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f o u r t e e n

— Estou feliz por eles — disse Taeyong. — Casar deve ser muito bom.

— Talvez um dia a gente possa casar também — disse Ten, segurando firme a mão de Taeyong. — Você é a única pessoa que me fez pensar isso.

Taeyong sorriu, e o puxou para um beijo apaixonado. Estar com Ten era tudo o que queria, só ele era capaz de fazê-lo feliz. E se precisasse enfrentar o mundo para que isso acontecesse, assim seria.

Assim que chegaram na casa de Taeyong, foram direto para o quarto, tomando cuidado para não tropeçarem em nada, pois estava tudo muito escuro. Ten carregava suas malas, e cuidava para não fazer barulho, para não acordar os funcionários da mansão. Ainda era estranho viver com pessoas cuja função era servi-lo, mas tinha esperanças de convencer Taeyong a vender aquela casa enorme e ter algo apenas para eles, e Jiwoo, pois sabia o quanto ela era especial para Taeyong.

Ao chegarem no quarto, Ten largou suas malas no chão e puxou Taeyong pela cintura. O beijar era a oitava maravilha do mundo, e nunca iria se cansar daquilo. Os dois foram se beijando até chegarem a cama, onde Taeyong ficou por cima de Ten, abrindo sua jaqueta. De repente, a luz do quarto foi acesa, revelando Jaehyun, que os olhava com um sorriso nos lábios.

— Esperem, deixem eu pegar uma câmera pra gravar esse pornô.

— O que você faz aqui, seu verme? — Taeyong pulou de cima da cama, com ódio puro em seus olhos.

Ten se encolheu na cama, era só o que faltava.

— Eu vim pegar minhas coisas, não posso?

— Eu joguei tudo fora, perdeu seu tempo.

— Ah, como você é mal, Tae — Jaehyun sorriu mais uma vez. — Mas acho que não perdi meu tempo, Ten está aqui, ele merece ouvir o meu lado da história.

— Do que você está falando? E como você entrou aqui?

— Ten — chamou Jaehyun, ignorando Taeyong completamente. — Você sabe porque Taeyong voltou de viagem assim, tão repentinamente?

— Não quero ouvir o que você diz, Jaehyun — respondeu Ten, finalmente se levantando.

— Bom, acho que você já sabe, eu o encontrei no meio da viagem, amargurado, e eu o ajudei a se recuperar, a ficar livre dessa obsessão louca que ele tinha por você. Só voltamos para acabar com a sua felicidade, queríamos que você e Johnny fossem o mais infelizes possível...

— Jaehyun! Chega! — Taeyong gritou.

— Calma, nem cheguei na melhor parte! Iriámos fazer vocês se separarem, eu iria voltar a foder aquela bundinha gostosa do Johnny enquanto Taeyong acabaria com a sua sanidade mental a ponto de você se questionar o que realmente sente. Lembra Tae, o quanto nós ríamos dos dois pombinhos enquanto eu te fodia?

— Taeyong... — sussurrou Ten, baixinho.

— Mas eu sabia que tinha alguma coisa de errado. Taeyong ficou um bom tempo sem me procurar, e eu sabia que tinha alguma coisa com você, depois daquele encontro na lanchonete. Então, eu tive que agir, comecei a sair com Johnny todas as noites, transávamos em todos os lugares possíveis, até anteontem, onde eu finalmente consegui acabar com vocês. E Taeyong sabia de tudo isso, ligava pra ele todas as noites contando das minhas aventuras... a gente se divertiu muito, não é Tae?

— Cala essa porra de boca!

Taeyong desferiu um soco certeiro em Jaehyun, que caiu para trás, tonto. Ele estava furioso, e começou a dar chutes nas costelas do rapaz caído, enquanto Ten apenas olhava a cena, sem expressar nenhuma emoção. Estava num misto de raiva e decepção, era muito para sua mente poder processar de uma só vez. Por isso, apenas assistia Taeyong bater em Jaehyun, que não reagia à agressão.

— Você... — um chute — ... lave a sua boca... — outro chute, Jaehyun cuspia sangue — ... para falar de mim! 

— Eu apenas falo a verdade... — respondeu Jaehyun, tentando sorrir.

O rapaz finalmente deu seu golpe final, caindo no chão, exausto e chorando. Jaehyun se levantou com dificuldade, ainda ostentando seu sorriso de escárnio. Tirou dos bolsos um molho de chaves e as jogou em Taeyong.

 — Só vim devolver as suas chaves, foi assim que entrei... — começou a andar em direção da porta, e ninguém o tentou impedi-lo. — Boa noite para vocês...

Nenhum dos dois que restaram no recinto disseram uma palavra por longos e torturantes minutos, até Ten começar a se mover, pegando suas malas e indo à porta.

— Ten, por favor... — chamou Taeyong, se levantando para alcançá-lo.

— Taeyong não, me deixe — respondeu Ten, curto e grosso. — Apenas me deixe ir.

E ele deixou.