O tal cão que ladra

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Notas Iniciais

Olá! Como vão? Demorei, mas não falhei. Apresento a todos vocês minha primeira long tianshan no Wattpad. Para ser sincera, essa fic já havia sido postada no Spirit, poréeem, eu a excluí porque todos os capítulos estão passando por uma grandíssima revisão. Quem me conhece sabe que é difícil assumir um ritmo de postagem, principalmente no atual momento que estou (de responsabilidade atrás de responsabilidades), então não esperem uma consistência, apenas saibam que os capítulos virão. Eu não estou 100% satisfeita com tudo isso aqui, acho que muito pode melhorar. Porém, a ambientação ainda é minha coisinha preferida, e enfim, é o que temos para hoje.

Máfia, drogas, vício, palavras de baixo calão, amor, desejo e violência ;') no mais, eu realmente aprecio todo o carinho de quem me segue, e espero de coração que vocês gostem da ideia que eu tive para criação de 'Hermana'.

Para quem é novo por aqui: tudo que é de interesse saber sobre, estará no mini glossário nas notas finais, consultem se não entenderem alguma colocação.

Boa leitura!


Miúda, encardida e bronca, assim se fez os moldes de barro para ascensão de Yao [1] no meio das grandes metrópoles; um pedaço de lixo flutuante entre as estações capitais. Naquela terrinha, os miseráveis não tinham remédio melhor do que a esperança [2].

A caminhada vinha num rompante meio mudo, um zumbido silente pela estradinha de terra, os pés se arrastando na areia, enchendo a cabeça de poeira. Nenhum pensamento que não fosse a sede de sobrevivência ousou cruzar a ponte que unia a todos naquele tal miserê.

Jamais pensaram ali, naquele meio mundo que se destoava – muito menos os pobretões – e era mais fácil assim. Ciência? Um jaleco branco e um jargão prepotente? Não existiam sonhos altos naquele cabouco amundiçado, muito menos frascos de vidro ou a escolha de um caminho diferente do conhecido: a mineração do velho Rúi, o mercado de peixe da Dona Ducan ou a trilha do crime com Laomin, o cara mais doido daquele lugar.

Yao era amaldiçoada com a premissa de abrigar fracassados. Falhas sociais. Esquecida pelo mundo e lembrada constantemente pelo diabo.

Pobre. Ávida. Infeliz. Sem perspectiva.

Ali, a escola existia simplesmente com o propósito de acalmar o coração dos pais acriançados pelas expectativas de uma vida melhor, uma grande tolice.

A única matemática útil seria a tabuada da rua, usada no cálculo da mistura mais vendida de Gaoyeng [3], vila que cruzava os ares de Yao em toda aquela sordície toda. A física não fugia do abstrato mandato de programar qual corpo abrutalhado afundaria mais rápido nas marés da orla – um pobre sujeito desavisado das malícias do interior.

Não existia futuro para nenhum deles, com suas roupinhas maltrapilhas e peles molambentas. Entretanto, o tal apurado senso se esqueceu de 0.001% daquela gentalha que comia pão velho e matava por poucas palavras malditas.

Essa ínfima porcentagem raciocinava até que bem, numa onda que nem os ricaços conseguiam acompanhar. A filosofia da vida andava de forma diferente naquela cabeça acobreada e nem mesmo toda matemática do mundo serviria para estimar o quão inteligente aquela criança seria. Só não se deixe sonhar alto demais: sempre seria a inteligência da rua.

Isso não o impediu de roubar do cálice da burguesia, e mesmo não frequentando faculdade nenhuma, foi na química, na mistura de diacetilmorfina [4] e anfetamina [5] que Mo Guan Shan encontrou sua estrada de cimento.

To już koniec opublikowanych części.

⏰ Ostatnio Aktualizowane: Jul 22, 2021 ⏰

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