10

111 9 5
                                    

"A jovem Alexia DiMarcos se entregou na noite dessa sexta feira. Policiais a encontraram em frente a delegacia, com trages e aparência que não se assemelha a antiga vida luxuosa, a qual tinha devido o tráfico de drogas e de mulheres."

— Acabou! — Eu falei alto demais. — Finalmente, acabou! — Eu gargalhei. — Tomás e Hélio, vocês podem finalmente descansar. — Falei em direção a porta e então ela se abriu, e apareceram não dois mas oito homens altos e de terno preto. Uma pequena confusão mental se instalou. — O que é tudo isso?

— Não eram apenas dois. — Mikael apareceu na sala, saindo da cozinha. — Eram oito e eles se revezavam, isso quer dizer que eles nem chegaram a se cansar.

— E em todo tempo eu sempre estive os chamando de Tomás e Hélio como se fossem apenas dois.. — Eu os olhei. — Obrigada pessoal.. — Olhei para o Mikael que segurava o riso. — Vocês estão dispensados agora. Podem descansar ou fazer qualquer outra coisa fora dessa propriedade. — Retornei a visão para a televisão.

— Podem ir, nos vemos segunda na empresa. — Mikael falou formalmente e os homens me cumprimentaram com um aceno e foram saindo um por um. — Está feliz?

— Sim... Muito. — Peguei meu celular e vi as mensagens no grupo de amigos. Com certeza o Lucas estaria organizando uma festa para isso. Festas são a especialidade dele.

(...)

Terminei de arrumar o quarto o qual eu estava usando, e juntando minhas coisas na bolsa, quando o Mikael apareceu na porta.

— Vou te levar, todos estão te esperando.. ansiosos. — Ele comentou enquanto entrava no cômodo. — Estou feliz que isso acabou mas.. agora eu não vou mais te ver. — Eu o olhei.

— Ainda temos aulas juntos. — Ele balançou a cabeça positivamente.

— Você pode ser mais específica, quando diz que... Quer que eu sofra? — Ele semi cerrou os olhos e me encarou.

— Eu não sei o que eu quero, Mikael.

— Vou respeitar isso... Seja lá o que isso, signifique.

— Eu só.. não quero ficar com você. — Ele me olhou. — Não tão fácil, não tão rápido. — Ele suspirou pesado. — Tenho medo... — Ele se levantou, e passou a mão pela minha cintura, me puxando para si. Fiquei sem ar. Pisquei os olhos várias vezes, enquanto meu coração vacilou algumas batidas. — O que...

— Eu também tenho medo mas é de perder você. — Seu olhar intercalava entre meus olhos e minha boca. —  Eu te fiz passar por muita coisa, então eu estou disposto a sofrer por você. — Aproveitei o momento para olhar detalhadamente seu rosto. Suas tatuagens, sinais, piercing... — Só não seja tão má comigo, eu não sei até que ponto.. posso me segurar e praticar o que estou aprendendo na terapia. — Ele soltou o ar dos pulmões.

— Eu.. serei boazinha. — Me aproximei e passei a mão pelo seu rosto. O beijei com a vontade que estava me matando. Chegava a arder. Doer. Esse desejo era algo que transcendia a razão. Eu sabia que não poderia me render. Mas eu queria. Senti sua mão agarrar com força minha cintura, enquanto me trazia mais e mais perto. Senti sua mão subir por minhas costas e mandar arrepios para meu corpo. Ele parou de me beijar e encarou meus olhos.

— Seja sempre boazinha comigo... — Eu deixei escapar um riso fraco. Estava ofegante. Senti seu polegar alisar meu rosto e aproveitei o momento.

De repente um barulho irritante começou ecoar. Era o toque dele. O celular dele o chamava para algo. Ele revirou os olhos e tirou o celular do bolso, se afastando de mim. Atendeu a chamada rapidamente, falou de algo e com alguém que eu não consegui identificar, e em seguida retornou para mim. Ele estava escondendo algo de mim. Eu sentia, alguma coisa ainda não estava certa.

— Então.. — Ele me olhou com um sorrisinho.

— Vamos embora. — Eu o olhei e em seguida sorri. — Afinal, eles estão me esperando.. ansiosos... — Ele concordou sem dizer nenhuma palavra.

(...)

— Amiga!!!!! — Lucas saiu correndo, e me abraçou com tanta força, que se não fosse a mão do Mikael nas minhas costas, nós dois teríamos caído. Eu gargalhei com a reação exagerada. — Eu estava com tantas saudades.

— Eu também estava. — Comentei baixinho enquanto deixava meus braços o apertarem um pouquinho mais.

Lá estavam todos. Sem excessão. Fui muito abraçada, beijada e acolhida. Eu me sentia bem em saber que os tinha ali comigo, mas não esqueci o fato de que entre eu e o Mikael, a prioridade sempre seria o Mika.

—  Obrigada por ter dado um murro nele. — Abracei novamente o Richard. E ele riu aliviado, enquanto alisava meu braço.

— Foi o mínimo. — Ele me olhou e eu sorri mais uma vez.

— Ok, agora é minha vez. — Jade me puxou.

— Com ciúmes? — Richard provocou.

— Dela sim, de você... Não. — Eu ri da resposta, enquanto ela saia jogando os cabelos, me puxando pela mão.

— Eu deixo você curtir isso que o Lucas preparou... — Ela suspirou. — Mas por favor, lembra da Jô. Ela está trancada no quarto desde o dia que chegou. — Eu arregalei os olhos, como sempre... Havia esquecido da Joselyn.

Losin GameDove le storie prendono vita. Scoprilo ora