Demônios - Zurena

O Casamento

Autora ON
Finalmente volteiii! KKKKKKKK
Tenham uma boa leitura! Quero ver suas reações hein! 🥰🥰🥰🥰

4 meses atrás...

POV MACARENA

1 mês já havia se passado desde que tive aquela discussão com Zulema e a deixei sozinha lá, voltando para Madrid, na casa de Cachinhos.

1 mês que não a via mais e sequer ouvia seu nome ser pronunciado, mas ainda assim não conseguia tirar ela da minha cabeça.

Meu bebê já tinha 4 meses, estava em um tamanho já grande e minha barriga já estava bem inchada, mostrando à todos que estava grávida e me permitindo pegar a fila preferencial em mercados e lotéricas, além de poder sentar nos ônibus lotados.

Eu andava sempre disfarçada, com óculos de sol, peruca e maquiagem, completamente irreconhecível, afinal, eu ainda era muito procurada pela Espanha.

Eu poderia fugir de lá e ir para outro local onde não precisasse passar por aquilo, mas Cachinhos e Saray, além das outras meninas que eu via raramente, eram as únicas pessoas que eu tinha.

Não aguentaria ir para um lugar novo onde não conhecesse ninguém e fosse só eu e meu bebê contra o mundo.

Além disso, havia um único lugar para o qual eu poderia ir, e ele se encontrava há milhares e milhares de quilômetros de Madrid, e aquele era o único lugar onde eu não podia ir.

Eu chorava praticamente todos os dias, o dia todo por causa da saudade que eu sentia de Zulema.

Aquela árabe maldita havia feito eu me apegar demais à ela, eu havia me tornado completamente dependente de seu cheiro, seu sorriso e seu toque. Eu me sentia em uma verdadeira "desintoxicação", assim como os viciados em drogas passavam.

Saber que nunca mais nos veríamos, e que provavelmente ela já estivesse com outra pessoa e já tivesse me esquecido, me doía de um jeito descomunal.

Eu sentia ataques de ansiedade constantemente por causa daquilo, sentia que meu coração poderia explodir a qualquer momento e meu corpo inteiro tremia freneticamente.

Eu agradecia muito por meu bebê estar vivo. Após tudo o que eu passei, todas as fortes emoções e as coisas que eu fiz ela passar, ela deveria estar morta.

Mas ela foi forte e não desistiu de mim, e eu sabia que seria a melhor mãe do mundo pra ela, faria com que ela não precisasse de um pai ou de outra mãe. Seríamos tudo o que a outra tinha e aquilo nos bastaria.

- Maca! - Cachinhos me chama, me tirando dos meus pensamentos.

- Eu sei que você está grávida e tudo, mas pode por favor ir na padaria hoje quando conseguir e comprar essas coisinhas? - Ela diz apressada me dando um papel enquanto calçava o sapato.

- Vou sim, não se preocupe. - Digo me sentando na cama.

- Obrigada. O dinheiro está na mesa da cozinha. Vejo você depois. - Ela diz e sai pela porta, indo trabalhar.

Suspirei e voltei a deitar. Coloquei um filme na TV e tentei assisti-lo, mas não tive muito sucesso.

Algumas horas meus pensamentos iam para outro lugar e outras horas eu cochilava. Realmente não prestava para fazer aquilo.

Eu comecei a sentir bastante fome e um desejo de comer coxinha surgiu na minha mente, fazendo eu me levantar e me arrumar para ir na padaria, onde compraria as coisas que Cachinhos pediu e a minha coxinha.

Coloco um vestido florido bem larguinho e confortável que escondia um pouco minha barriga e não a apertava e peguei as chaves e o dinheiro em cima da mesa, entrando no carro e indo até a padaria.