- Capítulo 7 -

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- Eu. - Thiago interrompe ele. Eu olho pra ele desconfiada

- Clara lembra que eu te falei que o Caio estava na cidade? - Lembro do meu irmão me ligar uns dias atrás comentando sobre o Caio voltar a morar aqui.

- Lembro o Caio que era da nossa turma no ensino médio e se mudou para Campinas, é isso?

- Isso mesmo, aquele que você tinha um tombo.

- Eu não tinha tombo nenhum.

- Interessante - O sem nome disse e claro que eu rebati:

- Cala boca, está falando ainda por que em?

- Clarinha ele está falando porque ele é o Caio.

Arregalo o olho e olho pra ele e para o meu irmão, orando por dentro pra que tudo isso seja uma mentira e uma piada de mal gosto, eu não podia ser tão azarada assim. Que mico. Eu arrastava um bonde pro o Caio, mas ele nunca, NUNCA, vai saber disso.

Luana estava rindo e aproveito a distração dela para beliscar ela.

- Aí porra!

- Aí nada, para de rir antes que eu te bata.

Preciso pensar rápido. Vai Clara! Já sei, vou correr pro lado do meu garçom gato e aproveito que a saída é logo ali e saio de fininho, ninguém nem vai reparar, não vou me sujeitar a passar por barraqueira pro Caio se gabar.

- Bom gente, dou um gole na minha cerveja, vou ali ver se o Dave quer a minha ajuda.

- Clarinha já vai dar em cima do garçom de novo, deixa ele em paz, está na cara que ele não te quer

Ouvir aquela voz falando meu nome me deu um arrepio, mas durou apenas uma fração de segundo, porque o ranço veio logo em seguida.

Todos olhavam pra eles horrorizados e pra mim com cara de assustados.
Já o dono da voz mantinha o sorrisinho de cafajeste no rosto. E isso so me deu combustível para fazer o que eu já tinha em mente a muito tempo.

Olhei pra ele pisquei e fui em direção ao Dave

- Fala Clarinha, o que manda?

- Se eu te beijar agora você perde o emprego?

- Não, mas se você fizer isso agora eu não respondo pelos meus próximos atos.

- Ótimo.

Não deixei ele dizer mais nada, puxei ele e o beijei. Seus lábios eram macios, ele beijava muito bem por sinal, ele chupava meu lábio inferior e dava mordidinhas. Aos poucos nosso beijo foi se intensificando, até eu sentir alguém esbarrando na gente

- Porra cara qual é? - Dave falou

Quando eu olhei pra ver quem era o corno ou a a corna que esbarrou na gente, minha cara de brava se desfez e deu lugar a famosa cara de surpresa, era ninguém menos que o Caio, saindo pela porta, sem nem olhar pra trás.

Dei mais um selinho no Dave e falei:

- Depois a gente se fala meu amor.

Resolvo voltar para mesa e todos me olhavam

- Que foi? Estou cagada, vamos voltar o papo que o encosto já foi e eu não quero sermão e nem muito menos conversinha a respeito disso, certo? Segue o baile que a noite está apenas começando. Falo mordendo o lábio e olhando para o Dave que me dá uma piscada lá do outro lado do Pub.

A Busca por um amorDonde viven las historias. Descúbrelo ahora