- Ah, sim. Eu não atendo números desconhecidos. - Menti.
- Entendo. Então, me diga, por acaso existe alguém na sua vida? Se é que eu posso saber.
Quase que engasguei.
- Prefiro não falar da minha vida pessoal. E olha, a pausa acabou. Preciso voltar ao trabalho.
- Claro. A conta, por favor.
O garçon chegou com a conta. Ele pagou e saímos em seguida. Voltamos para a empresa. As pessoas ainda olhavam para nós, era muito irritante, com certeza eu era a fofoca da semana.
Quando finalmente chegamos na minha sala, ele se despediu e foi - se para a sala dele. Só Deus sabe como eu me senti quando me ví livre dele.
Voltei a olhar para o relógio e me lembrei de que precisava pegar o meu pai no hospital. Fui até a sala do Brian para pedir permissão pra sair mais cedo. Bati na porta e ele deu - me permissão pra entrar.- O que foi? - Perguntou friamente.
Olhei para o chão e esitando.
Queria tanto poder me desculpar e que ele voltasse a tratar - me do mesmo modo que antes, mas infelizmente o meu orgulho falou mais alto.- O senhor vai sair? Digo, se... - Disse evitando olhar em seus olhos.
- Vou. - Disse me enterrompendo. - E se quiser também já pode ir. - Falou assim que já tinha tudo pronto para sair.
- Está... bem. - Me esforcei ao máximo para não demonstrar o que senti.
Ele não disse mais nada, apenas passou por mim e foi - se embora, trancado a porta atrás de sí.
Suspirei fundo e saí logo após ele.
Organizei as minhas coisas pronta pra ir embora.
Saí do edifício. Quando estava prestes a pegar um taxi, meu telemóvel tocou, era um número desconhecido. Fiquei hesitante por alguns segundos, mas acabei atendendo.- Aló! - Disse eu.
- Sophia, querida. - Disse o homem do outro lado da linha.
Quando reconheci a voz, meu semblante automaticamente mudou.
- Como ainda tem coragem de me chamar dessa maneira?
- Bom, já que insistes, então falarei a sua língua. - Disse num tom arrogante. - Diga ao seu pai para manter o telemóvel ligado. Não é mantendo desligado que conseguirá escapar de mim e acabar com as dívidas que tem comigo.
Me mantive calada ouvindo as palavras que saiam da boca do homem que até alguns meses atrás considerava como meu segundo pai.
- E diga também que eu dou só mais um mês. Se até lá ele não pagar o que me deve, iremos até à justiça e ele perderá a casa onde vive. - Dito isto, desligou a chamada.
Fiquei perplexa por longos segundos, por mais que pensasse e repensasse, nunca me caia a ficha.
Quando voltei a realidade, peguei o taxi e fui direito para o hospital.{...}
- Bom dia! - Cumprimentei a recepcionista assim que entrei.
- Bom dia. - Respondeu ela.
Me dirigi ao quarto do meu pai, ainda com as palavras do daquele senhor na minha cabeça. Quando cheguei de frente à porta, a abri e logo paralizei quando ví o Brian, a sra Elisabeth e a Elenna.
Como descobriram que o meu pai estava no hospital? - Era a minha questão naquele momento.
- Sophia? Eu estava mesmo querendo falar com você. - O tom de voz da sra Elisabeth parecia de alguém que estava se preparando para dar um sermão.
Entrei à passos lentos, sabendo o que estava por vir.
- Bom dia, senhora Elisabeth. - Falei tentando conter o meu nervosismo.
- Estou muito desapontada contigo. Porquê não me contou sobre a situação do seu pai? - Seu tom era severo, mas de uma forma moderada.
- Eu... - Estava falando, quando meu pai interviu.
- Fui eu quem pediu para que ela não falasse.
Naquele mesmo instante o telemóvel do Brian tocou, ele saiu para atender.
Meu pai e a sra Elisabeth estavam a conversar, então Elenna aproveitou a oportunidade para me encher de perguntas e inclusive me convidar para ir à festa dela de aniversário.
- Você sabe muito bem que mesmo que eu não quisesse ir você me faria mudar de ideia. - Indaguei.
- Ainda bem que sabe. - Falou sorrindo alegremente.
Elenna não via a hora de completar os seus 20 anos.
- Bom, já estamos indo. Estimo às suas melhoras. - Disse a sra Elisabeth.
- Muito obrigada.
- Fique bem, tio will. - Disse Elenna.
- Obrigada, minha linda.
- Vou acompanha - las até à porta.
Fomos até à porta. Quando ví o Brian, rapidamente minha atenção foi para o que ele fazia.
- Entendeu? - Perguntou a sra Elisabeth.
- Anhram. - Respondi sem mesmo ter ouvido o que ela havia me dito.
Elas foram em direcção ao Brian e eu voltei a entrar no quarto.
- Finalmente o senhor voltará para casa. - Falei o abraçando.
- Saiba que vou sentir um pouco de saudades daqui.
- Sério? Porquê? - Disse o soltando do abraço e me sentando ao seu lado.
- Comida de graça, atenção 24/24 e o melhor de tudo... - Falou pegando minhas mãos. - Minha filha sai mais cedo do trabalho pra me ver.
- Papai! - Falei voltando a abraça - lo.
- Minha flor.
- Vou sair para o senhor se trocar. Não aguento ficar mais nenhum minuto aqui.
Depositei um beijo em sua testa e saí logo em seguida.
Fiquei aguardando no lado de fora do quarto. Meu telemóvel tocou, era novamente um número desconhecido. Tive receio de atender, pensando que poderia ser de novo o homem que se dizia ser o melhor amigo do meu pai, então desliguei.
O número voltou a ligar outras vezes, e eu voltei a desligar a chamada.- Já podemos. - Disse o meu, logo após ter saído do quarto.
Saímos abraçados até pegarmos um taxi e irmos para casa.
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O Babaca Do Meu Chefe ( Sem Revisão )
RomanceAutora: Domingas Pedro ROMANCE CLICHÊ Após seu pai perder o emprego, Sophia se vé obrigada a procurar um emprego para manter a sua vida e a do seu pai. Com isso, ela começa a trabalhar na mansão dos Thomsan e mais tarde na empresa, onde terá que lid...
|CAPÍTULO:22|
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