Conforme estou indo para água, eu vou pensando, quem ele acha que é? Resolvo mudar a minha rota e andar na beira do mar, dou uma olhada rápida para os meus amigos, que me olham com um olhar de interrogação, só balanço a cabeça de forma negativa e continuo indo para o lado contrário de todos. Eu sei às vezes eu pareço ser infantil e admito, eu sou, mas se as pessoas soubessem as coisas que já ouvi e passei, talvez elas me entendessem. E como nem tudo é perfeito, mas uma lembrança me atinge:
Era verão, eu estava sentada no calçadão da praia, quando eu o vi, Caio, ele veio se aproximando de mim. Merda! Eu não estou arrumada, começo tentar arrumar os meus cachos da melhor forma possível. Quando sinto o vento noroeste soprando no meu ouvido, aquele cheiro bom que a praia trazia acertou minhas narinas e o nervosismo que eu sentia logo passou.
— Oi — ele disse.
— Oi — respondi um pouco mais baixo do que eu gostaria.
— Está fazendo o que aqui sozinha?
— Nada, estou só pensando.
— Clara a menina pensadora.
— Cala boca Caio. — sorrio pra ele
— Olha aí um sorriso.
— E você? Está fazendo o que aqui?
— Eu vim te ver, passei na sua casa seu irmão comentou por alto que você estava aqui, inventei uma desculpa pra ele e vim te ver.
Meu Deus! Isso é muita coisa, não se fala essas coisas para uma menina de 15 anos que sofre de paixonite platônica pelo melhor amigo do irmão. Respiro e sinto mais uma vez o cheiro salgado da praia, olho pra ele e respondo:
— E o que você queria comigo?
— Isso — e ele simplesmente me beijou.
BẠN ĐANG ĐỌC
A Busca por um amor
Lãng mạnO que é o amor para você? Se sentir acolhido? Ou talvez desejado? É um abraço forte, bem dado? Um arrepio que começa bem embaixo do umbigo e vai subindo. Ou será que é aquela sensação de estar subindo na montanha russa pela primeira vez? Para Ana Cl...