Andei mais dez minutos. Cansada e assustada.

Um farol de um carro bateu entre as árvores. Estava distante, mas a cada segundo se aproximava.
Então eu me escondi atrás de uma árvore. Poderia se qualquer um, inclusive o homem que estava no meu lado e eu não iria me arrisca.

Eu prendi a respiração quando o carro parou ao meu lado.
O motor foi desligado, e pelo bate da porta, o condutor do veículo desceu do carro.

Eu estava tremendo, e meu coração quase estava saindo pela boca.
Eu apertei com força meus olhos, para mantê-los fechados.

Senti uma mão no meu braço e eu fiquei em alerta, pronta para correr.

Hoje, com certeza, eu estava completamente ferrada e seria morta.

"Ótima maneira de se esconde, está de parabéns." - ouvi uma voz irônica.

"Não acredito." - soltei a respiração e abri os olhos. "Caleb"

"Conhecido também como seu herói" - sua mão ainda estava em meu pulso.

"Como você, veio para aqui?" - perguntei.

"Vi você toma a decisão idiota de vim nessa direção."

"Por que ninguém passou por aqui?"

"Porque por aqui não tem como volta para casa" - ele falou. " Se vier para cá, vai ficar preso nessa estrada de terra até às polícias saírem do lugar da corrida."

"Então, para mim volta para casa eu vou ter que passa no local da corrida? Que está cheio de polícias?"

"Isso ai." - ele me soltou. " Boa sorte." - entrou em seu carro.

"Vai me deixar aqui?" - perguntei aflita.

"Claro que vou." - respondeu com o vidro abaixado.

"Caleb." - falei seu nome e coloquei as mãos em meus braços. Estava com muita frio.

"Se eu vim atrás de você, como vou deixá-la sozinha?" - ele perguntou. " Entra aí."

Eu entrei. O carro estava quentinho e cheiroso, com seu perfume amadeirado, maravilhoso.

"Toma" - tirou sua jaqueta e me deu. " Parece está com frio."

"É estou, mas e você?

Eu estava de sobretudo, mas não me protegia do frio gelado.

"Não se preocupe." - eu peguei sua jaqueta e vestir.

O perfume que estava sobre ela me atingiu em cheio. Era simplesmente a coisa mais cheirosa que eu havia sentindo.

Nunca fui a louca dos perfumes. Mas agora que senti o cheiro de Caleb, quero senti a todo instante.

"Seu namorado te abandonou." - ele falou me pegando de surpresa.

"O que?" - perguntei sem entende.

"Peter. Nem te procurou." - ele acelerou o carro.

" Não é meu namorado." - falei o óbvio. "E deve ter procurado, e não me encontrou."

"Não procurou. Estava próximo a ele, e na  primeira sirene ele fugiu as pressas de lá."

"Filho da puta." - soltei nervosa.

"E a princesa em apuros, fala palavrãos?" - ele dei seu primeiro sorrindo.

"Sempre que necessário." - sorri de volta. " Deve está acostumado a salva garotas em perigos."

"Não. Ninguém se mete tanto em problema como você." - ele parou o carro de frente a uma casa abandonada.

"Por que parou?"

"Vamos esperar a polícia ir embora."

"Não podemos simplesmente passa lá por e dizer que estamos seguindo entrada?"

"Como esse carro?" - perguntou. " Vão desconfiar na hora que estávamos lá."

"Tem razão." - me acomodei no banco. " Por minha causa você não seguiu o caminho certo, te devo mais essa."

Tenho certeza que ninguém faria isso por mim, e Caleb fez. A pessoa menos provável do mundo, se avaliarmos sua reputação.

" Na mesma semana fiz duas boas ações, as primeiras da minha vida, acho que já mereço o céu."

"Não é tão simples." - dei risada. " Ainda mais quando você só me salva, tem que prática com mais pessoas."

"Não mesmo." - colocou a mão no volante.

"Ganhou a corrida né?" - perguntei segundos depois. " Foi a última coisa que vi antes da correria."

"Ganhei." - me olhou. "Como sempre."

"Nada humilde você." - ele abriu um sorriso me encantando, mexendo comigo por inteira.

"Apenas a realidade." - passou a mão pelos os cabelos. " Não fique triste pelo seu namorado, na próxima eu não participo e ele ganha."

" Peter não é meu namorado, e depois de hoje eu quero que ele se exploda."

"Se você tivesse sido pega com ele, seria pior." - ele falou.

"Por que?"

"As drogas que ele carrega seria um problema para vocês."

"No carro dele, tinha drogas?" - eu sussurrei sem percebe.

"Certamente sim."

"Caralho." - dei uma pausa. " Você usa?"

"O que?" - ele olhou para a estrada.

"Drogas."

"As vezes." - respondeu por fim. " Prefiro o cigarro. Inclusive vou fumar um agora." - saiu do carro me deixando sozinha.

"Não vai me oferece um?" - perguntou quando abaixei o vidro do carro.

"Você fumar?" - perguntou.

"Não, mas quero experimentar." - desci do carro e ele me ofereceu seu cigarro.

"Puxa para dentro e solta pela boca." - fiz o que ele me mandou e acabei me engasgando.

"Menina maluca." - deu risada e leves tapas na minha costa.

" Falta de prática." - falei quando me recuperei. "Deixa eu tentar novamente."

"Teimosa." - ele colocou o cigarro em meus lábios novamente e ficou me olhando.

Dessa vez eu fiz com mais calma. Puxei para dentro e soltei  a fumaça lentamente pela boca.

"E então?" - perguntei animada.

Ele ainda olhava para minha boca quando respondeu.

"Bem melhor." - sua voz estava grave. " Vamos entrar, você está sentindo frio."

" Não estou com tanto frio assim." - olhei para a jaqueta.

"Suas pernas ainda estão descobertas." - ele me olhou de cima a baixo. - "Entra."


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