- Oi, minha querida! Que saudade que eu estava de ti – minha avó me abraçou apertado.
- Eu também, vovó! De você e do seu bolo – sorri e ela gargalhou.
- Minha neta! - meu vô me abraçou.
- Que saudade! - o abracei apertado. Ele era uma das pessoas que eu mais sentia falta.
- Thali! - Cecília veio com tudo para cima de mim.
- Gente! Nesses dois anos tu conseguiu crescer quatro centímetros. Parabéns! - ergui a mão para o high five, zoando a minha prima.
Ela bateu sua mão na minha, mas mostrou a língua.
- Parecem que tem dez anos – minha tia disse sorrindo e veio até mim. - Thalita! Tu fez muita falta, guria.
- Senti muitas saudades de ti. De vocês, na verdade – abracei ela e meu tio. - Cadê o Théo?
- Serve eu? - chegou de supetão, por trás de mim, pegando em minha cintura.
- Ai que susto! - virei-me para ele e o abracei – Que saudade que eu estava!
- Tu precisa me pôr a par de tudo o que aconteceu nesses dois anos...
- Nos pôr a par de tudo! A senhorita parou de fazer contato - minha prima se enfiou no meio de nós dois.
- Podem deixar que eu falo, embora não tenha muita coisa para contar...
Eles me lançaram olhares suspeitos, o que me fez rir. Conversamos, enquanto pegávamos nossas malas e nos dirigíamos até o carro.
🌹 🌹 🌹
- Como assim, Thalita? - meu primo perguntou exasperado – Nenhum crush? Nenhum sequer? Duvido!Já havíamos chegado em casa fazia algum tempo. Não tinha tido a oportunidade de ver tudo, mas como voltamos para a mesma residência de antes... nada tinha mudado.
- Eu te juro! Nenhum! - eu disse, dando risada – Na verdade, me sentia melhor vendo outros casais se formarem do que procurar um para mim.
- Isso é bem tua cara mesmo – Cecília disse sorrindo. - Mas e aquele cara que tu estava conversando no aeroporto?
- Eu sabia! Viu? Não era possível seu coração não ter saltitado por ninguém, eu sabia! - Théo comemorou.
- Quem? O Giovanni? Não gente...
- "Não gente, não gamei ainda, mas daqui a pouco vai, tudo bem?" - joguei uma almofada nele.
- É sério! - sentei-me no sofá que era de frente para a cama que eles estavam sentados – Ele é só um guri que eu trombei uma vez na vida e provavelmente eu nunca mais vou ver. Eu não gostei mais de ninguém desde... enfim, estou bem tranquila!
Eles me olharam de forma cautelosa. Aprendi a ter aversão a aquele olhar.
- Vais para a escola já ou terminou o ano? - Ceci perguntou, tirando a gente de uma situação desconfortável.
- Não terminei – tentei voltar o meu sorriso. - Provavelmente vou voltar a estudar em algum momento, mas ainda não sei aonde...
- Thalita... - minha mãe apareceu na porta do meu quarto me interrompendo – posso conversar contigo?
- Oi mãe, pode sim – olhei para ela com mais atenção. - Nossa, estás com uma cara estranha... o que foi?
Ela olhou para os meus primos como se pedisse alguma coisa. Eles apenas se olharam.
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Apenas Um Acaso...?
Spiritual"- Não, não, não não, não! - desesperei-me, apertando o botãozinho que tem ao lado da cama e indo em direção a porta - Enfermeira! Doutor! Alguém, por favor, ajuda! Voltei até a cama onde estava e começei a colocar a mão em seu rosto. -Por favor, nã...