Você Sou Eu.(shortfic)

Capítulo 4

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— Eu sinto muito pelo vestido. — Sabina disse à Heyoon, antes de entrar no carro e deixar as duas conversando do lado de fora.

— Você vai ficar bem? — Sina perguntou sem jeito.

As duas estavam paradas no hall de entrada da casa da coreana. Não havia ninguém ali, os pais de Heyoon estavam viajando e ela permanecia em casa, sozinha. Como sabia se virar muito bem sozinha, os pais dela não viram erro em deixá-la só. E ela, em momento algum contestou a ideia. Era bom saber que eles confiavam nela.

— Vou sim, é só refrigerante — Ela devolveu o sorriso — E quanto ao vestido, eu lavo depois.

— Ele não tinha o direito — A garota dos olhos verdes trincou os dentes — Eu queria quebrar a cara dele.

— É muito estranho ver a popular da escola falando essas coisas —Heyoon deu de ombros — Você é o ícone sensato da escola, não sabia que era agressiva desse jeito.

— Ninguém sabe de nada ao meu respeito — Sina travou o maxilar — Apenas acham que sabe.

— Ok, isso foi bem assustador — A coreana chacoalhou os ombros e sorriu — Então, eu te vejo amanhã?

— Sim, claro — Sina estava prestes a se despedir quando se lembrou de algo importante — Onde vamos estudar? Digo, são muitas matérias, e nós precisaremos de concentração. E eu não conheço nenhum lugar silencioso o suficiente para isso.

— A gente pode usar a sala 2, ao lado da sala dos diretores — Os olhos da coreana se iluminaram — Depois das aulas.

— Mas aquela sala vive fechada — Sina franziu o cenho — Como entraremos?

— Eu tenho a chave! — Heyoon afirmou rapidamente.

— O quê? — A loira rebateu — Como tem a chave de uma das salas da escola?

— O diretor disse ela podia ficar comigo — Seus olhos se escureceram, perderam a cor — Depois que eu entrei na sala dele rapidamente.

— Por que, o que houve? — Sina perguntou preocupada.

— Uma vez me jogaram raspadinha de morango no rosto, e acabou entrando no meu olho — Ela riu em meio a tristeza — E então, ao invés de correr pro banheiro e lavar, eu corri pra sala dele.Desde então ele deixou a chave comigo e disse que eu poderia ficar lá na sala quando quisesse fugir dos garotos.

— Então ninguém sabe que você tem a chave? — Sina sussurrou e Heyoon assentiu.

— Não diz à ninguém, por favor. — Ela suplicou.

— Eu aguardo ansiosamente pelo dia em que você irá perceber que não farei nada para te prejudicar — Sina colocou sua mão no braço da garota a sua frente — Mas me diz, foi Lakota? Ele que jogou raspadinha no seu rosto?

— Foi. — Heyoon admitiu em um sussurro quase inaudível.

— Eu sinto muito — Sina acariciou a região onde estava com a mão — Por tudo aquilo que fizeram com você sem que eu visse. Eu geralmente interviria, mas nunca fiz questão de nada, então me perdoa.

— Não, não é culpa sua, a culpa é dele —Heyoon discordou — Não se sinta mal por algo que você não teve participação.

— E é justamente por isso que eu vou ficar me lamentando pelo resto da noite — Sina enfatizou — Por não ter tido participação. Eu queria poder ter te ajudado antes.

— A sua preocupação com as pessoas me assusta — Heyoon comentou — Obrigada por se importar. Ninguém nunca fez isso.

— Estarei sempre aqui — Ela assegurou e sorriu — Agora eu preciso ir, até amanhã.

— Até amanhã. — Heyoon respondeu e então entrou em casa. Sina observou a silhueta da garota sumir e caminhou até o carro, onde entrou e viu sua amiga cochilando com a cabeça no vidro.

— Aí, Saby— Ela cutucou sua amiga — Acorda, vamos embora.

— Hm, o quê? — Sabina murmurou enquanto se despertava — Pensei que fosse aproveitar essa amizade repentina e fosse dormir aí.

— Não começa — Sina advertiu — Agora vamos logo porque estou com cansada e com sono.

[...]

O cheiro de ovos com bacon já podia ser sentido por Sina. Deitada sobre a cama, com seu pijama de bolinhas brancas, assistindo um filme qualquer, a loira se recusava a se levantar, mas ao sentir o cheiro de comida, prontamente se pôs de pé em um sobressalto.

— Bom dia, mãe. — Ela beijou a bochecha de sua mãe assim que chegou na cozinha.

Alex era enfermeira em um hospital próximo, trabalhava todos os dias sem exceções, no entanto, ficava em casa na parte da manhã, o que possibilitava à ela a chance de fazer o café de seus três filhos. Sina, a do meio, Sofya, a mais nova e Josh, o mais velho. Ambos com apenas dois anos de diferença na idade.

— Bom dia! — Ela respondeu com um sorriso.

— Chame os meninos, eles ainda não desceram. — Dito isso, Sina assentiu e gritou em alto e bom som por seus irmãos, no meio da cozinha.

— Se fosse para gritar eu mesma teria gritado, Sina Deinert! —Alex advertiu e pôs as mãos na cintura.

— Me desculpe — A loira tentou acobertar sua risada vendo a expressão indignada de sua mãe — Mas assim eles acordam de verdade.

— Claro, até os vizinhos! — Sua mãe ironizou e voltou a preparar o café da manhã.

Sina, sua mãe e seus irmãos tomaram café após todos aparecerem devidamente despertados e arrumados para ir à escola. Quer dizer, Sina e Sofya sim, Josh iria para o trabalho.

Ambos comeram em silêncio até que Sina resolveu anunciar suas aulas de reforço.

— Mãe, eu vou ficar na escola até mais tarde, tem problema? — Ela perguntou receosa enquanto tomava seu suco de maracujá.

— Desde que me dê bons motivos para isso — Alex cruzou os braços sobre a mesa — Não, não tem.

— Farei aulas de reforço. — Ela esclareceu num sussurro.

— Por que precisa de aulas de reforço? — Sua mãe arqueou as sombrancelhas. Para ela, sua filha estava com as notas impecáveis.

— Para reforçar meu conhecimento? — Sina zombou, mas recuou quando viu o olhar fúnebre de sua mãe sobre sí — Eu só preciso de uma ajuda com algumas matérias. Nada demais.

— Tudo bem — Alex deu de ombros — Mas se eu souber que você está fazendo outra coisa além disso, você sabe o que irá acontecer. — Ela ameaçou.

— Pode deixar, chefia. — Sina sorriu com língua entre dentes.

E assim, após o café, Sina seguiu caminho para onde estudaria por duas horas à mais do que o necessário.

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olá gatenhos, espero que tenham gostado  do cap

hj tem uma maratonazinha então até mais tarde.

bjss