Nostálgico

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Bokuto me fodia com seus dedos enquanto eu fodia sua boca com meu pau.

— Você é tão gostoso, Bro. — Vi pré-gozo e saliva conectar sua boca comigo, como um pedido para não se distanciar, uma corrente de súplica.

— Bro, você vai me matar se parar.

Ele riu e deslizou meu pau dentro da boca. Sua língua quente e úmida me entorpecendo; seus dedos com cuidado e força, entrando e saindo me arrancando o ar. Meus dedos permeavam seus cabelos quando senti algo vibrar dentro de mim. Gemi sem pudor. Um segundo depois despenquei em mim e em vez de gozar na sua boca, eu acordei.

Você também gostaria que não fosse um sonho né, diário? Foi tão real... Sinto como se meus dedos ainda enlaçassem seu cabelo, como se sua cabeça ainda se aproximasse e distanciasse do meu quadril. Tsc. Pelo menos pro meu pau continuou bem real: acordei duro e molhado.

Graças a Zeus Bokuto estava tomando banho. Isso me deu alguns minutos. Poucos minutos. Então a porta do banheiro se abriu e eu joguei a coberta na cintura.

— Bom dia, Br... Uh, sonhos molhados, é? — Com uma toalha amarrada na cintura e outra esfregando os fios molhados, Bokuto sorria sacana. A boca, ops, os olhos no relevo do meu pau sob a coberta.

Por alguns momentos esqueci nossa intimidade e fiquei vermelho. É estranho como desde o despertar desse desejo, tenho me sentido distante de quem mais quero por perto.

Quando estávamos no começo da pré-adolescência, ou melhor, quando éramos dois garotos movidos por seus paus e nada mais, assistíamos vídeos pornográficos no notebook da minha irmã, escondidos, óbvio, até ela chegar em casa. "Olha o tamanho do pau dele, Bro, será que um dia a gente fica assim?" Ele me perguntava e eu respondia: "ficaremos maiores, Bro!". Na época não sabia da grande mentira e problemática indústria pornográfica. Nem Bokuto. Não imaginava que um cara não ficava duro por 50 minutos de gravação, ou que você nunca broxa por mais que esteja excitado, ou que aquelas rolas de centímetros e centímetros eram falsas... Tudo o que eu sabia era do meu pau duro enquanto ele estava duro do meu lado. E que eu sempre perguntava para minha irmã quando ela iria sair sem levar o notebook.

Ri envergonhado, cocei a nuca e respondi:

— A seca é complicada.

— Sente falta dela, Bro?

— Hm? Dela quem?

— Da sua ex. — Gotas do seu cabelo caíram pelos ombros quando riu. — De quem mais seria?

— Ah, claro. Dela. Na real não, Bro, terminamos bem, mas terminamos.

Ele me olhou pensativo, por um segundo quis ser um desses super-heróis ou vilões telepáticos. Depois ele deu de ombros e sorriu.

— Se precisar de ajuda com o Kuroo Júnior pode me falar, Bro. — Deu uma piscadinha.

Engoli em seco, minhas orelhas esquentaram. Não queria interpretar errado:

— Como assim, Bro?

Ele pegou uma boxer na mala, virou de costas e deixou a toalha cair. Puta que pariu aquela bunda faz minha mão coçar e meus pensamentos ficarem em looping: que som faria se eu desse um tapa cheio ali? Ele me olhou sobre o ombro e disse:

— Você sabe, uma mãozinha emprestado, como a gente fazia antes do ensino médio. — Levantou uma mão, os dedos grossos e compridos se flexionando. Os dedos do meu sonho. — Bro, você tá parecendo um pimentão, desde quando você tem vergonha dessas coisas? — riu e se abaixou para vestir a boxer: músculos rígidos das coxas, da bunda e... — Se te alivia: hoje eu acordei duro também.

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⏰ Last updated: Jun 10, 2021 ⏰

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Diário de Acampamento | BokurooWhere stories live. Discover now