Chapter 11 - Tom Riddle

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- Algo que eu deveria saber? – Olhei sua feição sorridente enquanto subíamos as escadas.

- Não. – Ela sabia que eu estava mencionando o garoto deformado. Angel entrou no Salão Principal na minha frente e foi em direção aos bancos, se sentando em um lugar afastado. Eu me sentei ao seu lado e a observei enquanto ela se servia. – O que foi? – Ela percebeu que eu a encarava.

- Foi você que fez aquilo, não foi? – Ela engoliu em seco, sabendo que eu conhecia ela o suficiente para saber que Angel seria capaz de azarar alguém com ácido.

- Sim, mas ele mereceu. – Ela deu de ombros e continuou se servindo com salada de frutas e chocolate quente.

- Quando aconteceu? – Eu me senti irritado por não ter estado com ela no momento.

- Ontem. – Ela suspirou baixinho. – Logo após eu sair do seu quarto. – Travei o maxilar, lembrando que eu havia sido grossa com ela desnecessariamente.

- Eu sinto muito, não deveria ter sido grosso daquela maneira. – Eu peguei a mão dela, que estava apoiada na mesa preguiçosamente, e fiz ela me olhar. Um sorriso pequeno surgiu em seus lábios cinzas de frio. – Você deveria comprar roupas mais grossas, vai pegar um resfriado desse jeito. – Tentei ser cuidadoso com as palavras.

- Em Hogsmade eu compro algo. Eu tenho suas roupas para usar, também. – Ela deu de ombros e eu dei uma risada baixa. Ela retirou sua mão da minha e colocou na caneca de chocolate quente, aquecendo-a ali.

Nós comemos com calma, observando os alunos falarem animados sobre o que pretendiam fazer em Hogsmade e sobre as festas nas comunais. Eu e Angel nunca havíamos ido a uma festa, sempre combinamos de maratonar livros e discutir política. Meus olhos se direcionaram para a figura pequena ao meu lado, sua cabeça alcançava meu ombro. Seus cabelos estavam presos em um coque bagunçado, deixando vários fios soltos acima da nuca e perto das orelhas, Angel parecia não se importar com isso. Seus lábios estavam secos, mas vez ou outra ela os molhava, deixando eles brilhantes novamente. Suas bochechas e a ponta de seu nariz estavam coradas e em contraste com sua pele branca, a deixando com um ar angelical. Eu sorri sem perceber enquanto a analisava com calma, meu coração batendo cada vez mais rápido quando eu olhava para uma parte do seu rosto. Nossos olhares se encontraram, me deixando hipnotizado no seu olhar profundo por um momento. Eu não queria parar de olhá-la, foi quase impossível desviar o olhar e continuar comendo.

- O que acha de passarmos na Casa dos Horrores? – Ela perguntou, batucando seus dedos na caneca preta de chocolate quente. A Casa dos Horrores era uma casa em uma colina em Hogsmade, a casa parecia ser abandonada e muita gente alertou que as pessoas morriam sempre que visitavam o lugar, já outras pessoas dizem que não passam de boatos bobos. A Casa foi descoberta por um aluno da grifinória há anos atrás, mas dizem que esse aluno nunca mais foi encontrado.

- Ahn... acho melhor não. – Eu tinha medo daquele lugar, mas não admitiria nem morto.

- Você tem medo? – Angel se engasgou com uma risada e me olhou com os lábios apertados, tentando não rir. Por Merlin, essa garota me conhece melhor que eu mesmo.

- Claro que não. – Revirei meus olhos. – Só não estou com vontade de sair.

- Então eu vou sozinha. – Ela deu de ombros e terminou seu chocolate quente. Eu suspirei, sabendo que teria que ir com ela.

- Tá bem, eu vou junto. – Ela bateu palminhas, feliz, e fez uma de suas dancinhas da felicidade. Eu dei risada do seu jeito e terminei meu café da manhã, indo com ela até os portões de Hogwarts. – Sabe que o primeiro aluno que encontrou essa casa morreu, certo?

- Que bobagem. – Ela riu. – Ele era do último ano e ainda por cima era da grifinória, ele só quis pregar uma peça em todo mundo fazendo seus amigos espalharem que ele havia morrido. – A história fazia sentido, mas eu ainda estava receoso de ir lá.

Possessive || Tom RiddleWhere stories live. Discover now