Elisa
Ajudei Vilma a arrumar os papéis na sala e sentei no canto ao lado dela, para assistir a reunião.
Segundos depois que terminamos de arrumar a sala, recebemos o pessoal e em seguida o Gustavo entrou, antes de sentar, ele me olhou sério.
Ele vá se lascar! Não estou em um bom dia hoje.
Durante a reunião, percebi Gustavo me olhar várias e várias vezes, e não só ele, como Daniel me olhava e dava um sorriso, enquanto Gustavo me olhava sério e olhava pra Daniel.
- Elisa, estou te esperando na minha sala - Gustavo diz assim que termina a reunião
- Já estou indo - Digo seria
- O que deu nele? - Vilma pergunta
- Não sei, vou lá, já venho te ajudar - Digo e ela balança a cabeça concordando.
Cheguei na sala dele, bati na porta e entrei.
- O que houve? - Pergunto
- Fique longe do Daniel, ele não é uma boa pessoa pra você - Ele diz
- Me desculpe, mas acho que a minha vida pessoa não é sua responsabilidade - Digo
- Estou te alertando Elisa, porque eu vi você de papinho com ele - Ele diz
- Eu não estava de papinho e sim conversando, e, não que seja da conta do senhor, porque como o senhor mesmo disse "sua vida pessoal fica fora do trabalho", eu estava dispensando ele! - Afirmo
- Exatamente isso, sua vida pessoal fica fora do trabalho - Ele diz mais sério ainda
- Então porque o senhor está se importando com ela? Porque não tem nada haver com o trabalho, se eu quisesse namorar com o Daniel, eu namoraria fora do meu horário de trabalho, o senhor não precisa se preocupar com isso, não misturarei as coisas - Digo
- Eu me importo porque eu me preocupo com a Maria, afinal, ela também vai ter contato com a pessoa que você vai se relacionar, então eu me importo com ela - Ele diz
- Eu sei cuidar da minha filha Gustavo, nunca colocaria alguém que não fosse da minha confiança perto dela - Digo
- Não disse que você era uma péssima mãe, apenas disse que me importo com ela, e não quero o Daniel perto dela - Ele diz
- Agradeço sua preocupação, mas ela é minha filha e eu direi quem fica ou não perto dela, acabou o assunto? - Pergunto
- Acabou, estou apenas te alertando sobre o Daniel, se você não quer ficar longe dele, sinto muito, apenas quero que tome cuidado, principalmente com a Maria - Ele diz
- E peço que não se preocupe com minha vida pessoal, sei me cuidar, e minha vida pessoal não tem haver com minha vida aqui no trabalho, licença - Digo abrindo a porta da sala e saindo.
Cheguei na sala de reunião respirando fundo, não queria surtar.
Quem ele pensa que é?
- O que foi? Está tão séria - Vilma diz
- Nada, nada não - Digo forçando um sorriso pra ela
Eu realmente estava P da vida com Gustavo, eu não entendi.
Primeiro ele diz pra não misturar minha vida pessoal com a vida do trabalho e depois vem se meter na minha vida?
Terminei de arrumar a sala com Vilma, estava realmente irritada e ela percebeu isso.
- Tá tudo bem mesmo? Quer uma água? - Vilma pergunta
- Está, só estou meio irritada, mas vai passar. Eu vou almoçar, vem comigo? - Pergunto
- Agradeço, mas hoje vou almoçar com meu marido, ele vem me buscar hoje - Ela diz
- Tudo bem, vou indo então - Digo sorrindo e caminhando até minha mesa.
Peguei minha bolsa, meu celular e fui até o elevador.
Enquanto esperava o elevador, fui checar as mensagens, quando percebi, Gustavo estava parado ao meu lado, era só o que me faltava.Quando o elevador chegou, entrei e ele entrou logo em seguida, ficando parado ao meu lado, senti ele me olhar e ao mesmo tempo meu celular tocou.
- Alô - Digo ao atender
- Elisa? Aqui é a Silvia, professora da Maria - Escuto a professora falar
- Ah sim, tudo bem? Aconteceu alguma coisa? - Pergunto
- Maria está com trinta e oito e meio graus de febre, preciso que venha buscá-la - Ela diz
- Trinta e oito graus? Ela está sentindo mais alguma coisa? Estou indo pra aí - Digo
- Está com dor de garganta, dor de cabeça, tonta, estou aguardando você com ela, na secretaria - Ela diz
- Posso falar com ela? - Pergunto
- Pode, espera um segundo - Ela diz e escuto ela falar com a Maria e em seguida entregar o telefone a ela - Oi mamãe - Maria diz com uma voz de choro
- Oi meu amor, mamãe já está chegando, certo? Está sentindo alguma coisa? - Pergunto saindo do elevador e sinto Gustavo segurar em meu braço enquanto me olhava aguardando eu desligar o telefone
- Dor mamãe - Ela diz
- Mamãe já tá indo, te amo minha princesa - Digo
- Te amo mamãe - Ela diz.
Desliguei o telefone, guardei na bolsa e olhei pra Gustavo.
- O que aconteceu com a Maria? - Ele pergunta
- Ela está com febre, não se preocupe, eu volto a tempo do horário do almoço - Digo
- Eu não estou preocupado com isso Elisa, quero saber da Maria, quantos graus? - Ele pergunta
- Trinta e oito e meio, eu tenho que ir, jaja meu horário acaba - Digo
- Vamos, eu vou com você buscar ela, vamos levar ela no médico, não pode deixar ela com uma febre tão alta assim - Ele diz
- Não precisa Gustavo - Digo
- Vamos Elisa, você quer mesmo ir de ônibus? Ficar um bom tempo esperando o ônibus, enquanto sua filha queima de febre? - Ele pergunta
- Tá, tá bom - Digo.
Caminhamos até a garagem, ele destravou o carro e entrei.
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Corações feridos
RandomPROIBIDO PARA MENORES DE 16 ANOS, CONTÉM XINGAMENTOS E CENAS IMPLÍCITAS. Elisa havia planejado seu futuro, como, quase, toda pessoa, planejou entrar na faculdade, morar sozinha e poder dá um futuro a sua família, só não contava que no meio disso tud...