Louco pra voltar • Ret

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Ps: tá ai o que vocês queriam, rs.

》Lisa 《

Clarice estava me ajudando desde que chegamos, lavou louça, passou pano no chão e fez uma janta deliciosa, parecia comida de mãe.

Enquanto isso, Ana e eu estávamos cuidando do Davi, ele é uma criança tão doce, impossível não se apaixonar.

- Logo logo vai ter alguém pra brincar com você,  meu amor - olhei para a barriga de Ana e sorri.

Eu já estava aceitando o fato de ela estar grávida, estava até gostando do pemsamento de ser tia. Mas não, isso não significa que concordo com o que ela fez, ela machucou meu coração e não vou esquecer, mas apesar disso, vou sempre cuidar dela e do bebê.

- Sim! Isso mesmo - ela concorda sorridente - Lis, esqueci de dizer, eu e o Miguel vamos amanhã fazer um ultra-som e descobrir o sexo do bebê...você quer ir?

Meus olhos se encheram de água na mesma hora.

- Ah...Ana...É lógico que quero! - dei um abraço nela - Isso é muito importante, e vou ficar tão feliz de estar lá.

- Eu fiquei meio assim, sabe... - ela disse - Não sabia se ia querer, porque achei que estava muito brava ainda.

- Eu estou - revirei os olhos - Mas adianta agora? - dei risada e apontei para a barriga.

- Não, agora já foi - ela riu - Certo, então amanhã lá pelas duas e meia nós saímos.

- Combinado.

Olhei em volta e vi que não tinha um homem naquela sala, cadê aqueles dois?

- E o Miguel? Cadê? - perguntei balançando o Davi de um lado pro outro.

- Ele disse que ia levar o Filipe pra sair um pouco, parece que ultimamente ele anda muito estressado. - Ana respondeu.

Parece mesmo, mal presta atenção quando alguém fala com ele, acho que essa história toda de filho mexeu com a cabeça dele.

Ficamos lá brincando com o Davi, até que a porta abre com tudo e o Miguel entra ajudando o Filipe a ficar em pé.

- Puta que pariu - resmunguei - seis beberam hein?

- Ah mano, o Filipe que encheu a cara. - Miguel respondeu bravo.

- Leva ele pro quarto, amor - Ana apontou.

- Pra lá mesmo que ele vai.

Não fiz nada, só balancei a cabeça e revirei os olhos.

Eu já estava pronta para dormir, tinha colocado um pijama e escovado os dentes, passei um creme e um pouco de perfume, e fui para a cozinha beber água.

Todo mundo já tinha ido também, pelo menos era o que parecia, mas posso jurar que ouvi alguém gemendo no quarto da Ana e do Miguel.

Queria.

- Se tá cheirosa, hein - me assusto com a voz de Filipe e quase derrubo o copo no chão.

- Você pretende me matar do coração qualquer dia desses né? - me virei e vi ele parado na porta com os braços cruzados me observando.

- Já disse - ele caminhou até mim lentamente - queria te matar de outra coisa - ele para na minha frente e sorri - de gritar, por exemplo.

Meu Deus, que baixaria é essa?

- Acho que o álcool foi pro seu cérebro né? - dei risada - dá licença - coloquei o copo na pia - preciso dormir - sorri.

Tentei passar, mas dois braços me prenderam entre a pia e um corpo quente.

- Fili... - já  estava pronta para dar um berro e brigar com ele, mas sua boca foi bem mais rápida.

Que beijo, puta merda.

Sua boca tinha gosto de álcool, mas ao mesmo tempo mantinha aquele sabor natural, tentei me afastar, até empurrei seu peito, mas acabei permitindo que ele continuasse, porque, não vou mentir, eu queria muito aquilo.

Então, ao invés de o empurrar para longe e gritar, o puxei pela nuca e deixei que sua língua se movimentasse junto com a minha.

Senti seu sorriso entre o beijo, filho da puta.

Eu sabia que precisava me afastar, mas cara, aquilo era tudo que eu precisava depois de tanto tempo sem chegar perto de um homem.

Ah, qual é? A carne é fraca.

Suas mãos percorreram minhas costas e desceram para a minha barriga, subindo para o peito, e logo em seguida já pude sentir os mesmos entre seus dedos.

Sua boca se separou da minha, indo em direção ao meu pescoço e dando mordidas e chupões que me fizeram soltar um gemido baixo, o que fez ele sorri novamente.

Eu estava quase revirando os olhos, quando ele parou, me juntou pela mão e saiu me puxando pela casa.