— Talvez eu possa ir embora, deixar a cidade. Tenho umas economias.
Os olhos de Lívia me encaram com pesar, ela inclinou-se para frente e novamente segurou em minhas mãos.
— E eu a ajudaria se isso fosse viável. Mas pense, ele irá atrás de você e a encontrará em um estalar de dedos, estávamos falando da máfia, essas pessoas não agem dentro da lei. Além do mais você está carregando o herdeiro dele.
— Deus! Eu não quero isso para meu filho, prefiro arriscar e sumir.
— Glenda, você não faz ideia que mundo obscuro é esse, você e seu filho terão que correr o resto de suas vidas, porque ninguém foge da máfia e quem ousa fazê-lo é caçado até ser encontrado, isso é questão de honra.
— Como você sabe de tudo isso?
— Eu não sei, mas li em algum livro.
— Para! Poderia levar esse assunto a sério?
— Mas eu estou levando a sério, por isso não te apoio em uma fulga, será pior.
— E o que você acha que eu devo fazer? Aceitar o casamento?
— Sim.Desabei de vez, não aguentava mais aquela pressão. Comecei a chorar como uma criança balançando todo o corpo.
— Eu só queria um filho — Falei soluçando — Será que era pedir demais somente um filho.
— Oh querida! — Livia levantou-se da sua cadeira e veio me abraçar, eu deitei a minha cabeça no ombro dela desolada — Não fique assim, sinto muito que isso esteja acontecendo com você, mas eu só estou preocupada.Eu também estava preocupada e com medo sobre o futuro sombrio.
Mais tarde, Livia me deixou no apartamento, combinei de ela vir em casa na manhã seguinte para irmos a clínica, não irei sozinha. Aquela noite demorei a dormir, mas vencida pelo cansaço acabei apagando.
No dia seguinte, a campainha tocou. Havia acabado de tomar um banho e me vestido para ir a clínica. Para minha surpresa, fui acordada com uma chamada no meu celular, era ele me avisando que a horário estava marcado para as 10 horas da manhã e que alguém viria me pegar. Apenas perguntei se podia levar minha irmã e ele disse que não havia problema. Agora estava pronta e com os nervos a flor da pele.
Andei até a porta esperando encontrar Livia, eu já estava a aguardando. Abri a porta e ela estava lá animada.
— Está pronta?
— Sim, mas a pessoa que vem nos buscar ainda não apareceu.
— Vi dois carros pretos lá embaixo.
— Acho que não são eles, esses são os capangas que ele deixou na minha cola. Talvez venha outra pessoa.Nesse momento o interfone tocou. Fechei a porta e corri para atender.
— Senhorita Madison, meu nome é Dante, vim a mando de Marcus Rinaldi para levá-la até a clínica.
— Hã... certo!Apertei o botão para destravar a porta e coloquei o interfone no gancho.
— Nada de arrombar a porta — Lívia brincou.
— Vamos embora, não estou com humor para piadas.
— Só para descontrair, você está muito tensa.
— Não era para menos. Só torço para que essa criança não seja dele.
— Tem essa possibilidade?
— Remota, mas tem. Se caso esse bebê não for dele, vou processar a clínica por me fazer passar por isso.
— Nisso eu apoio, que irresponsabilidade deles.Recolhi minha bolsa, peguei a chave e meus óculos escuros. Saímos do apartamento e tranquei a porta. Na entrada do prédio, o carro já estava nos aguardando. Um homem de terno preto aproximou-se e apresentou-se.
— Sou Dante Milano, as levarei até a clínica.
— Prazer! — Minha irmã o cumprimentou. Eu não disse nada, apenas movi a cabeça e entrei no carro. Meu estômago revirava de nervoso e enjoo. Lívia sentou do meu lado e cochichou.— Estou me sentindo em um filme. Olha quantos seguranças.
— São criminosos, e eu não estou bem.
— Respira fundo, não vai vomitar no estofado desse carro.
— Bem que gostaria de vomitar, para estragar tudo.
— Deixa para fazer isso quando chegarmos lá.
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Grávida do Mafioso
RomanceGlenda Madison era uma mulher independente que não acreditava em relacionamentos, porém tinha uma vontade de ter um filho. Ao fazer uma inseminação artificial, ela jamais imaginou que em pouco tempo, um homem alto, lindo, poderoso, bateria em sua po...