Chapter 8 - Novas sensações

ابدأ من البداية
                                    

- Ela não era fraca, ela era um ser humano. Seres humanos morrem. – Eu não sabia ao certo o que falar, mas tentei escolher as palavras certas.

- Eu nunca irei morrer! – Ele afirmou com grosseria, parecendo montar um plano em sua mente.

- Se até o próprio Salazar morreu, por que sua mãe não morreria também? – Essa não parecia ser a frase mais sábia à se dizer, mas era a verdade. E a verdade doía.

Porém, Tom pareceu sem saber o que falar. Ele viu que era verdade, mas não tinha visto por esse lado.

- Morrer não significa ser fraco. Morrer significa... – Ele me interrompeu.

- Do que adianta ser poderoso e morrer? – Tom murmurou alto para que eu ouvisse. – Salazar também era fraco.

- Tom, olhe o que você está dizendo! – Ele me olhou nos olhos. – Você realmente acha que morrer é sinal de fraqueza? – Ele ficou quieto, provavelmente repensando sua ideologia. – Amar é fraqueza? Chorar? Ou quem sabe se sentir feliz... tudo isso é fraqueza pra você? São emoções humanas, Tom, isso faz parte do ciclo da vida, você precisa respeitar isso! – Ele desviou os olhos para a janela, pensativo. – Você acha que eu sou fraca?

- Não. – Ele disse, me olhando nos olhos novamente. – Mas tem um jeito de eu me tornar forte e imortal, eu...

- Ser forte depende da sua reação com todas as coisas que acontecem com você. Acha que não fiquei devastada com a morte de meus pais? Ou que não fiquei triste quando as pessoas me chamaram por apelidos desagradáveis nos corredores? De ter apanhado da senhora Cole? De ter sido... – Eu travei na hora, trocando as palavras antes que eu falasse demais. – Eu lidei com tudo isso, Tom, e estou bem. Isso é ser forte. – Eu me aproximei dele e coloquei as mãos no seu peitoral. – Você já é forte, Tom. Uma das pessoas mais fortes que eu conheço. Perder a mãe, ser abandonado pelo pai e sofrer na mão de outras crianças não é fácil. Não desista disso. – Ele apenas me puxou para um abraço, suspirando pesadamente e apoiando a cabeça no meu ombro. Eu acariciei suas costas e sua nuca, arranhando ali levemente. – Eu amo você, Tommy. Não posso perder meu melhor amigo. – Ele suspirou.

- Devemos ir, já perdemos o café da manhã. – Eu arregalei os olhos, o desespero tomando conta de mim. Porém, antes que eu pudesse pensar em o que faria para não ficar de mau humor por causa da fome, Tom pegou uma maçã verde do bolso e me entregou. Eu sorri, pegando a maçã e comendo um pedaço, me dirigindo até a porta. – Você vai assim? – Eu travei meu corpo e olhei para baixo, vendo só agora que eu estava com o pijama bordô comprido e sem sutiã, deixando meus seios rígidos pelo frio e à mostra. Corei violentamente, deixando a maçã com Tom e pegando meu uniforme para me trocar, tampando os seios com os braços. Tom deixou escapar uma risada enquanto me via correr na direção do banheiro.

Eu coloquei o uniforme rapidamente, xingando mentalmente a pessoa que teve a ideia de colocar saia para as meninas. O dia estava ainda mais frio que o normal.

Eu voltei para o quarto e peguei a maçã de Tom, vendo que ele havia dado duas mordidas. Eu o fuzilei com o olhar e me virei, indo na direção da minha bolsa e passando a alça pelo ombro.

- Agora podemos ir. – Eu abri a porta do quarto e esperei Tom passar para ir atrás e fechar o quarto. Eu e Tom caminhamos discutindo sobre o poema que ele havia terminado de ler. O poema do dia do armário de vassouras.

- Aliás, o que você estava tentando fazer naquele momento? Eu sei que você não queria me abraçar. – Ele me olhou de canto de olho, o que me fez ficar corada.

- Eu queria pegar sua varinha. – Ele arregalou os olhos, mas logo deu uma risada suave.

- Você é boa em feitiços, falando nisso. – Eu sorri, eu realmente era.

Possessive || Tom Riddleحيث تعيش القصص. اكتشف الآن