— Você ai de novo, estando certo novamente. — Ele sorriu sem mostrar os lábios. 

— Talvez por que você esteja sendo um pouco previsível. — Ele disse me fazendo franzir o cenho. 

Ouch! — Ri fraco desviando meu olhar. 

— Desculpa, eu não quis falar dessa maneira. — Ele disse me segurando firmemente em seu colo. — Eu só quero dizer que talvez você devesse parar de pensar tanto, só isso. — Ele disse me fazendo suspirar e o encarar seriamente. Ele tinha razão, por isso eu me ofendia tão facilmente com suas palavras. 

— Tudo bem. — Sorri fraco. 

— Ok, vou compensar você. — Ele disse deitando na cama e me levando junto me fazendo ficar por cima dele. — Que tal se eu preparar um jantar? — Ele disse me fazendo sorrir levemente. 

— Você cozinha também? — Ele deu de ombros me fazendo rir. — Você se acha demais. — Murmurei contra seus lábios o beijando calmamente. 

— É por que eu posso. — Ele disse entre o beijo me fazendo o parar de beijar e rir de suas palavras. 

Seus lábios aproximaram dos meus novamente e iniciamos um beijo calmo e lento. Sua língua brincava com a minha e estava quente, muito quente. Suas mãos deslizavam pelas curvas do meu corpo enquanto minhas mãos deslizavam por seus cabelos lisos e descia até o seu rosto acariciando o mesmo. Sentir seus lábios me fazia querer sentir mais e mais por horas sem parar, era vicioso. 

— Tá, eu vou preparar algo e você não faz nada, só assiste. — Ele disse após pararmos o beijo por falta de folêgo. 

— Adoro assistir homens cozinhando. — Mordi o lábio o encarando e ele franziu o cenho. 

— Eu vou atender uma fantasia sexual sua, é? — Gargalhei com suas palavras e cai do seu lado na cama o ouvindo rir junto a mim. 

— Idiota. — Dei um leve tapa em seu peito e o mesmo se virou mantendo seu rosto próximo do meu. 

— Já trouxe outros caras e eles fizeram isso? — Ele disse me fazendo rir mais. 

— Olha, nenhum deles era tão bonito quanto você. — Brinquei o fazendo piscar várias vezes e se sentar na cama. 

— Nossa! Está me dizendo que você tem um péssimo gosto para homens e eu sou o mais bonitinho? — Gargalhei me sentando na cama quando o mesmo ficou de pé e me empurrou de volta na cama. — Você é uma péssima pessoa. — Ele disse e pude sentir meu estômago querer doer de tanto rir. Ele estava se divertindo enquanto me via morrer de rir. 

— Eu não tenho um gosto ruim, ok? Você é o melhor, eu juro. — Ele arqueou a sombrancelha. 

— Está piorando sua situação. — Ele disse quando tentei me sentar novamente o mesmo me empurrou de volta. — Vou por veneno no seu prato pra você experimentar um pouco do meu rancor. 

— Que vingativo. — Falei vendo o mesmo se afastar e ir em direção a cozinha. Me levantei da cama o vendo mexer nos armários e retirar alguns igredientes. 

Fui em sua direção e abri a porta da geladeira me agachando um pouco e pude sentir seu olhar sobre mim. Eu usava sua camisa e estava usando apenas uma calcinha por debaixo, senti sua mão acariciar minha bunda de leve. Retirei a pequena vasilha de vidro da geladeira e lhe entreguei. 

— Pode adicionar isso a sobremesa. — Falei o vendo encarar os morangos frios e um sorriso surgir em seus lábios. 

Você é a sobremesa, mas posso adicionar algumas coisinhas. — Ele disse segurando a vasilha e me puxando com sua outra mão livre para perto do seu corpo e o mesmo mordiscou meu lábio inferior me fazendo sorrir e em seguida beijou meus lábios levemente. — Agora sai daqui, tentação. — Disse me virando de costas e me empurrando para longe me fazendo rir novamente. 

[...] 

Enquanto Sebastian preparava algo para comermos, eu estava sentada no sofá da pequena sala observando o céu lá fora que já estava escurecendo. Olhei a hora no relógio que marcava 6:00 horas. Estava com o meu notebook sob minhas pernas preparando minha agenda para o dia seguinte. Meu pai poderia até ter me dado cobertura no trabalho mas eu não queria e nem podiar deixar as coisas para última hora no trabalho. De alguma forma, enquanto digitava rápidamente no teclado, uma pequena onda de motivação e até algumas ideias me vieram em mente. 

Talvez o que Sebastian me falava de vez em quando estivesse começando a querer fazer efeito, era bom sentir um pouco de motivação e assistir ideias vindo em minha mente pela primeira vez em um longo tempo. Mas ainda sentia receio de não conseguir executar tudo que queria. 

— O que está fazendo? — Sai do transe que estava ao ouvir sua voz baixa, o observei e o mesmo me entregou uma taça com um pouco de vinho, fechei a tela do meu notebook e tirei o mesmo do meu colo o colocando do meu lado e cruzei minhas pernas no sofá o vendo sentar ao meu lado. Ele também tinha em mãos uma taça de vinho na mão e estava quase acabando. 

Ele estava sentado bem próximo a mim. 

— Organizando algumas ideias. — Falei dando um gole no vinho que estava gelado. — Tenho muitos casos pra pôr em dia no trabalho. 

— Trabalhar com casos de advocacia é o que você realmente quer? — Ele perguntou encostando suas costas no sofá. 

— Sinceramente? É um pesadelo. — Ele riu fraco. — Não me entenda mal, eu gosto de ajudar as pessoas e meu dever é tentar acelerar o processo dos outros o mais rápido possível, mas... — Suspirei. — não é algo que eu gostaria de estar fazendo. 

— E o que gostaria de estar fazendo? 

— Moda. — Ele sorriu de lado. — Sempre fui fascinada pelo mundo da moda desde pequena, minha mãe sempre me trazia diversas revistas de moda e meu quarto era uma enorme biblioteca de revistas. — Ri fraco me lembrando da época. — Ela sempre me deu apoio em seguir essa carreira, mas você sabe como acabou essa história. — Sorri fraco o encarando e tomando resto do vinho. 

— Acabou? — Ele me perguntou me fazendo encarar seus olhos claros. 

— Tá fazendo aquilo de novo. — Semicerrei meus olhos o encarando sem parar. 

— O que? 

— Aquilo de plantar dúvidas na minha cabeça e me fazer questionar toda a minha vida e minhas escolhas, basicamente me dando esperança. — Ele riu baixando seu olhar. 

— Talvez seja por que exista. — Ele disse pegando a taça vazia da minha mão e a colocando encima da mesinha a nossa frente junto a sua. — Se você... — Ele disse puxando minhas pernas e as colocando por cima das suas. — Conversasse com seu pai sobre, quem sabe vocês não poderiam se resolver. 

— Você não vai desistir mesmo, não é? — Ele negou com a cabeça me fazendo sorrir e deitar minha cabeça em seu ombro o fazendo me abraçar de lado. 

— Sei que as coisas parecem complicadas entre vocês e estão, mas se fizer diferente, talvez haja uma chance. — Ele murmurou me fazendo suspirar pesado e relaxar meu corpo próximo ao seu. 

— Por que insiste tanto? — O questionei observando o céu pela enorme janela a nossa frente. 

Gosto de você. — Ele disse me fazendo o encarar. 

Suas palavras me deixaram pensativa mas ao mesmo tempo, feliz. 

Stranger - Sebastian StanWhere stories live. Discover now