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Olá, o senhor deve ser o Guilherme não é.

Guilherme - Sim, a Eleonora havia me avisado do novo jardineiro, a propósito qual o nome do senhor?

- Muito prazer, meu nome é José.

Guilherme - Prazer, seja muito bem vindo.

José - Obrigado.

Depois disso eu fui para a empresa com o meu motorista, meu carro agora é todo adaptado, mas eu ainda não me sentia a vontade para dirigir.

          Alguns Dias Depois

Os dias foram se passando e eu estava cada vez mais interado do meu trabalho na empresa, mas me sentia cada vez mais sozinho, eu nunca fui de ter muitos amigos o que não ajudou em nada a superar a ausência dos meus pais.

Na empresa eu sabia que nenhum dos colaboradores estava satisfeito comigo na presidência, mas não tinha nada o que fazer já que eu sou o acionista majoritário, não que eu fosse um administrador ruim, mas é óbvio que eles preferiram que eu tivesse morrido para eles terem o comando da empresa.

Eu continuava com as sessões de fisioterapia, eu estava progredindo, mas o processo era lento e eu tinha pressa em voltar a andar logo e ter minha vida normal novamente, a pessoa mais próxima de mim no momento era a governanta da casa Eleonora, não tínhamos uma relação que pudesse ser chamada de amizade, mas ela era uma pessoa da minha confiança.

O seu José que começou a trabalhar aqui em casa a pouco tempo também tem se mostrado um ótimo funcionário e nós temos umas conversas bem legais as vezes, ele sempre fala muito do filho dele também, ele parece ser um ótimo pai.

Naquela manhã de sexta feira eu estava olhando o jardim e vendo as camélias eu lembrei da minha mãe, aquelas eram as flores preferidas dela.

José -Bom dia meu filho.

Guilherme - Bom dia seu José...

José - O que houve, tô  achando o senhor meio triste.

Guilherme - Não precisa me chamar de senhor e eu lembrei da minha mãe, camélias eram as flores preferidas dela.

José - São lindas flores, são as preferidas do meu filho Bruno também.

Guilherme - Você sempre fala com tanto carinho do seu filho.

José - Ele é um menino de ouro, eu tenho muita sorte de ter um filho como ele, acho que tenho uma foto dele aqui. Disse pegando o celular.

Ele me mostrou a foto do filho dele e eu senti algo diferente na hora, fiquei encantado, nunca tinha visto alguém tão lindo na minha vida.

Guilherme - Nossa ele é lindo. Digo impressionado.

José - Ele é a cópia da mãe dele, é um ótimo filho.

Guilherme - Eu imagino.

           Bruno Narrando

Eu continuava vivendo a minha vida normalmente e fazendo os meus programas, mas meu pai José estava meio esquisito, além de ter parado de me infernizar com a ideia de arrumar um marido rico ele ainda arrumou um emprego, coisa que eu não vejo ele fazer a anos.

Eu estava comendo uma pizza em casa já a noite quando ele chegou do trabalho.

Bruno - Ainda não engoli essa história do senhor ter arrumado um emprego.

José - Não era você que vivia dizendo que eu tinha que arrumar o que fazer? Então arrumei.

Bruno - Alguma coisa você tá aprontando...

José - Bem...já que você está tão curioso eu vou abrir o jogo contigo logo de uma vez por todas.

Bruno - Sabia que tinha alguma coisa nisso, diz logo.

José - Eu estou trabalhando na casa do seu futuro marido.

Bruno - Aquela história de me casar com um cara rico de novo.

José - Eu já tenho tudo planejado e o Guilherme é o alvo perfeito meu bem.

Bruno - Como assim?

José - Ele é um homem solitário, carente e ficou encantado só de olhar a sua foto, é só questão de tempo e paciência e logo ele estará nas suas mãos.

Bruno - Não sei não...se ele é tão rico quanto o senhor diz deve ter um monte de gente no pé dele.

José - Ele é aleijado e acho que nunca nem teve um relacionamento pra valer.

Bruno - O senhor quer que eu case com um cadeirante?

José - Sim e além do mais não precisam ficar casados pra sempre, você só precisa engravidar dele e depois que você quiser se separar separa, metade do que é dele será seu além de uma boa pensão que você vai receber pro resto da vida. Ou você prefere passar o resto da vida se prostituindo?

José - Você só precisa fazer o que eu mando entendeu? O Guilherme costume almoçar em casa e amanhã você vai lá, eu já tenho tudo planejado.

Eu não discuti com o meu pai, a vida inteira foi assim, ele sempre me dizia o que fazer, sempre falava que eu tinha que usar a minha beleza pra dar uma vida melhor pra gente, eu cresci aprendendo a amar o dinheiro e a fazer de tudo pra consegui-lo.

Naquela noite eu fiz mais um programa, dessa vez foi rápido e me rendeu um dinheiro bom, o único problema é que o cliente era um velho nojento, meu pai estava certo, não dá pra ficar me prostituindo a vida inteira. No dia seguinte eu acordei com meu pai me sacudindo.

José - Tô indo trabalhar, no horário do almoço você vai lá e faça tudo como combinamos.

Eu passei o resto da manhã pensando nisso e ví que eu não tinha nada a perder, eu me arrumei com uma calça jeans colada e uma regata branca e fui.


Chegando no endereço eu fiquei impressionado com o que eu ví, era uma verdadeira mansão, uma funcionária abriu a porta pra mim, parece que o meu pai já havia avisado que eu iria chegar, eu estava na cozinha da casa quando o vejo chegar puxando a cadeira de rodas.

Guilherme - Quem é você?

Bruno - Oi seu Guilherme, eu sou o Bruno, filho do José.






    Continua...



Mais um capítulo aí meus amores, espero que tenham gostado.

Beijão a todos.




Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 09, 2021 ⏰

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