02. Duas vidas

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Eu não diria que é fácil amar, nem ser amado, isso requer muitos outros requisitos, e não importa o que dizem por aí, só o amor não é suficiente

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Eu não diria que é fácil amar, nem ser amado, isso requer muitos outros requisitos, e não importa o que dizem por aí, só o amor não é suficiente. Talvez essa seja a razão pela qual os deuses escolheram que as pessoas teriam muitas oportunidades de encontrar e reencontrar sua alma gemêa, sua outra ponta do fio do destino.

Mas nunca disseram que isso seria fácil.

Só o amor não é suficiente. É sempre bom frisar.

Os deuses não jogam com as vidas como quem joga dados, eles deixam as peças e as pessoas jogam com suas próprias vidas, fazem as próprias escolhas, escrevem o próprio destino, definem o que é importante, mas como peças caindo em um efeito dominó, escolhas têm consequências. E jogo tem regras.

Na primeira vida duas almas vão se encontrar facilmente, como vizinhos talvez, mas na segunda vida, como em uma segunda fase de jogo a dificuldade fica elevada, talvez nasçam em cidades diferente, talvez nasçam com diferenças que pareçam dificuldades, ou não só pareçam, mas algo que os motive a lutar mais do que antes.

As almas ligadas vão sempre se reconhecer, as consciências atuais vão sempre precisar se conhecer.

Em um fim de tarde, em um bairro de Nova Iorque o qual Taehyung não costumava visitar, não sabendo o que o levou exatamente a estar ali, só pegou o carro de luxo na garagem e começou a dirigir sem rumo, passando pelos bairros, pelas pessoas por outros carros, por horas até que precisou abastecer e foi assim que se viu obrigado a parar em um posto antigo de um bairro pobre do subúrbio.

Abasteceu o seu carro, mas decidiu adentrar a pequena conveniência, já estava lá mesmo, a escolha dele não era mais do que o traçar já escritos por um deus, guiado por um cupido, um cupido o levou até ali, secretamente mexendo com sua cabeça. O motivo por trás disso, Jeon Jungkook, era o momento deles se encontrarem. Reencontrarem.

Agora, era com eles e só com eles.

Taehyung pegou alguns chocolates e um refrigerante qualquer colocando tudo no balcão do caixa sem se preocupar em dizer um simples "boa tarde" a pessoa que lhe atendia, Jungkook disse, mas foi ignorado. Tae não o olhou sequer na hora de pagar a conta, tirou algumas notas do bolso e deixou no caixa pegando sua sacola e indo embora sem olhar para trás.

Mas foi alcançado na porta, parou quando sentiu uma mão forte segurando seu braço.

— Desculpa senhor. — O atendente diz soltando o braço. — Mas o senhor ia deixando o troco...

— Não preciso do troco. — Taehyung diz o interrompendo enquanto finalmente vira para olhar com quem fala.

— Mas está esquecendo isso também... — Jeon estende uma pequena medalha de ouro com o símbolo do yin-yang gravado, Tae estende a mão para pegá-la confuso sobre como isso tinha ido parar com o outro, seus dedos se encontram e como se uma pequena corrente elétrica passasse ali e eles finalmente olham um nos olhos do outro.

Três vidas de um amor || shortfic || TaeKookWhere stories live. Discover now