Corações feridos

Capítulo 80

Gustavo: Aceito o desafio.
Bia está dormindo, cansada. E Maria?

Elisa: Também já dormiu, graças a Deus.

Gustavo: E você? Está esperando o que pra descansar?

Elisa: Já estou indo! Estava fazendo o lanche da Maria e o meu, e você?

Gustavo: Estava terminando de ler os relatórios que Vilma fez, mas também já estou indo dormir.

Elisa: Acabei de deitar!

Foto (Elisa deitada com um cobertor cobrindo parte do seu rosto)

Gustavo: Sou apaixonado no seu olhar! Você ainda vai me matar, com essa beleza kkkkkkk

Elisa: Bobo kkkkkkk
Estou indo dormir, até amanhã!

Gustavo: Até amanhã minha gatinha!

Desliguei o celular com um sorriso bobo no rosto, parece que o sorriso congelou na minha face, pois dormi com ele.
Acordei com o despertador, chamado Maria, pulando em minha cama.
Levantei enchendo ela de beijos, fui ao banheiro e em seguida coloquei nosso café da manhã.

Maria chegou na escola tão animada, correndo para abraçar a professora e contando sobre os últimos dias, que ela esteve fora.
Me despedi dela e fui para o ponto de ônibus.

Cheguei na empresa e encontrei Vilma sentada ao telefone, acenei pra ela e fui colocar minhas coisas em cima da mesa.

- Elisa, o chefe está te esperando, na sala dele! - Ela diz tampando o telefone com a mão, para que a pessoa do outro lado não ouvisse ela

- Tá certo - Digo mordendo o lábio para disfarçar o sorriso que queria sair.

Organizei minhas coisas e fui até a porta da sala do Gustavo, bati três vezes e entrei.
Ele estava andando de um lado para o outro da sala, no telefone, ele parou de andar de um lado para o outro, assim que me viu, e começou a caminhar em minha direção.

- Oi - Digo baixinho após ele entrelaçar um dos braços em minha cintura e beijar minha testa

- Tudo bem, eu tenho que desligar, me envie tudo no e-mail - Gustavo diz - Tá, tá certo, tenha um bom dia - Ele diz e desliga o telefone.

Ele guardou o telefone no bolso e segurou no meu queixo, beijando minha boca.

- Bom dia minha linda - Ele diz fazendo carinho na minha bochecha com o polegar

- Bom dia meu lindo, deu formiga na cama hoje? - Pergunto rindo entrelaçando meus braços no pescoço dele e ele ri

- Deu saudade de você - Ele diz rindo - E Maria? Ficou bem, na escola? - Ele pergunta

- Sim, foi animada hoje. E Bia? - Pergunto

- Deixei em casa tomando café, hoje ela acordou tagarela - Ele diz e dou risada

- Tenho que voltar a trabalhar - Digo dando um selinho nele

- Almoça comigo? Ou ainda estamos no "vamos com calma", e isso significa ir rápido? - Ele pergunta rindo e dou risada

- Acho que o nosso "vamos com calma", não vai existir - Digo rindo - Se eu terminar tudo cedo, almoço sim - Digo

- Vamos sair onze e quarenta - Ele diz

- Certo, vou voltar a trabalhar então - Digo e ele me beija

- Agora pode ir - Ele diz e dou um selinho nele novamente.

Sai da sala dele e não encontrei Vilma na mesa dela, fui para minha mesa, liguei o computador e fui organizar as coisas da semana passada.
Vilma voltou da copa, com uma xícara de café, rindo de algo, o que me fez ri também mesmo sem saber o que era.

Fiquei tão concentrada no trabalho, que tomei um susto ao vê Gustavo parado próximo a minha mesa me olhando.

- Quer me matar? - Pergunto e ele ri

- Vamos almoçar, já tem quase cinco minutos eu te esperando - Ele diz

- Nossa, eu estava em outro mundo, Vilma já saiu? - Pergunto levantando e organizando minha bolsa

- Já - Ele diz.

Peguei minha bolsa, desliguei o computador e fui até o Gustavo, dei um selinho nele e ele segurou a minha mão, olhei pra ele, e parece que ele leu o meu olhar.

- A empresa está quase vazia - Ele diz dando um beijo em minha cabeça.

Caminhamos até o elevador de mãos dadas, entramos no elevador, e Gustavo só soltou a minha mão quando chegamos no carro e ele abriu a porta pra mim.

- Gustavo, que prazer reve-lo - Um homem diz apertando a mão de Gustavo, assim que entramos no restaurante.

O restaurante era lindíssimo, e pelo nome, percebi que era italiano, quando entrei, tive a certeza.

- Me acompanhem, sua mesa está vazia, acho que eu estava adivinhando - O homem diz e Gustavo ri.

Sentamos na mesa e olhei tudo em minha volta, mordendo o lábio inferior e anotando com os olhos cada detalhe do restaurante, que era muito lindo.

- Gostou? - Gustavo pergunta

- Muito - Digo sorrindo pra ele

- Eu imaginei que você iria gostar, acho ele a sua cara - Ele diz e dou um sorriso.

Trouxeram o cardápio, fizemos os pedidos e ficamos conversando.
A comida era maravilhosa, me lembrou a da minha avó, o que me fez sentir uma saudade dela.

Saímos do restaurante rindo, quando chegamos na empresa, tentamos nos manter discretos, o que estava sendo quase impossível.

- Vou te levar pra casa hoje - Gustavo diz enquanto estávamos no elevador

- Não precisa, tenho que buscar a Maria - Digo

- Ótimo, buscamos a Maria e levo vocês pra casa - Ele diz

- Gustavo, é sério, realmente não precisa - Digo e a porta do elevador abre

- Me espere quando acabar suas coisas - Ele diz...