surpreendeu bastante.

Tive que abaixar o olhar, apertando minhas mãos uma na outra, encarando-as repousar no meu colo invés da sua carranca em fúria. Pois o tom que suas palavras carregavam ao cortar o ar já era alarmante demais, me dando uma noção do que eu encontraria caso levantasse o olhar.

Meu Chefe |#IR1Where stories live. Discover now