— John! — Gritei. — Por favor, pare! — Pedi e então Tyler o tirou de cima dele e o Átila segurou Paul que se debatia querendo ir para cima dele com o rosto ensanguentado.

Corri até John e vi os pequenos ferimentos em seu rosto também, mas ele não parecia se importar, apenas tomou o meu rosto com as mãos com uma expressão preocupada.

— Você está bem? — Me analisava. — Ah, Julie, me desculpa. — Me abraçou e era tudo que eu precisava, chorei aliviada por ele estar ali.

— Que bom que apareceu. — Sussurrei próximo ao seu ouvido e ele depositou um beijo no topo da minha cabeça.

Ouvi Paul pedir que soltassem ele várias vezes, mas depois de poucos segundos, o que escutei foi o barulho de vidro se quebrando, me afastei de John que estava com os olhos arregalados e assim que me virei, lá estava ele destruindo o meu carro com uma barra de ferro, meu coração se partiu

Já podia se ouvir a sirene da polícia se aproximando.

— Paul, para! — Gritei já chorando, mas ele me ignorou.

Avancei em direção a ele, mas John me segurou.

— Não, Julie. — Falou me encarando. — Ele pode te machucar.

— Você destruiu a minha vida! — Gritou golpeando o carro outra vez.

Naquele momento todo e qualquer sentimento que ainda havia em mim, relacionado a aquele homem, sumiram, ele carregará um sorriso maquiavélico enquanto golpeava o meu carro, sabia o que aquilo me causará, diferente de mim, ele me conhecia, sabia exatamente todos os meus pontos fracos, tudo o que poderia me atingir e me destruir, eu o dei tudo isso de presente, dei todas as armas nas mãos daquele maldito, por isso me encontrará naquela situação dolorosa.

Os policias chegaram, ele largou a barra de ferro e levantou os braços, nossos olhares estavam presos um no outro, observei a cena em que os policiais o algemaram, enquanto soluçava, os braços de John me apertaram ainda mais.

Diante toda aquela situação, ainda fomos interrogados, na delegacia, dei queixa dele, me senti leve depois de falar com a policial que foi bem paciente comigo, já que eu mais chorei do que falei.

Paul não era mais um problema que eu teria que lidar.

Ao sair da sala, avistei John sentado em um dos bancos de espera, sorriu fraco ao me ver, caminhei até ele que levantou.

— Me desculpa. — Estávamos um pouco distantes um do outro.

— Você não tem culpa de nada. — Avisei e o abracei. — Como ele me achou? — Fiz a pergunta de forma retorica e não esperava a resposta que estava por vim.

— Foi a Hanna. — Me afastei de seus braços.

— O que? — Ele me fez sentar no banco, sentou ao meu lado e contou que ela havia feito e como.

— Mas acabou agora. — Jogou meu cabelo para trás da orelha. — Eu vou cuidar de você. — Beijou minha testa e uma sensação gostosa tomou meu corpo.

— Julie! — Ana veio em minha direção desesperada e me abraçou. — Meu Deus, ainda bem que está bem. — Quando ela se afastou de mim vi Clarissa, que se aproximou e me abraçou também.

Tyler também estava, ficou junto a Ana.

— Ficamos tão preocupadas. — Sorri fraco para elas.

— Foi horrível, mas acabou. — Contei.

— Como ele te achou? — Ana perguntou, suspirei e contei a elas. — Eu não acredito! — Berrou.

— Nem eu.

Um Amor Em Meio Ao CaosWhere stories live. Discover now