capítulo dez

355 29 53
                                    

Estava decidido, chega de fantasmas gatos que sempre vacilam comigo, chega de tentar me colocar no lugar deles quando eles não fazem o mesmo por mim, chega de tentar entender algo que está literalmente fora do meu alcance

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Estava decidido, chega de fantasmas gatos que sempre vacilam comigo, chega de tentar me colocar no lugar deles quando eles não fazem o mesmo por mim, chega de tentar entender algo que está literalmente fora do meu alcance.

Depois da conversa que tive com o Reggie, voltei para a garagem e ele já não estava mais lá, assim como o Alex e o Luke, o que não era surpresa nenhuma, afinal, eles nunca estavam.

Tentei ignorar o fato de como aquele lugar estava vazio e sem vida desde que eles sumiram, era como perder minha mãe mais uma vez e não querer voltar mais aqui, mas eu não podia fazer isso.

  É assim que seria se vocês tivessem feito a passagem!? — Me pergunto baixinho passando a mão delicadamente pelo piano, que diferente de quando entrei pela primeira vez aqui desde que a mamãe morreu, não estava cheio de poeira. me sentei no banco encarando as teclas. — We say we're friends/We play pretend/You're more to me/We create a perfect harmony —  Cantei baixinho tocando algumas notas suavemente, nunca mais me peguei pensando nessa música, e ela ainda não estava terminada, eu precisava terminar.

Corri até meu quarto e peguei meu caderno onde ela estava escrita, pelo menos a parte que eu imaginei e voltei para a garagem, para o piano, pra ser mais específica.

Quando abri o caderno não pude deixar de sorrir da ironia de como as coisas mudam tão rápido, se não fosse tão trágico, seria cômico.

Vamos lá, Julie, você consegue... Disse pra mim mesma, confiante. — Perfect harmony/Woah, woah/Perfect harmony. Repeti o refrão transcrevendo a música em outra folha, decidida a começar dali.

Alguns minutos em silêncio batendo o dedo na tecla do piano, até que finalmente consigo me concentrar.

You set me free/You and me together is more than chemistry/Love me as I am/I'll hold your music here inside my hands... Estava colocando a minha alma nessa música, eu não costumava compor sozinha, então queria que ela ficasse incrível — I feel your rhythm in my heart, yeah, yeah, yeah/You are my brightest, burning star, woah, woah/I never knew a love so real (so real)/We're heaven on earth, melody and words/When we are together, we're... — A música estava fluindo tão bem, talvez por eu estar tão envolvida com a letra e o sentimento.

Deixei o caderno de lado alguns segundos e comecei a tocar baixinho e suavemente pra ninguém lá fora me ouvir como quando eu toquei Wake Up.

We say we're friends/We play pretend....

Compondo sem mim? — Por um momento minha respiração parou quando e meus dedos travaram ao ouvir aquela voz atrás de mim.

Quando a banda consiste em uma única pessoa, ela compõe sozinha! Ironizei fechando o caderno.

Ok, eu mereci isso! Ele respondeu visivelmente chateado. — O Reggie me disse sobre o que falaram...

Que bom que ele falou, fico feliz!

Julie And The Phantoms: This Band Is Back (EM HIATUS PARA ALGUMAS ALTERAÇÕES)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora