-- Por nada, mas eu tô te vendo além dessa braveza aí. -- toquei no nariz dela. Ela me chamou pra entrar e nós conversamos.

-- Não é algo que eu gosto de falar, Davinna.-- ela botou mais wisky em seu copo. -- Eu perdi meus filhos agora descobri que um deles está vivo.

Tudo me pareceu confuso e eu fiz expressão de que não compreendi.

-- Roubaram meus filhos Davinna...-- ela embargou brevemente a voz -- A menina está morta e meu filho bom, eu não sei onde ele está mas ele tá vivo.

Agora tudo faz sentido, por isso ela anda deprimida pelos cantos, nem parece aquela mulher que eu conheci quando cheguei.

Abracei ela.

-- Eu vou te ajudar encontrar seu filho Polly! -- apertei a mão dela passando confiança. -- Como você soube o que aconteceu com eles?

-- O Thomas. Mas ele não fala porque sabe que eu vou matar os desgraçados que levaram ele de mim assim que os ver. -- falou encarando as paredes com um cigarro na mão.-- Ele resgatou uns registros antigos que foram arquivados.

-- Calma... -- digo e ela nega com a cabeça.

-- Você não sabe do que se trata, nenhum de vocês sabem. O Tommy é um cretino de merda, não atiro nele porque se não nunca vou saber do meu filho. -- se levantou.

Os sinais de ansiedade eram evidentes para mim.

Eu levantei também ficando de frente pra ela. -- Sabe aonde ele pode ter guardado esses registros?

-- O Tommy não é burro, ele não guardaria isso aqui.

-- Eu vou resolver pra você! -- ela me encarou surpresa.-- É sério, confia em mim.

-- Cuidado com o Thomas você não conhece ele!

Eu assenti com a cabeça.

-- Cadê a Esme? -- digo.

-- Foi passear com as crianças. -- deixou o resto do cigarro no cinzeiro.

-- Como está sua sobrinha Ada e o bebê? -- eu disse.

-- Estão bem. Tommy conseguiu absolvição pro Freddye e eles estão livres agora.

-- Mesmo não os conhecendo eu fico feliz por eles! -- sorri amigável. -- Agora eu vou indo tia Polly e fica tranquila que vai dar tudo certo.

-- Vou te acompanhar até na esquina.

-- Você vai na casa de apostas? -- pergunto a ela.

-- Vou na casa de banho, minhas costas estão me matando.

-- Ótimo, a Úrsula está lá.

Fomos conversando durante o caminho e ela pediu que eu não falasse com ninguém sobre nossa conversa.

Eu não posso nem imaginar como deve ser difícil segurar a barra nessa situação, Polly é uma mulher forte mas se tratando de seus filhos vejo-a vulnerável e eu não posso fazer muito mas, vou apoia-la e agora que prometi eu não sei como, mas vou ajudar ela encontar o menino.

Cheguei na frente e esperei destravaram a porta, assim que você entra se depara com uma cozinha comum mas na parede, quando você empurra, se abre uma porta dando entrada pra outro cômodo.

Um salão cheio de pessoas cada um trabalhando com alguma coisa. Olhei alguns dos meus homens por lá mas nada do Finn.

Fui andando entre as pessoas até que encontrei o pequeno ali no meio muito concentrado em seu trabalho.

𝐀 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲 | 𝐏𝐄𝐀𝐊𝐘 𝐁𝐋𝐈𝐍𝐃𝐄𝐑𝐒Where stories live. Discover now