Yawgmoth, Parte I

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O Pai das Máquinas. O Inefável. O Lorde das Trevas. O Oculto. O Senhor dos Ermos. Quase toda cultura de Dominária tem um nome para ele. Os benalianos acreditam que ele é um monstro inumano com a habilidade de inflamar campos com o olhar. Os mercadianos o reverenciam como um senhor benevolente. Os escolásticos de Nova Argive pesquisaram seu nome como o de qualquer outro mito. Os Ru-noranos o temem como uma ameaça sombria de seu passado. Ele é todas essas coisas. Ele é mais. Nada foi mais temido na história do plano de Dominária do que ele. Nações tremem a seu verdadeiro nome. E seu medo é justificado, uma vez que ele é Yawgmoth.

O deus de Phyrexia nasceu como um mero homem mortal durante o reinado dos Thran, o mais avançado povo de Dominária. Por volta de 2000 a 5000 anos antes do nascimento do planinauta Urza, Yawgmoth devotou sua vida a curar o corpo humano de qualquer modo que pudesse. Yawgmoth acreditava que o corpo humano era um intrigado construto orgânico, cada doença ou defeito físico era causado por bactérias ou vírus, e não espíritos malignos. Entretanto, sua genialidade veio junto de uma insaciável sede por poder e da crença de que ele sozinho deveria conquistar tudo. As ideias de cura de Yawgmoth eram tão revolucionárias que o levaram a ser exilado pelo Império Thran. O império jamais se recuperaria de sua decisão. Nesse dia eles conheceram a ira de Yawgmoth.

Yawgmoth vagou pela terra espalhando sua visão onde quer que fosse. Sua jornada o levou para o longínquo reino dos anões das Profundezas de Oryn e lá ele infectou os anões com uma praga vil. Após fugir do reino, a nova jornada de Yawgmoth o levou para o continente florestal de Argoth, onde ele manteve a sacerdotisa élfica Elyssendril Lademmdrith e sua comitiva cativa. Yawgmoth infectou os elfos com um vírus mortal e pediu resgate pela cura. Após o resgate ser pago, Yawgmoth silenciosamente deixou Argoth em miséria. Depois disso, o futuro deus libertou uma praga mortal sobre os minotauros de Talruuan apenas para observar maravilhado seus efeitos. Yawgmoth então viajou para Jamuraa, onde infectou totalmente a classe dominante de uma tribo de gatos guerreiros com uma variante mortal da raiva. Ele então envenenou as tribos humanas de Gulatto Meisha apenas por capricho. Sua próxima vítima foi o Bey Viashino (o chefe dos viashinos), que foi encontrado dissecado após aceitar o curandeiro em sua casa.

Essas atrocidades não eram nada. Sua vingança contra os Thran era tudo o que importava. Chegaram aos ouvidos de Yawgmoth de que o gênio Glacian, um dos culpados por seu exílio, estava morrendo devido a uma doença que nenhum curandeiro pôde identificar. Aparentemente, um homem doente empunhando um cristal havia atacado Glacian em seu laboratório. Yawgmoth percebeu que seu banimento seria revogado se ele descobrisse a causa da doença e a curasse. Ele sorriu e dirigiu-se para a metrópole Thran de Halcyon.

Yawgmoth chegou a Halcyon como um mendigo, com sujeira em seu manto esfarrapado como se fosse um estranho aos Thran. Ele sairia como um ancião. Ele sairia como um monarca. Ele sairia como uma divindade. Nos portões de Halcyon estava Rebbec, arquiteta chefe dos Thran e esposa do doente inventor. Rebbec recebeu Yawgmoth como uma serpente em seus seios. Quase que imediatamente, Yawgmoth apaixonou-se pela bela arquiteta. Ele estava ligeiramente menos impressionado pela cidade que ela havia construído. Halcyon não era apenas uma próspera metrópole, era muito mais que isso. A cidade inteira era energizada por uma revolucionária nova invenção conhecida como powerstones (pedras do poder). Essas powerstones, uma vez carregadas, permaneciam eternamente funcionando. Yawgmoth descobriu que antes de Glacian ficar doente ele estava trabalhando na descoberta dessas powerstones.

“Fique comigo, ‘ você disse, e toda essa cidade será sua’. Eu estou ficando com você.”

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