But I get so high when I'm inside you

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–Eu acho que vou tomar um banho – ameacei levantar mas Draco me segurou pelo braço – Eu não vou ficar aqui escutando minhas vergonhas – ele me olhou como se fosse quase chorar e eu não aguentei e fiquei lá, de braços cruzados, mas lá – Que bosta.

–E então? - Draco se voltou ao meu pai.

–Uma semana depois eles terminaram – exatamente no mesmo instante os dois começaram a gargalhar e eu cobri meu rosto com as mãos – Foi incrível! – e mais gargalhadas.

Senti a mão de Draco pousando na minha coxa, me virei para olhá-lo e ele parecia tão feliz que comecei a rir junto com eles.

Meu namorado segurou na perna da cadeira em que eu estava e me puxou para que eu praticamente me colasse a ele. Em seguida passou o braço sobre meus ombros me puxando para que pudesse deixar um beijo na minha bochecha.

Meu pai nunca ligou para as minhas demonstrações de afeto com meus antigos namorados. Exceto Cedrico, mas esse era um caso a parte.

E estranhamente com Draco, meu pai parecia exageradamente feliz quando nos via interagindo de uma forma carinhosa.

Só para confirmar essa teoria, olhei para que piscou o olho direito de uma maneira discreta para mim.

Como se disse: é ele.

Sorri e pisquei de volta.

Como se respondesse: com certeza.

–Acho que vocês nunca me contaram quando começaram a ficar juntos de verdade... – minha respiração falhou e Draco mordia o lábio para não rir – Sabe, antes dele – indicou Draco – Se sentir a vontade para andar pela sua sala sem camisa.

O que eu poderia responder?

No meu primeiro dia de trabalho eu e meu chefe gozamos uma na boca do outro dentro do carro dele e depois não paramos mais?

Eu tenho quase certeza que seria melhor não dizer isso.

–Hã... – engoli a seco tentando achar as palavras certas – Ele é meu chefe e... – sentia as minhas mãos começarem a suar – Então ele me deu uma carona e...

–E depois não deixei ele em paz – Draco completou minha história.

Meu pai olhou desconfiado para mim e para ele, analisando nossas reações.

Maldito pai policial.

–Sei... – disse desconfiado – Vocês são muito salientes isso sim.

Draco engasgou com o café e eu abaixei a cabeça para não fazer nenhum contato visual.

–Eu não faço a mínima ideia do que está falando – Draco disse cinicamente.

–Ok, vocês fingem que eu acreditei nisso e eu finjo que acredito realmente que foi assim que aconteceu – ele disse a nós.

–Mas foi isso que aconteceu – retruquei sem graça, ao mesmo tempo que Draco respondia outra coisa.

–Combinado então – estendeu a mão para o meu pai que a apertou rapidamente.

Que o universo me perdoe por tentar ser feliz com tanta força.

E que por Deus não tente me passar a perna.

Cumplicidade. Respeito. Confiança.

Tudo o que sobrava dentro daquela cozinha, de uma forma tão sufocante mas pouco me importava se eu precisava de ar. Porque lá fora nós enfrentaríamos o oposto:

Hostilidade. Desavenças. Inimizades.

Chegamos na casa de Remus e Sirius, aproveitando para oferecer uma carona ao meu pai. E de bônus ver o Teddy.

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