Capitulo 5 - Jatinho ou apartamento?

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Gisele Toretto O'conner

Los Angeles, 64 horas para o prazo final.

-Quem arrumou esse jatinho? -pergunto incrédula, olhando o tamanho daquele avião particular.

-Não importa quem foi, só importa que o pai aqui amou. - diz Rom, esfregando as mãos e indo em direção ao avião. Todos rimos e o acompanhamos.

O jatinho era enorme. Tinha três quartos -todos suítes-, dois banheiros sociais, uma sala de estar e lazer - que tinha televisão e vídeo game-, uma área de descanso -onde tinha vários livros e duas poltronas de massagem-, uma cozinha e um bar. Sabia que aquilo não ia prestar.

-Meu Deus, isso aqui é maior do que um apartamento. - digo ainda observando o lugar.

-Espere pra ver nosso loft em Londres, de frente para a Torre Eiffel. Vai se apaixonar. - diz Rom, rindo e já indo pegar uma bebida.

-Eu poderia até dizer que não sei onde arrumam tanto dinheiro, mas todos já sabemos a resposta. - digo sarcástica e saio dali.

Vou para a sala de descanso. Me deito em uma das poltronas, a ligo no modo de massagem relaxante, ligo uma música bem calma no meu celular e coloco fones de ouvido. Passo um tempo ali, apenas ouvindo música e relaxando. Quando o tempo da massagem acaba, escolho um livro que tinha ali e começo a ler. Aparentemente, é sobre uma família de vampiros -os primeiros da terra, se chamam de 'originais'-, que fazem de tudo pela segurança uns dos outros. Matam e morrem por aqueles que amam. Percebi que minha família é assim, a única diferença é que não somos vampiros. Não passamos de uma família de humanos que prezam pelo amor e lealdade, sempre se apoiando. Sorrio com esse pensamento e deixo o livro de lado, não querendo pensar naqueles que estão longe.
Vou até onde todos estão bebendo e resolvo ficar lá, para conversar com os mesmos.

-Já pensaram em um plano? - pergunto

-Tente esquecer esse assunto e relaxar um pouco, Gisele. Temos longas horas de vôo pela frente. Vamos pensar nisso apenas lá, que tem equipamento de primeira linha, tudo necessário pra planejar um plano. - diz Remsey.

-Tudo bem. Eu me rendo. - digo, fazendo todos rirem, então dou um sorriso sincero.

-Será que ela é uma Toretto O'conner mesmo?- diz Rom, fazendo uma piadinha. Vejo Luke sussurrar algo pro pessoal que estava lá, não entendo direito.

-Já entrei em contato com os vendedores. Consegui vários carros de 10 segundos, blindados, com o melhor motor do mercado e os melhores combustíveis. - o olhei, sentindo a felicidade de poder tocar em um carro novamente. Desde que tudo aconteceu, eu não dirijo ou corro. -Olha lá. Eu disse. Veja o brilho no olhar da menina. Ela obviamente é uma Toretto O'conner.

-Realmente, consigo ver o brilho. Parece até que ela está olhando para o Brian. - faz uma piada sem graça, que eu entendo mas prefiro ficar calada e fingir que não. Vejo Brian ficar sem graça.

-Vou poder escolher meu carro? - pergunto me virando ao Hobbs, querendo trocar o assunto. Acho que eles perceberam, mas não falaram nada.

-Vou te quebrar esse galho, pirralha. - responde. Assinto e fico quieta.
Depois de um tempo, vejo que Sam e Jack se beijaram. O olhar de Hobbs escurece na mesma hora. Droga de bebida alcoólica.

-O QUE É ISSO?- hobbs faz essa pergunta retórica, parece com bastante raiva. -Ela é minha filha! Se liga, O'conner!

-Ela é sua filha, mas você não manda nela. Sam já é uma adulta e é capaz de tomar as próprias decisões. - Jack bate de frente com Luke. Vejo o mais velho levantar a mão pro mais novo e Sam entra na frente, segurando os punhos do pai. Aquela menina é porra louca mesmo. Ao mesmo tempo, vejo Brian ir pro lado de Jack, pronto pra brigar também. Vou pro lado dos dois e tento acalma-los.

