Capítulo 7

612 24 2
                                    

Leonor

Estava com a faca na mão e a chorar pronta a fazer uma loucura quando a minha mãe bateu a porta.

Mãe: Leonor tás-me a preocupar. Responde por favor. Abre esta porta ou vou pedir ao teu pai para a abrir a força.

Eu fiquei a olhar pra porta e a chorar. Vi o meu pai a fazer força na fechadura e quando conseguiu abrir a porta a minha mãe entrou e ficou a olhar pra mim.

As lágrimas vieram-lhe aos olhos quando me viu com uma faca na mão.

Eu vi a faca e larguei-a, não me lembro de agarrar nela! Como é possível? Aquilo meteu-me medo, não da faca mas sim de mim. Eu tinha medo de mim

Abracei a minha mãe e pedi-lhe desculpa. Não sabia o que estava a fazer. O meu pai também ficou espantado mas não disse nada. Eu percebi que me ía arrepender se fizesse alguma coisa. Não pelo Ruben mas sim pela minha familia e especialmente para a minha irmã de 4 anos.

E o Rui? Como ele ía ficar quando soubesse que me tinha suícidado?

Quando larguei a minha mãe fui com ela até à cozinha mas não consegui comer nada, apenas uma maça que e ela achou um bom começo.

Quando voltei para o quarto liguei o computador. Queria ver se agora o Ruben tinha internet. Ele estava on mas não lhe falei, fui simplesmente escrever coisas que sentia e por como foto de perfil uma em que eu não eatava a sorrir.

Recebi um comentário de outra foto onde estava de bikini que dizia "estás bue gira" e fui ver quem era. Também achei o rapaz giro mas n sabia quem era. Ainda por cima de Cascais?

Perguntei-lhe quem ele era e ele levou a mal porque disse que eu só perguntei porque tinha comentado a minha foto. Depois fiquei a conhece-lo melhor.

Com isto de estar a conhecer uma pessoa nova acabei por me esquecer do que ía fazer a momentos atrás. Ele chamava-se João Pedro e tinha uma vida pior que a minha. Acabei por desabafar a raiva e a tristeza toda que tinha do Ruben.

Ele apoiou-me e nessa noite fizemos direta porque além de nos conhecermos só à um dia ele não me quis deixar sozinha e como eu não ía conseguir dormir ficamos os dois.

Falamos de tudo e tornamo-nos bons amigos.

Foi neste dia que o Ruben me veio falar.

==Facebook on==

Ruben: Oi tudo bem?

Leonor: Ola, não

Ruben: Então que se passa?

Leonor: Tu sabes o que se passa. Perdi-te e ía fazer uma loucura por ti mas a minha mãe evitou que eu fizesse alguma coisa.

Ruben: O que ías fazer?

Leonor: Queres mesmo saber?

Ruben: Sim.

Leonor: Tinha uma faca na mão e só pensava de quando te disse que morria por ti.

Ruben: ...

Leonor: Ao menos já não sofria mais.

Ruben: E achas que eu te queria magoar? Eu ainda estou aqui par te ajudar. Não fassas nada disso.

Leonor: Mas não chega para o que sinto.

Ruben: Desculpa.

Leonor: Amo-te e não vou desistir de ti. Vais dar conta que estás a cometer um erro.

Ruben: Talvez.

==Facebook off==

Quase descutimos um com outro. Vai ser sempre assim?

Decidi deprimir com música triste e imagens. Uma imagem chamou-me a atenção: um pulso cortado com a frase "Fiz por ti e não me arrependo." e não sei porque estáva uma afia na mesinha de cabeceira ao pé de mim.

Pensei bem no que ía fazer. Era a única forma que tinha de sofrer menos para os meus olhos. Além disso e Ruben também já tinha feito isso pela ex-namorada dele.

Então olhei para a imagem, para a foto dele no telemóvel, para a frase e.....

SuicidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora