Capítulo 49 - Coma

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Nem todas as formas de amor são puras e normais, como nos contos de fada. O amor é um sentimento que possuí vários significados e cada um tem sua forma de amar.

Assim como cada um sonha com uma forma diferente de ser amado.

Eu nunca quis um amor normal, nunca quis ser amada convencionalmente. Por isso eu achei que jamais sentiria amor por alguém.

Mas na verdade, o que eu sempre quis, era um amor louco. Um amor insanamente intenso, ao ponto de ser doentio.

Por que? Isso não é saudável, pessoas normal não querem isso.

Mas foda-se. Eu nunca fui normal, eu quero ser loucamente desejada, quero alguém que faça loucuras por mim, mas que seja incapaz de me machucar ou me matar.

Eu encontrei um amor assim? Um amor diferente e nada saudável?

Sim, eu encontrei... Encontrei com Edward.

Eu matei alguém por ele e eu realmente faria isso quantas vezes fosse necessário e sei que ele faria o mesmo por mim. Somos dois fodidos e doentes, fomos feitos um para o outro.

Sempre achei que se eu matasse alguém eu sentiria remorso, mas quando matei o Edmund, eu me senti estranhamente satisfeita.

Passei tanto tempo pensando em curar o Edward... Por que não pensei em adoecer do lado dele?

Meu Deus... Que pensamentos são esses que estou tendo? Eu morri e vim para o inferno? Fui corrompida de vez pelo mal?

Abro meus olhos lentamente e os sinto pesar como se tivesse tomado remédios pra dormir e tivesse dormido por muito tempo

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Abro meus olhos lentamente e os sinto pesar como se tivesse tomado remédios pra dormir e tivesse dormido por muito tempo.

Olho em volta e estou em um local estranho e desconhecido.

Não é um hospital, não é um quarto...

É uma gaiola.

- Bom dia, Mon amour. - Ouço uma voz terrivelmente sexy de borrar calcinhas. - Espero que tenha dormido bem...

Olho para o canto da sala onde estou e vejo Edward com os braços cruzados e uma perna dobrada encostado na parede.

Está sexy como o inferno.

Sua barba estava por fazer e suas feições pareciam bem mais velhas, ele estava a cara do Edmund e isso me incomodou inicialmente, porém seu olhar Doentio sobre mim é inconfundível.

- Bom dia... Por que estou em uma gaiola?

- "Bom dia, mestre" pra você... Toda vez que não me chamar assim, vai ter punição.

Eu não sei porque, mas todo esse jogo de punição me deixou muito excitada.

- Sim, Mestre.- Digo entrando no jogo dele.

- Boa garota... Deve estar confusa. - Seu olhar se suavizou. - Você esteve em coma por mais ou menos 8 anos.

Eu engasgo.

- O-o que! - Digo sentindo sentindo falta de ar.

Edward vem até mim e abre a gaiola me tirando de dentro dela com cuidado.

Percebo que não lembro como andar, mas Edward preveu isso e me pegou no colo.

- Calma, respire lentamente... Você acabou adquirindo alguns problemas cardíacos, a faca passou raspando no seu coração e deixou sequelas. - Ele diz preocupado.

Ele para de falar de repente e depois continua.

- Quer dizer, você lembra o que aconteceu?

- Lembro de tudo, como se tivesse acontecido ontem! - Digo tonta.

- Mas foi há 8 anos atrás... - Ele diz e parece sentir dor quando se lembra.

Ele me leva até um quarto que tem logo após sairmos da sala em que estávamos e me coloca diante de um espelho.

Eu estou visivelmente mais velha, porém a diferença parece de uns 4 anos, talvez 5... 8 anos é bem chocante eu jamais pensaria que se passaram tantos anos. Eu atualmente devo estar com 33 anos ou algo próximo disso.

- Edward... Você cuidou de mim todo esse tempo? - Pergunto por que meu rosto e meu cabelo estão impecáveis. Melhor do que quanto eu mesma cuidava deles.  Porém, meu cabelo está muito muito grande, está batendo quase nos meus joelhos e eu me sinto uma rapunzel. Preciso cortá-los.

- Sim... - Ele diz tímido. - Não houve um só dia que não cuidei de você.  Nos primeiros anos teve que ser no hospital, você só respirava usando aparelhos, mas assim que começou a respirar sozinha, te trouxe pra cá e cuidei de você eu mesmo.

Eu estava... Comovida? Emocionada? Isso se chama ternura também?

Eu chorei, chorei de emoção e o abracei.

Ele retribuiu o abraço com uma intensidade ainda maior e me beijou louca e possessivamente em seguida. Foi quando percebi que ele também estava chorando.

- Eu senti tanto a sua falta, Annelise... Cada maldito dia desses 8 anos... Eu senti saudade da sua reação, da sua voz, das suas ações.  Tive tanto medo que não retornasse... Mas há alguns meses você deu alguns sinais que iria acordar, e com um bom medido conseguimos precisar bem quando você acordou.

- Parece que temos muito o que falar. - Digo limpando suas lágrimas e depois as minhas.

- Eu não quero conversar agora... Quero te forder... Muito... Depois a gente conversa.

- Sem objeções, mestre. Foder primeiro, conversar depois. - Digo e ele sorri e depois captura meus lábios novamente, encerrando o assunto.

Amor Doentio Where stories live. Discover now