Na véspera do casamento da Esme com o John, a gente pretendia vir pra cá. Mas o meu pai não queria ter nenhuma ligação com a família Shelby por medo da gente virar alvo dos inimigos deles. E depois que meu pai morreu e a gente acabou aqui, em Birminghan, associadas aos Shelby's.

Não gosto nem de pensar nessa história que me faz ficar triste, então afastei os pensamentos e fiz uma massagem na minha tia pra ela relaxar, nós ficamos por horas conversando e rindo de coisas aleatórias.

Ela desceu pra conversar um pouco com a Polly e eu segui pro meu quarto.

Mergulhei a ponta da pena na tinta preta e apoiada encima de uma mesinha comecei escrever.

15 de novembro de 1919.
Birmingham/ Inglaterra
Destinada à: Russia
Para: Santiago

"Primo Santiago, esta não é uma carta casual na verdade preciso da sua ajuda mas não se preocupe que são apenas negócios. Eu e tia Úrsula estamos bem. Escrevo-lhe para pedir um favor: junte 25 dos meus melhores homens e mande-os vir pra Birmingham trazendo o armamento que puderem. Em um dia esta carta chegará até você, embarque os soldados imediatamente. Então depois de mais 24 horas estarei esperando eles desembarcarem. Preciso também que exporte o cassino e traga-o para mim na maior descrição possível.
Depois lhe escrevo explicando tudo. Me desculpe colocar você no papel de resolver as minhas coisas pois sei que és demasiadamente ocupado mas preciso de urgência.

Um beijo grande e muito obrigada. Carinhosamente Davinna Lee."

Botei algumas libras pro caso dele precisar usar e depois guardei dentro da minha bolsa.

Tirei um cochilo rápido antes de me aprontar.

...

Quando levantei fiz minhas higiene e banhei.

Vesti minhas peças íntimas depois o vestido azul que eu havia separado ele é todo de renda e dava na altura dos joelhos, calcei minhas meias e uma sandália de salto baixo.

Dividi meu cabelo no meio e o deixei solto.

Botei luvas branca rendada, brinco e um relógio fino pra pulso.

Depois me perfumei e pronto. Estou pronta.

Peguei a bolsa e quando sai do quarto o Shelly foi se aproximando da minha porta.

--Pronta? -- diz com a cara séria de sempre.

-- Estou. -- ele então me deu espaço para passar e eu segui na frente.

Desci as escadas e estavam todos ocupados com alguma coisa na sala.

-- Thomas, venha cá. -- diz Polly passando por nós.

Ela esta zangada.

Olhei titia vindo na minha direção junto com Finn.

-- Vai sair de novo com ele? -- me perguntou baixinho.
.
-- É, só pra me distrair um pouco-- abracei o Finn.

-- Sei...-- me olhou maliciosa. -- Cuidado pra não se distrair demais.

-- Nem vem tia-- sorri pra ela. -- Enviarei logo mais uma carta ao Santiago pra resolver a questão do cassino, tem algum recado pra ele?

-- Escrevi hoje mesmo, espera um minuto que eu vou buscar.

-- Está bem.

-- Você vai sair com o Thomas, tia Divinna?-- Finn arregalou os olhinhos ainda agarrado em mim.

Não teve como não rir.

-- Seu curioso, vamos sim.-- o Homem saiu da salinha com a Polly.

-- Você está bonita "Divinna", não é mesmo tio Thomas? -- falou abraçando o tio.

𝐀 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲 | 𝐏𝐄𝐀𝐊𝐘 𝐁𝐋𝐈𝐍𝐃𝐄𝐑𝐒Where stories live. Discover now