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CHRISTOPHER UCKERMANN

Eu não acreditei quando Dulce mandou mensagem pelo Facebook perguntando se poderíamos nos ver. Quando a encontrei na semana passada, pensei que não a veria de novo tão cedo e que, talvez, nos encontraríamos por acaso em doze anos outra vez.

Ela estava muito diferente da garota com quem perdi a virgindade na faculdade. A começar pelos cabelos que não estavam mais ruivos e sim em um tom mais natural com as pontas meio loiras, as ondas adornavam perfeitamente seu rosto e esse visual combinava muito mais com ela. Não menti quando disse que ela estava linda, muito mais linda do que naquela época.

Mas nós dois estamos meio deslocados aqui, parados um ao lado do outro enquanto uma nova banda de rock toca no palco no bar. Mexo minha cabeça no ritmo da música e ela bebe sua cerveja lentamente. A encaro rapidamente e ela sorri para mim.

— Você está com batom no dente — aponto. Dulce ri pelo nariz e assente.

— Obrigado!

— Vamos buscar mais bebidas? — ela concorda.

Passamos entre as pessoas e rapidamente chegamos até o balcão do bar, para a minha sorte, vejo Anahí e Alfonso se aproximarem de nós. Fico feliz que eles conseguiram vir, porque esse reencontro com Dulce está sendo mais complicado do que imaginei, não sei exatamente como agir com ela.

— Olha só quem chegou! — sorrio largamente — Dulce, esses são Alfonso e Anahí, são meus amigos.

— Olá, tudo bem? — ela sorri sem graça e Anahí avança em sua direção, abraçando-a com força. Minha amiga é completamente maluca! Enquanto elas estão se abraçando, Alfonso faz alguns sinais para mim perguntando o que está acontecendo e dou de ombros.

— Eu vou pegar mais bebida para todos e por minha conta — digo.

— Não, não precisa... — Dulce murmura.

— Pega sim, que estamos ricos para caramba! — Alfonso grita.

— Poncho, para de ficar gritando isso — ela o repreende séria — Alguém vai acabar nos matando se você continuar gritando desse jeito.

— Não estou nem aí! Estamos em um bar maneiro e eu acabei de comprar um carrão, porque estamos ricos para caralho! — Alfonso diz alto.

— Isso é mentira — Anahí se justifica — Apenas testamos um para ver se vamos ficar ou não — revira os olhos — Mas olha só, vocês dois estão transando?

— Não! — Dulce responde sem hesitar.

— Graças a Deus! Continue assim, amiga — as duas riem cúmplices e brindam enquanto faço uma careta — Nunca transe com o Christopher Von Uckermann!

— Tarde demais — digo — Nós perdemos a virgindade juntos! — pego as doses de tequila com o barman e distribuo para eles.

— Sério? Que história mais linda!

— Mais romântico impossível — Alfonso debocha.

— Vamos fazer um brinde a virgindade — digo antes de beber minha dose.

Dulce não bebe a dela, apenas a deixa em cima do balcão e sorri meio sem graça.

— Eu vou lá fora pegar um ar — eu concordo sem dar muita importância e ela começa a se afastar quando Alfonso começa a falar algo sobre sexo anal e Anahí briga com ele.

— Espera um pouco, Dulce — ele a segura pelo braço e ela nos encara confusa — Perguntinha rápida antes de você sair... Por acaso, o meu amigo Christopher aqui, é maior mulherengo do mundo por sua causa?

Dormindo com outras pessoasWhere stories live. Discover now