-Calma, Jack. Ele não vai partir pra briga. Não faça também. - e no mesmo momento, Luke tenta acertar um soco no rosto de Jack, mas o mesmo desvia e eu e Brian armamos a guarda, ficando na frente pra defender meu irmão.

-Para, pai! Se esqueceu quem ele é?! Vai mesmo querer bater nele? Somos família, pai! Por favor, eu já tenho 20 anos. Sei bem quem eu quero beijar, basta você entender isso. - diz em uma tentativa de acalmar o pai. Vejo ele recuar e ir para a sala de descanso.

-Depois nós vamos conversar e você vai nos contar tudo sobre o que rolou, mocinho. - direcionei meu olhar ao Jack, me referindo à mim e Brian.

Depois disso, voltamos pro bar. Eles continuaram bebendo. Alguns copos depois, resolvi interferir.

-Já chega, Jack. Vai pro quarto, toma um banho e vai dormir. - vejo Brian rir do meu irmão, enquanto o mesmo já estava no quarto. -Está rindo de que, Neves? Você também. Anda. Já passou muito do limite da bebida, daqui a pouco vai falar o que não quer e revelar todos os seus segredos. - disse brincando com ele e fazendo todos rirem.

-Que segredos? Todo mundo já sabe sobre a única coisa que eu finjo ser segredo. - diz e me olha, não consigo decifrar.

-Agora é sério. Vamos. - digo o empurrando até o quarto e o mesmo entrelaça nossas mãos, mas no meio do caminho, Roman faz uma piada que pode ter mudado tudo.

-E a história se repete... um Brian apaixonado por uma Toretto. - todos nos olharam.

-Eu disse que já sabiam meus segredos. - Brian diz, um pouco enrolado. Fico um pouco estagnada, mas logo volto a andar. Lanço um olhar furioso ao Roman.

Entro no cômodo com Brian, tiro sua blusa e os tênis. Ligo o chuveiro e jogo ele lá dentro.

-Você vem dormir comigo, não é? - me pergunta distraído

-Você já é grandinho, Brian. - digo brincando com ele, tentando levar o assunto pra piada. Mas não dá certo.

-Por favor, Elle. - diz me olhando nos olhos. -Eu preciso de você. - Não consegui negar.

-Tudo bem, Bri. Vou tomar um banho e pegar uma água e já venho.

-Promete?

-Sim, Bri. Eu prometo.

Saio de lá, e já com meu banho tomado, passo no bar pra pegar água.

-Vai ficar aqui? - pergunta Sam.

-Não, eu prometi que ia voltar pro quarto pra dormir. - todos me olham.

-Então, é verdade? - pergunta Tej. O encaro confusa. -Estão realmente apaixonados? - aquela pergunta me pegou de surpresa. Eu não sabia responder. Quer dizer, eu sei. Eu sempre fui apaixonada por Brian, mas tentava disfarçar e me convencer do contrário. Afinal, somos primos. Não sei se nossa família nos aceitaria.

-Estou indo dormir, qualquer coisa nos chamem. - digo e saio de lá, o deixando sem resposta.

Entro no quarto e Brian me olha, então senta na cama e me chama pra ficar ao lado dele. Vou, e logo ele deita e eu fico com a cabeça no peito dele.

-Deixou o Roman sem resposta. Isso é falta de educação, sabia? - Brian fala e eu não consigo pensar em nenhuma resposta. -Pode responder aquilo pra mim, então?

-Bri, não complica as coisas.

-Não adianta fugir, Elle. Sabe o que está acontecendo. Todos sabem.

-Vamos conversar sobre isso quando conseguirmos recuperar nossos pais e ninguém estiver em perigo. Pode ser?

-Tudo bem. -beijou o topo da minha cabeça. -Boa noite, Elle. Eu te amo.

-Boa noite, Bri. Eu também te amo.

Até o fim - Toretto O'connerWhere stories live. Discover now