— Carlos se acalma.
Após mais de uma hora, nada de ninguém vir dar notícias, eu continuava no meu choro, sentado no chão, com a cabeça apoiada sobre os joelhos, Dri abraçada com o Eduardo e Clara foi buscar água para tentar me acalmar.
— Toma, Carlos, bebe... vai te acalmar.
— Não quero água! - levantei e comecei a andar de um lado para o outro — Quer que eu me acalme? Traz minha mulher pra mim, viva e bem! Eu quero a minha mulher... Por que ninguém fala merda nenhuma nessa porcaria de lugar?
— Carlos, pelo amor de Deus, fica calmo!
— Como eu posso ficar calmo, se eu não sei como metade de mim está lá dentro?
Nisso, saiu uma enfermeira pela porta por onde a Nina foi levada e eu fui até ela.
— Oi, por favor, sabe me falar da moça que levou um tiro?
— O senhor é parente?
— Sim, sou o marido.
— Então foi o senhor que atirou nela?
— Eu o quê? Claro que não.
— Eu sinto muito senhor...
— Ai, meu Deus... - coloquei a mão no peito e me parecia que o ar não existia — não, não, não...
— Carlos, o que foi? - Clara veio para perto e eu agarrei ela. Ela olhou para a enfermeira — O que houve?
— A moça do tiro, ela... infelizmente não sobreviveu.
— NÃOOOOOOO! - gritei a todo pulmão e todos olharam para mim. Me agarrei na Clara e queria que o mundo acabasse naquele momento.
— A moça morena, de nome Nina? - perguntou minha irmã. Eu já não tinha alma, estava já planejando como morrer para ir junto com ela.
— Morena? Não... asiática.
— Asiática? - olhei para a moça e senti uma sombra de esperança. Comecei a limpar o nariz e meu rosto.
— Sim, ela levou um tiro no rosto, disseram que foi o marido. Ela entrou em coma hoje mais cedo, mas não resistiu.
— Ah, meu Deus... - sei que é ruim, muito ruim, mas eu nunca fiquei tão aliviado.
Caminhei para a porta por onde ela foi levada, quando a mesma se abre e aparece um médico.
— Parentes de Nina Linhares...
— Couto.
— Como é? - perguntou o médico.
— Nina Linhares Couto.
— Você é...?
— Marido.
— Sou o pai e essa a mãe. E Carlos, vocês ainda não casaram...
— Não quero saber! Como tá a minha mulher?
— O tiro entrou pelas costas e passou muito próximo de uma artéria...
— Doutor... pare de encher linguiça! Eu não sou médico e não sei nada dessas porcarias de termos médicos... só me diz se ela tá bem.
— Sim, ela está bem - ele sorriu.
— Ai... graças a Deus - caí de joelhos no chão.
— Podemos ver ela? - perguntou o Eduardo.
— Sim, mas não podem ficar tantas pessoas lá dentro.
— Eu fico aqui, vão vocês três. Se o Carlos não ver a pequenininha dele, ele morre e mata todo mundo aqui - disse minha irmã.
Acompanhamos o médico até o local onde ela estava acompanhada do Bruno.
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BINABASA MO ANG
Trilogia : POR QUE NÃO? O Doce Carlos - Livro 2
RomanceTe apresento o Carlos! Um lindo jovem de vinte e dois anos. O qual foi apaixonado pela Adriana, a melhor amiga de sua irmã, desde os dez anos. Mesmo afastados por anos, ele continuou cultivando sua paixão pela Adriana. E na primeira oportunidade qu...
CAPÍTULO LXXXI
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