Capítulo 5

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Tinha se passado alguns dias, e desde aquela noite com Bright e eu tinha sumido da faculdade. Isso mesmo, o grande Win Metawin, o príncipe do inferno, temido por todos, agora estava com receio de encontrar alguém, que passou a noite.

Ele sabia, no fundo do seu ser, que ele era diferente, e após a conversa que teve com o Dew, há alguns dias atrás, só confirmaram, o que ele já temia, ele está meio apaixonado e isso muda tudo? 

Jirawat chegou dois dias depois daquela noite, não parava de perguntar, o que tinha acontecido, muito curioso. E por ser o filho da luxúria, aquele diabinho, consegue ver todos que ele quiser no ato. Porém ele esqueceu que eu sou filho do demônio rei, e por isso tenho controle sobre todos os pecados capitais e não apenas de um, como ele.

Bloqueei sua visão naquele dia e ele estava bastante irritado. Depois de me importunar por horas cedi e contei sobre o que tinha rolado e ao contrário do que imaginei, ele levou algum tempo para digerir tudo e apenas disse, que eu me apaixonei. Que faria sentido, se até meu pai se apaixonou por uma humana, eu não seria tão diferente dele.

Não gosto muito de falar da minha mãe, eu não a conheci, ela morreu no parto. Dizem que meu pai sempre foi ruim, até porque que ele é, não é? Mas na época que ele a conheceu, tinha um brilho diferente nele e tudo sumiu, quando eu nasci.

Charlotte está no meu colo, dormindo tranquilamente enquanto eu estou aqui relembrando essa conversa, pensando onde fui me meter, o prazo do acordo está chegando ao fim e eu não sei qual caminho devo tomar. 


O que eu vou fazer quando finalmente encontrar ele? Uma hora isso vai acontecer… Seguro a Ame nos meus braços procurando algum conforto e ela ronrona.

Escuto algumas batidas na porta e falo:

— Estou bem mãe, a senhora não precisa se preocupar.

A porta se abre e não é minha mãe que entra por ela.

— Bem você não está, já que ela me ligou e pediu ajuda. — Fala Nani entrando e se sentando na ponta da cama, de costas para mim. — Agora você pode ao menos me contar algo? Cara, sua mãe está preocupada de verdade com você, eu sempre respeitei seu espaço, desde pequeno você é assim, não gosta muito de falar, mas suas ações dizem muito sobre você, então pelo menos me dá alguma luz. 

— Agora quem está ficando preocupado sou eu.

Resmungo baixinho e ele ri, para logo depois falar:

— Também senti sua falta, Vachirawit, é sempre um prazer.

— Não tenho nada para falar. — digo de volta.

— Eu não estou olhando para você, se abra só dessa vez… imploro e decido, mudar de tática. — Sua mãe me contou que um amigo, veio te ver há alguns dias, estranhei porque eu não lembro ter passado aqui… 

Como não respondo, ele continua falando, em como minha mãe ficou impressionada e feliz que eu esteja fazendo amigos e tal.

— Sabe, eu fiquei interessado, posso conhecer ele? — pergunta.

— Não.

— Por quê? 

— Porque eu não quero, simples.

— Que possessividade é essa? Agora de verdade eu quero conhecer ele. — Fala ele e se vira, para me encarar.

Porém seu sorriso animado, morre ao ver a minha cara, ele se levanta da cama e começa a andar de um lado para o outro e esfrega a testa tenso.

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