Então ele riu.

- Nos vemos no inferno, sua...

Ele não termina sua frase, pois eu corto a cabeça dele. Ao longe ouço passos de botas, provavelmente quatro membros da CCG. Sempre atrasados...

Recolho minha kagume e vou em direção da mulher que estava caída na parede. Ela estava desacordada, mas provavelmente ia ficar bem.

Escalo o muro e subo em um dos prédios baixos daquele beco e espero as pombas numa altura segura. Quando eles chegam na cena e encontram o corpo começam a olhar em volta até me encontrarem, mas não conseguiriam me alcançar.

- PARADA AI!- um deles grita e então eu viro de costas - NÓS VAMOS TE ACHAR, RAPOSA BRANCA!!!

Então eu saio do local como se não fosse comigo. Me certifico que não estou sendo seguida e retiro a mascara e o capuz. Solto um suspiro. Minha perna ainda está sangrando. Minha regeneração nunca foi grande coisa, mas parece estar ficando cada vez pior. Isso é por um motivo. Sempre que um ghoul tem um fiilho com um humano as habilidades da criança tem qualquer tipo de variedade. No meu caso, diferente de todos os outros ghouls eu consigo sentir o gosto da comida humana e me sustentar com ela por até seis meses. Eu odeio comer carne humana, mas se não fizer isso provavelmente vou acabar enlouquecendo, afinal, a última vez que comi carne humana foi a cinco meses.

Vou mancando até meu pequeno apartamento. A essa hora da noite não tem ninguém acordado, mas mesmo assim subo pelas escadas externas. Assim que entro pela janela do meu quarto começo a tirar a capa e deixo ela e a máscara em cima da cama. O apartamento é bem pequeno, mas é o suficiente para mim. Vou até o banheiro e tomo um banho rápido. Depois pego uma caixa de primeiros socorros. Começo a fazer curativos em todos os meus arranhões. Isso deve auxiliar a regeneração e caso ainda tenha algum vestígio deles amanhã uso a desculpa de sempre: " eu cai da bicicleta!"

Depois coloco um pijama e sinto minha barriga roncar. Minha perna ainda está doendo e são quase três da manhã, eu não vou cozinhar a uma hora dessas. Abro um pacote de batatinhas e me jogo no sofá. Ligo a televisão e assisto qualquer coisa que esteja passando a essa hora, e assim que as batatinhas acabam eu desligo a televisão e vou direto para a cama.

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- Adhara... Minha garotinha! -Mamãe me segura em seu colo enquanto acaricia meu cabelo. - Você precisa dormir, está muito tarde!

- Mas eu não quero! Eu não estou com sono! - digo cruzando os braços- eu não vou dormir nunca, nunca, nunca!!!

- E se eu contar uma história hm?

- Qual história mamãe?- digo curiosa.

- Só ouvindo pra saber!

Então eu me deito na cama, mamãe se senta do meu lado e me cobre.

- Era uma vez, uma raposa. Seus pelos eram todos brancos e ela morava em uma terra muito, muito gelada. Um dia, a raposa olhou a sua volta e disse: " Todo dia é esse inverno, essa neve! Eu cansei desse lugar, vou para um lugar quente e com bastante sol!"
Então a raposa saiu de sua toca e andou. Andou por horas, dias, semanas, e quando chegou a terra quente, estava muito cansada. Os outros animais, por não conhecerem aquela raposa não ajudaram ela, então, vendo que aquele lugar era diferente do que estava acostumada, ela voltou para casa, e foi recebida por todos os bichinhos que moravam nas proximidades.
Sabe o que isso me lembra meu amor?

- O que mamãe?

- Que você sempre vai poder voltar para casa, minha raposinha branca, e eu e o papai vamos sempre estar esperando por você.

White Fox 。*゚+Tokyo Ghoul fanfic 。*゚+Where stories live. Discover now