― Que merda! De quem vocês estão falando? ― perguntei com o coração acelerado, não sei porque.

― Ninguém, não estamos falando de ninguém, Amanda. ― ele gritou. Liviane obviamente riu. ― Me perdoe Mand, é que. ― Ele apontou para Liv. ― É que ela está o tempo todo tentando nos separar, e eu acabo por perder a cabeça. Me desculpe.

― Está tudo bem. ― Abaixei o olhar.

― Ela volta amanhã, Winchester. Esteja preparado e você também, Amanda. ― Ela nos deu às costas. ― O namoro de vocês acaba amanhã.

― Liv para de inventar, você já foi melhor que isso. E eu ainda sei seus segredos.

Ela parou onde estava, parecia petrificada. Luke sorria, e eu não estava entendendo absolutamente nada.

― Chantagem Luke? Você também já foi melhor que isso. E eu sei que você não seria capaz de tal baixaria.

O sorriso nos lábios de Luke se abriram ainda mais, e seus olhos se fecharam um pouco. Ele estava assustador daquela forma, só faltava a gargalhada sinistra pra mim sair correndo dali.

― Quer apostar? ― Seu tom de voz saiu baixo, e eu mesma quase não ouvi, mas Liviane sim, e isso é o que importa.

Ela fechou as mãos, como se estivesse prestes a dar uma surra em nós. Mas ela não o fez, apenas andou em direção a sala que estava atrás de mim e sussurrou algo em meu ouvido. Algo que me fez congelar também, ela parecia estar falando sério.

― Seu namoro acaba amanhã ― disse antes de entrar na sala.

Suspirei aliviada, Luke fez o mesmo. Eu não entendi, de quem Liviane estava falando e porquê dessa convicção toda sobre meu namoro com Luke acabar amanhã.

― Não ligue pra ela. Acho que ela acabou esquecendo de tomar os remédios hoje, ou eles pararam de fazer efeito.

Eu sorri e ele me abraçou de uma forma reconfortante. Liviane sempre conseguia me tirar do sério. Mas desta vez ela conseguiu mais do que isso, ela conseguiu me deixar intrigada. De quem ela estava falando?

― De quem ela estava falando, Luke? Quem volta amanhã?

― Não é ninguém. Você não confia em mim?

A pergunta não era essa, e sim: Eu devo confiar? Fiquei em silêncio por alguns segundos, até que descido responder.

― Eu confio sim.

O beijei e ele me apertou entre seus braços.

― Queria te convidar para ir comigo na festa de comemoração da parceria da empresa com uma nova marca, você topa?

― Na empresa de seu pai? ― perguntei.

Ele sorriu.

― É sim. ― Ele me deu um selinho. ― Passo na sua casa ás nove.

Dei alguns tapas de leve em seu peito.

― Convencido. Quem te disse que eu vou?

Ele me encarou sem entender nada e eu ri.

― É claro que vou bobo.

Ele sorriu e me beijou novamente, então se dirigiu até sua sala de aula. Fiz o mesmo, mas antes eu fui, obviamente, barrada pela professora na entrada.

― Isso são horas para entrar na sala de aula, Carter?

Olhei para meu relógio de pulso, e é, isso não se eram horas para entrar na sala de aula. O tempo de atraso permiti apenas dez minutos e de acordo com meu relógio, eu havia me atrasado cinco minutos a mais.

[Pulsos]Where stories live. Discover now