Atualmente tem sido as noites.
Sempre fica uma sensação esquisita na minha mente e digo para mim mesmo: já é noite, hora de dormir de novo! O que eu fiz além de pensar, ler alguma bobagem ou coisa útil?
Tantas coisas eu já fiz neste último ano e tudo acabou escorrendo pela minha mão. Contigo também aconteceu isso? Leio muita gente comentando a dificuldade de encontrar uma nova rotina para os seus dias. Principalmente aqueles que não têm trabalho/emprego. E muita gente está assim, desempregado...
Mas, é noite... Vai escurecendo. Ai eu percebo que o dia está acabando. Outra vez.
O que eu fiz? Comer. Beber água compulsivamente porque tenho areias que precisam ir para o mar. Pingo limão. Pingo laranja. Faço mate sem açúcar. É preciso mudar o gosto dessa água insossa.
Olho no computador coisas que via no celular. A cataratinha dá sinais que cresce. Não quero estimular este crescimento porque, chegando à adolescência precisarei mexer com ela.
No computador vejo notícias, fofocas, jovens falando de tudo e homens velhos falando de política. Uns contra e outros a favor de qualquer coisa. Bobagens e coisas sérias. Contrabalançar ou equilibrar. Tem dias que tenho vontade de escrever minhas coisas e compartilhá-las; noutros fico ocioso ouvindo música.
Canso dali, vou ver fotos. Indígenas. Passeio por cidades daqui e de lá. Lugares que gostaria de ir para ficar. Mas não vou real. Só arrastar fotos para o lado ou para cima. Vejo sobre comidas que eu já gostei tanto de fazer mas hoje... raramente vou fazer os meus pães para meu consumo. Acabo comendo o dos outros.Vejo sobre habilidades que gostaria de desenvolver...
Agora arrumei uma nova atividade: cactus e suculentas. Aprender. Cuidar. Todos os dias molhar com seringa os vasinhos miúdos que já tenho. Aprender a reprodução delas. Olhar fotos. Não quero guardar aqueles nomes complicados. Isso eu já sei que não quero. Tem me ocupado as manhãs e alguns momentos das tardes.
O dia passa. Lá se foi o almoço e já é hora de um preto com cream crakers carregado da pastinha de grão de bico ou mesmo de uma manteiguinha sem sal... e, até, sem nada mesmo.
Volto para o computador. Escrevo algumas coisas. Crio legendas para as fotos. Publico. Até conto stories em vão: não vão ver nem vão ler. Você me segue lá no instagram? Vai lá... @carlinhosdelima Comenta. Faz coraçãozinho. Estimule! Critique se for o caso. Mas também tenho um twitter que tem dias que me cansa de ler as intrigas... como tem gente que adora falar mal dos outros, não é? Ociosidade é uma merda! Como você faz com essa gente? Faz que nem eu? Block neles? E nos anúncios também. Acho que estou ficando velho! Ah, o perfil é @cdelima. Você tem? Me adiciona. Tenho poucos amigos nas minhas redes sociais. Será porque não falo o que os outros de lá falam? Politicagem, intrigas, sexo? De vez enquanto, uns compartilhamento e algumas respostas. Já tentei ser engajado. Cansei... Tenho cansado de muita coisa...
Hora de cuidar da janta. Repetir o almoço ou criar novo? Cara ou coroa.
Já está escuro igual à tela da TV que vive desligada esperando os dedinhos do espoleta. Quem é o espoleta? Meu neto. O pequeno que me alegra os dias apesar de vidrado num desenho animado. Uns eu até gosto de ver mas tem uns chatos pra caramba! E ele ri, repete gestos e palavras. E eu, observo e fico pensando como é estranho esse mundo das crianças de agora para quem corria na terra e subia em árvores...
Louça guardada. Hora do banho e de esperar a caçula chegar. Algumas palavras saem da boca que ficou fechada o dia todo.
Dormir. De novo.
Obrigado, Jesus pelo dia vivido. Pelos aprendizados e pelo reconhecimento dos erros. Que a noite permita o descanso do corpo e o aprendizado do meu espírito. Para mim e para todos. Permita que os espíritos amigos zelem pelos que amo, parentes ou não.
Boa noite, amigos daqui e de lá.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Terapia
ContoBaseado em perguntas de terapeutas em sessões de terapias com um "eu" fictício. pretende ser uma ajuda para aqueles que ainda não sentaram num sofá diante de um terapeuta. Foto da capa: pesquisa livre na internet.