Imagine - Jack Frost × Leitora

Harper

Acordei com o alarme tocando, às 05:00 da manhã, ah, mas por que tão cedo? Porque eu queria antes de tudo pesquisar mais sobre o Mothman, eu queria ajudar, fui chamada pra isso... Primeiro as crianças, depois eu tentaria descobrir tudo sobre mim, talvez ter tempo para um surto real... Às vezes eu acho que sempre quis que algo de natureza mágica acontecesse comigo. Na real, sempre foi isso, acho que todo mundo que é um pouco mais imaginativo espera isso.

JF: O que? - disse o garoto com a voz carregada de sono

S/N: Pode dormir Jack, v-você fica realmente muito fofo assim haha.

Me levantei da cama e abri o notebook cinza, estava preocupada, ansiosa, não sei muito bem, o frio do quarto me deixava com a maior vontade de voltar a deitar, mas era o momento de focar.

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POV: Harper

Aquela putinha mentirosa me paga! Ela tá me ignorando, a troco de quê? O que eu fiz? Era pra ela ficar comigo ontem, desmarcou, ela tinha que me responder, e não responde, EU TÔ UMA PILHA DE NERVOS!

Minha mãe vai começar a achar que ela tá me dando um bolo... Ela tá? Tá. Mas mamis vai começar a achar ela uma má amiga. não seria por mal, mas depois do que aconteceu no jardim de infância, ela tem muito cuidado com as minhas amizades.

Quando eu tinha 5 anos, entrei pela primeira vez numa escolinha de verdade. No primeiro dia eu fiz 2 amiguinhas, Dunny e Claire. Na quinta perguntei à minha mãe se elas poderiam ficar lá em casa um pouco, ela deixou, e disse que até ia preparar algo para comermos. Eu estava super feliz. Na sexta minha mãe foi pessoalmente buscar eu e as meninas. Quando a mãe da Claire olhou pra minha mãe, fez cara feia e disse que a filha dela não poderia mais brincar em nossa casa ou comigo, disse que tinha me conhecido e que não sabia que eu tinha sangue podre, ela disse mais coisas horríveis, tudo isso pra uma mulher negra e uma criança de 5 anos. Eu comecei a chorar ali mesmo, no fim, Dunny veio brincar em casa, mas eu já não estava feliz pelo resto do dia... Pelo resto do mês.

Eu fui adotada aos meus 7 meses de vida e desde sempre eu soube que era adotada, não só pela diferença de cor entre mim e minha mãe, mas porque ela sempre deixou claro que eu não tinha nascido da barriga dela, mas ela continuava minha mãe. Ela disse que também não sabia nada sobre meus pais ou quem eram, quem tinha me deixado no grande portão antigo do orfanato Hathaway's House: For Kids.

Enfim, levei tempo para me recuperar do acontecido.