Elisa
- E como está Maria? - Livia pergunta enquanto sentávamos em uma das mesas da lanchonete
- Está bem, quer dizer, ela está bem emotiva ultimamente, quer ficar o tempo todo comigo, e isso tá acabando comigo, porque não consigo trabalhar e muito menos estudar, só fico pensando nela - Digo desabafando e Livia me olha com um sorriso fraco
- Desculpa te perguntar isso, mas e o pai dela? - Ela pergunta e respiro fundo
- Maria não é minha filha de sangue Liv - Digo e ela me olha assustada - Minha mãe adotou Maria quando ela tinha dias de nascida, a mãe de Maria sumiu no mundo após passar a guarda pra minha mãe, então, ela foi criada como minha irmã, mas há um mês, minha mãe morreu, Maria era super apegada a ela, assim como eu, mas Maria vivia vinte e quatro horas por dia com ela, então, agora, sente falta o tempo todo, por isso ela está mais apegada a mim. - Digo
- Caralho, eu não imaginava isso tudo - Ela diz com uma expressão de choque - Você é muito forte, nossa amiga, eu realmente não imaginava isso tudo. Você assumiu a responsabilidade da sua irmã então, isso? - Ela pergunta
- Sim, estou em processo de transição, tentando me acostumar que agora sou mãe - Digo
- Eu sinto muito por sua mãe, eu sei como dói. Antes de vim, eu perdi minha vó que me criou, até hoje dói, mas meio que já me acostumei com a dor - Ela diz dando um sorriso fraco
- Sinto muito por sua vó também, é, dói muito, desde que minha mãe se foi, estou tentando ser forte, não só por mim, mas pela Maria também - Digo
- Cara, eu já te achava incrível, mas agora, te acho mais ainda, Maria vai ter muito orgulho de você, mesmo com tanta dor, você é muito forte - Ela diz segurando em minha mão e dou um sorriso.
Saímos da faculdade depois de algumas horas, peguei Maria na casa de Tina e fui pra casa.
Enquanto Maria dormia, lembrei de Beatriz, tão fofinha, é impressionante o quanto as crianças são carinhosas, o quanto elas se importam com o próximo.No dia seguinte, a escolinha de Maria me mandou mensagem avisando que não teria aula, arrumei ela pra ir pra Tina, quando levei, ela chorou muito, mas tive que deixá-la.
Fui trabalhar com o coração na mão, novamente.
No descanso, Sam me chamou pra ir ao shopping e fui, precisava distrair a mente.Passamos em uma loja e vi alguns colares em promoção, entrei e comprei um pra mim e pra Maria.
A noite fui pra faculdade, Liv, como sempre, me distraiu contando as histórias doidas dela e me fazendo ri alto no meio da lanchonete da faculdade.
Na manhã seguinte, após arrumar a casa e fazer a atividade com Maria, arrumei ela e me arrumei.
Almoçamos, lavei a louça e fui pegar os colares.- Maria - Chamo e ela me olha - Vem aqui - Chamo e ela vem estendendo os braços, coloquei ela sentada em minha perna e ela me olhou - Tá vendo esse coração? É da mamãe, quando você sentir saudade, ou se sentir só, é só apertar ou segurar o coração, pra receber um abraço da mamãe a distância, aqui, a mamãe também tem um, quando sentir sua falta, vou apertar só pra receber um abraço - Digo mostrando os colares a ela
- Não vai precisar mais chorar mamãe? - Ela pergunta
- Não, porque o coração da mamãe vai está com você, assim como o seu também vai está com a mamãe - Digo colocando o colar nela e recebendo um sorriso dela.
Coloquei meu colar e saímos.
- Já sabe, sentir saudade de mamãe, só apertar o coração, que mamãe vai mandar um abraço a distância, tá bom? - Digo
- Tá mamãe - Ela diz segurando o pingente e me abraçando.
Dei um beijo nela e ela entrou na escolinha segurando o pingente.
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Corações feridos
RandomPROIBIDO PARA MENORES DE 16 ANOS, CONTÉM XINGAMENTOS E CENAS IMPLÍCITAS. Elisa havia planejado seu futuro, como, quase, toda pessoa, planejou entrar na faculdade, morar sozinha e poder dá um futuro a sua família, só não contava que no meio disso tud...